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terça-feira, 28 de maio de 2013

Recém-nascido é resgatado com vida de encanamento de vaso sanitário na China

Um recém-nascido que caiu dentro do encanamento de um vaso sanitário de um imóvel na província de Zhejiang, na China, foi resgatado com vida pelo serviço de emergência, informou a imprensa local.

A emissora estatal "CFTV" mostrou imagens da operação. O bebê, de apenas dois dias, foi libertado duas horas após ser localizado no encanamento de apenas 10 centímetros de diâmetro. Os moradores do imóvel alertaram a polícia após escutarem o choro de um bebê na segunda-feira, informou um jornal de Zhejiang.
As autoridades se deslocaram para o local e constataram que a origem dos gemidos era de um recém-nascido. Em seguida, os bombeiros começaram a quebrar o encanamento para encontrar a criança.

Equipes de resgate foram mobilizadas para salvar o recém-nascido na China. (Foto: AFP)
Como retirar o recém-nascido da tubulação no local poderia ser perigoso, o bebê foi levado ainda dentro do encanamento para o hospital para ser libertado. A criança tinha cortes na face e nas extremidades do corpo. Segundo o jornal local, o bebê ainda estava unido à placenta.
O bebê do sexo masculino, com 2,3 quilos, foi transferido para uma incubadora e sua situação é estável. Até o momento os pais da criança não foram localizados. A polícia abriu uma investigação para saber o que ocorreu e se o bebê foi lançado no vaso sanitário.
As famílias chinesas sofrem uma grande pressão social e financeira em função da política que impõe multas altas para os casais que têm mais de um filho. Além disso, os bebês nascidos fora do casamento costumam ser abandonados para evitar o estigma social e as dificuldades financeiras.

ASSISTA AO VIDEO.....
http://br.noticias.yahoo.com/rec%C3%A9m-nascido-%C3%A9-resgatado-vida-encanamento-vaso-sanit%C3%A1rio-103812289.html

sexta-feira, 24 de maio de 2013

ET's estão na Terra trabalhando com os EUA, diz ex-ministro canadense



“Há ETs vivos na Terra neste momento, e pelo menos dois deles provavelmente trabalham com o governo dos Estados Unidos.” A declaração do ex-ministro da Defesa do Canadá Paul Hellyer, 89 anos, foi feita durante uma audiência pública sobre a existência de vida extraterrestre realizada em Washington, D.C. Diversos ex-senadores e membros da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos ouviram depoimentos de especialistas e testemunhas entre os dias 29 de abril e 3 de maio.

Paul Hellyer é um conhecido defensor da existência de extraterrestres. Em 2005, ele declarou abertamente que acredita em UFOs (objetos voadores não identificados), o que gerou grande repercussão no Canadá. Como ministro da Defesa Nacional canadense, em 1963, Hellyer foi responsável pela controversa integração entre o Comando Marítimo das Forças (Marinha), o Comando das Forças Terrestres Canadenses (Exército) e a Força Aérea Real do Canadá (Aeronáutica) em uma única organização: as Forças Armadas Canadenses. 

Hellyer é o mais antigo membro do Conselho Privado da Rainha para o Canadá - que funciona como uma espécie de gabinete ministerial na monarquia constitucional do país. Ele afirma que passou a acreditar em óvnis quando teve uma experiência com sua mulher e amigos durante uma noite. Apesar de não ter levado muito em consideração quando viu o UFO, segundo seu relato, ele disse que manteve a cabeça aberta e passou a tratar o assunto - pelo qual se interessou há cerca de 10 anos - com seriedade.

“UFOs são tão reais quanto os aviões que voam sobre as nossas cabeças", afirmou o político canadense no segundo dia de audiência (confira aqui o vídeo, em inglês). Ele fez parte de um grupo de 40 pesquisadores internacionais e testemunhas - entre militares e cientistas - que testemunharam suas experiências extraterrestres diante de seis ex-membros do Congresso americano na audiência pública não governamental encerrada na semana passada.

O ex-ministro da Defesa canadense afirmou ainda que investigações apontaram a existência de "pelo menos quatro espécies (extraterrestres) que têm visitado a Terra há milhares de anos" - com o que ele concorda. Houve também declarações sobre como diversos presidentes dos Estados Unidos demonstraram grande interesse sobre óvnis e, em alguns casos, tentaram sem sucesso obter informações específicas sobre a veracidade de casos extraterrestres.

Terra

Nota: O engano está cada vez mais próximo!


 

terça-feira, 21 de maio de 2013

Juiz de paz do Pará pede demissão para não celebrar casamento LGBT



Juiz de paz alega que decisão do CNJ contraria "princípios celestiais".
Cartório de Redenção diz que não pode haver discriminação.

Gil Sóter e Ingo MüllerDo G1 PA
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Juiz de paz José Gregório prefere se demitir a celebrr casamento gay em Redenção, no Pará (Foto: João Lúcio/Arquivo pessoal)Juiz de paz José Gregório prefere se demitir a
celebrar casamento gay em Redenção, no Pará.
(Foto: João Lúcio/Arquivo pessoal)
O juiz de paz do Cartório do Único Ofício de Redenção, sudeste do Pará, pediu demissão do cargo após decisão do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) que obriga os cartórios a realizarem casamento entre pessoas do mesmo sexo. Ele alega que "o casamento homoafetivo fere os princípios celestiais”.
Nomeado para o cargo há sete anos, José Gregório Bento, 75 anos, há mais de quatro décadas é pastor da Igreja Assembleia de Deus, e trabalha como voluntário no cartório civil da cidade, fazendo conciliações e celebrando casamentos.
Segundo o pastor, ele protocolou a demissão porque se recusa a obedecer a decisão CNJ, publicada no último dia 14 de maio, que obriga os cartórios de todo o país a celebrar o casamento civil e converter a união estável homoafetiva em casamento.
“Deus não admite isso. Ele acabou com Sodoma por causa desse tipo de comportamento”, declarou José Gregório. “Acho essa decisão horrível. Ela rompe com a constituição dos homens, mas não vai conseguir atingir a constituição celestial”, completa.
Entenda a decisão do CNJ
O Conselho Nacional de Justiça, órgão de controle externo das atividades do Poder Judiciário, obrigou todos os cartórios do país a cumprirem a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), de maio de 2011, de realizar a união estável de casais do mesmo sexo. Além disso, obrigou a conversão da união em casamento e também a realização direta de casamento civil entre pessoas do mesmo sexo. Leia mais
Segundo Gregório, ele recebeu a notificação de que não poderia se recusar a fazer casamentos homoafetivos nesta segunda-feira (20) mas afirmou que, desde a publicação da decisão da Justiça, já havia tomado a decisão de abrir mão do cargo. “Não há lei dos homens que me obrigue a fazer aquilo que contrarie os meus princípios”, alega. “Existe ai uma provocação para um grande tumulto no nosso país. Deus fez o homem e a mulher para a procriação, para reproduzir. Não sei onde vai chegar isso”, questiona.
O pastor afirma ainda que solicitou a demissão ao titular do cartório, Isaulino Pereira dos Santos Júnior, mas que o tabelião pediu que ele permanecesse no cargo. “Ele me pediu para eu ficar e disse que caso alguém solicitasse o pedido de casamento homoafetivo, outro juiz de paz seria chamado para realizá-lo. Mas aqui, graças a Deus,  ainda não chegou ninguém pedindo o casamento homoafetivo".

Cartório nega discriminação
Procurado pelo G1, o titular do cartório civil de Redenção negou a versão do pastor. “De fato, ele pediu afastamento do cargo na quarta-feira passada (15), alegando que iria mudar de cidade para cuidar da esposa que estaria internada na UTI de Goiânia, mas não falou nada sobre se recusar a fazer casamentos entre pessoas do mesmo sexo”, alegou Isaulino.
Ainda de acordo com o titular do cartório, caso o pastor tivesse pedido exoneração porque não aceita o casamento homoafetivo, ele seria imediatamente afastado do cargo. “Eu iria acatar o afastamento, porque não pode haver discriminação. Caso ele queira sair por esse motivo, eu vou solicitar imediatamente ao juiz da comarca outro juiz de paz”, afirma Santos Júnior, que garante ainda que o pastor não entregou ao cartório nenhuma solicitação oficial de demissão do cargo.
Segundo o presidente da Associação dos Magistrados do Pará (Amepa), Heyder Ferreira, o juiz de paz pode pedir demissão se discordar de uma decisão do CNJ. “Se ele continuar no cargo, é obrigado a cumprir a determinação, mas por ser voluntário, não podemos impor. O cartorário, em compensação, é obrigado a cumprir a determinação”, explica.

De acordo com o último levantamento realizado pelo IBGE, no Censo 2010, 1.782 pessoas declararam viver em casamento entre pessoas do mesmo sexo no Pará.
Esta reportagem foi sugerida por um leitor. Envie também sua sugestão através do VC no G1.

quinta-feira, 16 de maio de 2013

Quem ressuscitou a Jesus Cristo? (João 10:17, 18)



INTRODUÇÃO
Um ouvinte do programa “Lições da Bíblia”, que apresento na Rádio Novo Tempo diariamente, disse que eu havia me equivocado em dizer que “Deus Pai ressuscitou a Cristo”. Afinal, na opinião dele, Ellen G. White escreveu que o Salvador tinha vida em Si mesmo para sair da sepultura. Por isso, na visão do amigo ouvinte, Cristo não necessitaria da intervenção de outro membro da divindade para voltar à vida no “terceiro dia” (Cf. 1Co 15:4).
Nesse post abordarei de forma muito sucinta essa questão, que foi mais detalhada por Alberto Timm na “Revista do Ancião” de abril-junho de 2009. Sua resposta pode ser lida no site do Centro de Pesquisas Ellen G. White clicando aqui.
Também farei uma análise de um “argumento” de defensores da doutrina da “imortalidade natural da alma” em torno desse assunto. Vários deles alegam que, se Jesus é Deus (Is 9:6) e não pode morrer (Cf. 1Tm 6:15, 16), isso significa que Ele estava consciente durante a morte. Veremos se eles possuem na Bíbliaalgum embasamento para tal afirmação, e saberemos o momento certo em que os mortos tornarão a viver para receber a recompensa que cada um merece (Jo 5:28, 29).
Para um estudo bíblico e erudito sobre o tema, recomenda-se a leitura da obra Imortalidade ou Ressurreição, de Samuele Bacchiocchi, publicado no Brasil pela Imprensa Universitária Adventista.
 A TRINDADE SEMPRE ATUA UNIDA
Realmente, Ellen G. White, ao comentar sobre João 10:17, 18 em O Desejado de Todas as Nações, p. 785 (entre outras referências), afirma que “o Salvador saiu do sepulcro pela vida que havia em Si mesmo”. Todavia, ela não afirma que a ressurreição do Senhor aconteceu apenas através da vida que havia nEle.
No mesmo parágrafo a autora afirma que Seu retorno à vida ocorreu “Quando foi ouvida no túmulo de Cristo a voz do poderoso anjo, dizendo: ‘Teu Pai Te chama’”.
Isso não diminui a Divindade de Cristo, mas, mostra a atividade Triúna em tudo o que acontece no universo (veja-se, por exemplo, Gn 1:1-2 e Jo 1:1-3).
A Bíblia, nossa regra de fé e prática, é muito clara em ensinar que as Três Pessoas da Divindade estiveram envolvidas na ressurreição do Salvador. Veja:
- O Pai ressuscitou a Cristo: Gl 1:1;
- O Espírito Santo ressuscitou a Cristo: Rm 1:8;
- Cristo, com a vida presente em Si, voltou à vida: Jo 2:19; 10:17, 18.
Já Romanos 8:11 mostra uma relação muito profunda entre o Pai e o Espírito num trabalho conjunto para ressuscitar o Salvador: “Se habita em vós o Espírito daquele que ressuscitou a Jesus dentre os mortos, esse mesmo que ressuscitou a Cristo Jesus [o Pai] dentre os mortos vivificará também o vosso corpo mortal, por meio do seu Espírito, que em vós habita”.
Perceba que nesse texto Paulo nem menciona a Cristo como tomando parte na própria ressurreição. Quem o faz é outro autor, o apóstolo João (Jo 10:17, 18). Como é bom vermos que a Bíblia se completa, não é?!
Biblicamente, podemos concluir que as Três Pessoas estiveram envolvidas no processo. Saber “como” isso aconteceu é outra história. Esse é mais um dos mistérios da divindade que não nos foi revelado (Dt 29:29).
ESPECULAÇÃO DOS IMORTALISTAS QUANTO À MORTE DE CRISTO
Alguns conjecturam que Jesus estava “consciente” na morte por Ele ser Deus e não poder morrer. Porém, isso não passa de mera especulação, que tenta encontrar algum tipo de argumento filosófico para defender a ideia antibíblica de que há “consciência depois da morte”.
Esse argumento filosófico, por mais lógico que possa parecer, não se sustenta com inúmeros textos bíblicos que mostram ser a morte:
  1. Inimiga (1Co 15:26) e não “amiga”, que sirva de “ponte” para a eternidade;
  2. Um estado de plena inconsciência (Ec 3:19, 20; 9:5, 6, 10), no qual as pessoas se encontram “dormindo” (Sl 13:3; Jr 51:57; Dn 12:2, 12; Jo 11:11-14; 1Co 15:6, 18; 1Ts 4:13; 2Pe 3:4) até a Segunda Vinda de Cristo (Jo 14:1-3; 1Co 15:23), quando ocorrerá a ressurreição (1Ts 4:13-18).
  3. Um momento em que as pessoas não estão adorando a Deus (Sl 6:5), seja num “estado intermediário” ou no paraíso (Sl 88:10-12; 115:17);
  4. Um momento em que as pessoas não estão sofrendo o castigo no “inferno”, pois a Bíblia diz que: (a) na morte elas não sentem ódio e nem inveja daqueles que foram salvos (Ec 9;5, 6, 10); (b) o castigo no lago de fogo é um evento futuro e não presente (Compare-se Mc 9:43-47 com At 17:30, 31, 2Pe 2:4, Ap 20:10 e Ml 4:1-3).
  5. Além disso, esse argumento filosófico não pode ser sustentado porque tenta explicar humanamente um mistério divino e, portanto, é uma manifestação da arrogância humana. Arrogância essa que ainda não se dispôs a submeter-se à lógica divina (Is 55:8,9) por meio do silêncio humilde, em reconhecimento de que há coisas (como esse assunto) que só entenderemos quando tivermos uma explicação do próprio Deus, no momento em que estivermos com Ele face a face (Ap 22:4).
CONSIDERAÇÕES FINAIS
  1. As Três Pessoas da Trindade sempre trabalharam juntas e continuarão atuando em perfeita harmonia por toda a eternidade (Gn 1:1; Jo 1:1-3; Hb 9:14).
  2. O Deus encarnado morreu na cruz para pagar por nossos pecados (At 20:28) e não temos como explicar, com nossa lógica corrompida pelo pecado, um mistério tão inatingível (Dt 29:29; Is 55:8,9).
  3. Se na cruz tivesse morrido apenas uma “criatura” e não o Deus encarnado, ainda estaríamos perdidos. Criatura alguma, nem mesmo anjos (Cf. Hb 1:14; compare com Hb 1:8) poderia pagar a dívida da humanidade para com a Lei de Deus (ver Gn 3), a não ser Ele mesmo, o “Legislador” da Lei (Ver Is 33:22; Tg 4:12). Nisso, os amigos Testemunhas de Jeová devem refletir com oração.
  4. O ensino de que há “consciência” na morte é uma negação de inúmeros textos bíblicos já citados no presente artigo (entre eles Sl 6:5; 1Co 15:23) e contradiz o ensino bíblico da ressurreição (1Co 15:1-58). Além disso, essa questão não deve ser abordada à luz de algum que é um dos “mistérios da piedade” (1Tm 3:16, adaptado):  a encarnação e morte do Senhor Jesus Cristo.
  5. Além disso, a doutrina da imortalidade da alma contradiz a antropologia bíblica (holismo bíblico), que mostra ser possível existir vida e consciência apenas enquanto os três elementos da natureza humana (físico, mental e espiritual) estiverem em perfeito funcionamento, desenvolvendo-se harmonicamente (Cf. 1Ts 5:23, 24).
Despeço-me amigo(a) leitor incentivando-lhe a ter sua esperança na Volta de Cristo (Tt 2:13; Ap 1:7), assim como o apóstolo Paulo (2Tm 4:7, 8). Afinal, é a volta do Senhor – e não a nossa grande inimiga chamadamorte – que trará de volta pessoas que amamos, e nos permitirá estarmos na presença dEle em um mundo sem dor, sofrimento, morte e incerteza do amanhã (Ap 21:4).
“Combati o bom combate, terminei a corrida, guardei a fé. Agora me está reservada a coroa da justiça, que o Senhor, justo Juiz, me dará naquele dia; e não somente a mim, mas também a todos os que amam asua vinda (2Tm 4:8).

Um fraterno abraço!

domingo, 12 de maio de 2013

Como ser uma pessoa solteira feliz (talvez, não por toda a vida)



Não é fácil, para quem quer ser solteiro, ter que ouvir em cada comemoração de aniversário o famoso: “com quem será, com quem será, com quem será quem fulano vai casar?…” Aqueles que decidem investir em outros aspectos da vida são motivo de gozação dos colegas e muitos têm tido uma vida de constante ansiedade por se sentirem pressionados pelo grupo a namorar e casar.
Não vou defender o celibato, que não é uma obrigação bíblica (Paulo mesmo disse que os bispos poderiam se casar – ver 1 Timóteo 3:2), mas dar algumas dicas para aqueles que querem ser solteiros felizes:
1) Não caia na pilha dos amigos e, ao mesmo tempo, não fique com raiva deles. Dificilmente aquela pessoa insistente, que de todas as formas quer lhe arrumar um casamento, quer o seu mal. Como ela não se sente bem só imagina que as mesmas carências delas são as suas e, por isso, quer “lhe ver bem”.
2) Estabeleça limites em seus relacionamentos. Ao mesmo tempo em que não será aquela pessoa chata “com quem não dá para brincar”, procure demarcar até onde as pessoas poderão chegar com as brincadeiras, para que a sua integridade não seja ferida. Dizer: “eu não quero este tipo de brincadeira” não é ser rude se você deixar claro que está colocando limites para o bem da relação com os próprios amigos.
3) Saiba o porquê de você querer permanecer solteiro(a). Faça uma autoanálise a fim de descobrir as razões que o(a) levaram a querer ficar só. Mas, cuidado: seja sincero (a) com você mesmo(a). Se perceber que a sua decisão é mais uma fuga dos seus traumas, medo de um novo relacionamento – e não uma opção de vida – busque ajuda psicológica. Não mascare o seu problema, mas, bata de frente com os seus “fantasmas” do passado e, assim, conseguirá espantá-los.
Deus pode atuar na sua vida e lhe ajudar a ser feliz na companhia das pessoas, mesmo que isso lhe pareça impossível no momento.
4) Faça a sua agenda pessoal e peça a Deus que lhe ajude a cumpri-la. Anote quais são as suas prioridades, tenha projetos, cultive sonhos e corra atrás deles até os alcançar. Este envolvimento evitará que demore a sua mente no assunto “namoro” ou “casamento” antes da sua hora.

5) Pratique exercícios físicos. Através deles seu organismo produzirá mais endorfinas, que lhe darão bem-estar e mais alegria para viver o tipo de vida que escolheu para o momento;
6) Faça novos amigos. O ser humano não é uma ilha para viver só, rodeado por um oceano de pessoas que não tenham influência alguma em sua vida. A psicologia moderna comprovou que para sermos felizes e resolvermos nossos problemas, precisamos nos relacionar. E a Bíblia, é claro, já dizia isso: “Como o ferro com o ferro se afia, assim, o homem, ao seu amigo.” (Pv 27:17).
7) Finalmente, não procure viver sozinho a vida inteira. É uma minoria que consegue ficar sem se casar e ser feliz por toda a vida (especialmente cristãos). Deus estava certo quando disse que “não é bom que o homem esteja só” (Gn 2:18). Ele sabia que chegaria o momento de você amar e ser amado (a), ganhar abraços todos os dias, elogios, carinhos e beijos na boca e que uma vida sexual saudável e satisfatória (1Co 7:3-5) lhe faria muito bem. A satisfação sexual é possível dentro do contexto de casamento, pois é esta relação a dois que dá aquele senso de segurança e de pertencer a alguém (Gn 2:24), indispensáveis para um bom relacionamento.
Se quiser permanecer solteiro (a) e sem sexo, Deus respeitará a sua decisão (Mt 19:12). Mas, se não se dominar, vale lembrar o conselho do apóstolo Paulo: “Mas, se não conseguem controlar-se, devem casar-se, pois é melhor casar-se do que ficar ardendo de desejo”. (1Co 7:9 – NTLH).
É claro que você jamais irá contrair matrimônio só por causa do sexo. A escolha do companheiro (a) de vida é a segunda coisa mais importante (em minha opinião) a se fazer (a primeira é seguir a Jesus Cristo) e uma série de fatores (até mais importantes) precisa ser levada em conta. Além disso, é necessário aprendermos a nos dominar enquanto solteiros, para que tenhamos domínio próprio depois de casados.
Deus respeita o seu tempo e as suas escolhas. Não se preocupe com o que os outros pensam por você não fazer parte do time dos casados. Seja honesto (a) em relação aos seus sentimentos e obterá a cura para as suas emoções, caso algum relacionamento passado tenha lhe ferido.
[Nota: se quiser saber como ser mais honesto (a) com Deus em relação aos seus sentimentos, leia o artigo “Abrindo o Jogo”, acessando o link: http://contato-imediato.blogspot.com]


quinta-feira, 9 de maio de 2013

Quando se aponta um dedo, três o denunciam


Após declarar que a maioria dos cantores gospel são endemoninhados, o bispo Edir Macedo voltou a fazer uma declaração polêmica no mesmo teor. O alvo, dessa vez, foram os pastores. Durante um culto da Igreja Universal do Reino de Deus no dia 24 de fevereiro, Edir Macedo afirmou categoricamente que muitos pastores evangélicos precisam ser libertos. No entanto, o líder da IURD não especificou nomes ou denominações. “Eu não tenho a mínima dúvida em dizer que a maioria dos pastores neste mundo inteiro são endemoninhados... Eu não tenho o mínimo medo. Eu tenho certeza do que estou falando. Pelo que eu conheço, pelo que eu já passei, pelo que eu já vi, a maioria deles não é liberta”, afirmou.

O sermão era baseado no Apocalipse, e Macedo pontuou que a libertação espiritual é uma necessidade para todos, e que as pessoas que chegam à IURD oriundas de outras religiões, como espíritas e católicos, adquirem hábitos ao longo da vida que as atrapalham em sua caminhada dentro da Universal.

Confira aqui o trecho da declaração de Edir Macedo sobre pastores endemoninhados.

Em outro sermão, Macedo polemiza ao dizer que a IURD não tem “o rabo preso com ninguém”, referindo-se a ajudas de esferas de governo. O líder da Universal ainda diz aos fiéis que “o maior interessado em que eles prosperem” é a Universal, pois é com as contribuições deles que os empreendimentos da denominação são tocados [como a manutenção de um canal de TV secular “recheado” de conteúdo impróprio e a construção de uma réplica do Templo de Salomão, que custará aos cofres da Universal – e ao bolso dos fieis – a “bagatela” de mais de 200 milhões de reais].

Macedo chega a dizer que ele e os demais bispos e pastores da IURD trabalham com a palavra de Deus, e se os fiéis ofertam, “Deus tem que devolver”. Assista aqui.


Nota: Em outro vídeo, Macedo diz que prefere que Deus o mate se não abençoar financeiramente seus fieis. Será que ele é ateu?

domingo, 5 de maio de 2013

Sertanejo universitário e a imbecilidade monossilábica


[O texto é longo, mas vale a pena ser lido.] [...] O “idioma da velocidade” [...] pode-se considerar como sendo o sistema de comunicação mediante o qual o interlocutor prioriza a ligeireza da interlocução: o diálogo deve ser rápido, fluido, “líquido”, mesmo que, para tal fim, seja preciso sacrificar regras comezinhas de sintaxe ou abreviar impiedosamente as palavras. A ideia de “idioma da velocidade”, que ora estou a propor, encontrou terreno fecundo na música comercial brasileira. Especificamente,  refiro-me ao gênero que se convencionou chamar de “sertanejo universitário” – atualmente dominante em todas as rádios do País.

O conceito de “sertanejo universitário” é dos mais obscuros do cancioneiro nacional. Trata-se de uma aparente “contradictio in terminis”, afinal, “sertanejo” remete à ideia de “sertão”, área agreste, rústica, visto que distanciada dos grandes centros urbanos. Já “universitário” é adjetivo que se liga incontinenti à “universidade”, isto é, espaços de difusão dos saberes científico e filosófico e que, o mais das vezes, situam-se justamente em áreas de intensa urbanização. Por isso, já houve quem quisesse definir “sertanejo universitário” como sendo o “caipira que passou no vestibular” ou “o cidadão urbano com origens no sertão”. Nenhum desses conceitos, é claro, corresponde à realidade. De “sertanejo” esse universitário não tem absolutamente nada. Cuida-se, sim, da juventude da cidade que decidiu colocar um chapéu de cowboy e “cair na balada”.

Do ponto de vista musical, o sertanejo universitário hoje é um gênero musical utilizado comumente para designar a fórmula da “música dançante feita para gente descerebrada”. É o correspondente hodierno, do século 21, ao que foi a axé music no fim do século 20, mais precisamente na década de 1990: a demonstração cabal de que o físico alemão Albert Einstein estava certo quando afirmou: “Duas coisas são infinitas: o universo e a estupidez humana. Mas, quanto ao universo, ainda não estou completamente certo disso”.

A década perdida da música brasileira
 
Recordando os tristes anos de 1990, a década perdida da música brasileira, o império da axémusic na indústria fonográfica nacional proporcionou algumas das mais constrangedoras composições que alguém, su­postamente um ser racional, já foi capaz de escrever. Naqueles idos, expressões do quilate de “vai dançando gostoso, balançando a bundinha” tornaram-se símbolos de uma geração destruída pelo assédio constante da lógica hedonista do “prazer carnavalesco ininterrupto, curtição acéfala e exibicionismo de corpos plasticamente esculpidos na academia”. Era o princípio de uma tendência irrefreável, que só se acentuaria ao longo dos anos na música brasileira: a substituição do cérebro pelas nádegas. Era o começo da MIB: Música Imbecil Brasileira. O acrônimo de uma geração de jovens destruída pela estultice.

O grau de estupidez a que os ouvidos humanos foram submetidos nessa “idade das trevas” das rádios do País pode ser muito bem representado num dos hits do mais emblemático dos grupos surgidos no período. Refiro-me ao É o Tchan e a sua antológica “Na boquinha da garrafa”, sucesso radiofônico absoluto, cujas coreografias foram repetidas incessantemente em programas de auditório dominicais, com suas dançarinas calipígias “engatando” bem-sucedidas carreiras nas capas de revistas masculinas e no mundo das sub-celebrity. Vejamos: “No samba ela gosta do rala, rala. Me trocou pela garrafa. Não aguentou e foi ralar. Vai ralando na boquinha da garrafa. É na boca da garrafa. Vai descendo na boquinha da garrafa. É na boca da garrafa.”

A letra dispensa comentários e, por si só, revela a mais absoluta falta de respeito próprio, menos de quem compôs e produziu o grupo – um empresário na tarefa de lucrar na indústria do kitsch –, mais da parte de quem anotou na sua biografia momentos de supremo constrangimento “ralando na boquinha da garrafa”. [...]

Nos anos 2000, no entanto, a axé music entrou em colapso no mercado. Os carnavais fora de época (micaretas) foram aos poucos desaparecendo pela perda crescente de público. Os grupos “clássicos” do período deixaram de existir não por brigas de seus integrantes, mas pela simples falta de shows. O mercado usou e abusou da axé music enquanto era lucrativa. Quando deixou de sê-lo, descartou-a, substituída que foi, nas rádios comerciais, pelo forró universitário e pelo funk carioca (cuja nomenclatura correta é “batidão”). Nem mesmo o movimento da “suingueira”, capitaneado por “pérolas” do nível de “Re­bolation”, associado a um amplo apelo midiático que tem por diretriz espicaçar os “sucessos do carnaval”, conseguiu ressuscitar o declínio inexorável daquele gênero musical moribundo.

O jovem hedonista do século 21 no Brasil

Entretanto, o mercado, no capitalismo, nunca pode parar na sua incessante busca pela rentabilidade. Ele precisa encontrar novos meios de entretenimento que gerem lucros vultosos. A fórmula mais fácil disso é, indiscutivelmente, estimular a imbecilidade da juventude. Sem escrúpulos.

Os meios de comunicação de massa cumprem, então, o seu papel: associam a ideia de “ser jovem” com a de “ser um imbecil”, aqui entendido como um irresponsável, que não se importa com nada que não seja o próprio prazer, imediato, rápido, fluido, como deve ser a linguagem nos tempos da globalização digital.

O sertanejo universitário surge nesse contexto. Ele vem ocupar o espaço dos ritmos que se prestam a proporcionar “diversão sem compromisso”, expressão que não quer outra coisa senão mascarar a baixíssima qualidade da música produzida, além de servir como sentença de absolvição da mediocridade humana de quem ouve esse estilo. Entender o estereótipo do sertanejo universitário, dessa ma­nei­ra, afigura-se como sendo da mais alta relevância para a compreensão da ideia corrente do que é ser um jovem hedonista no século 21. É o desafio a que me proponho a partir de agora.

O perfil estereotípico do sertanejo universitário

Naturalmente, numa empresa dessa envergadura, precisarei recorrer às letras de algumas das composições mais re­presentativas do estilo. Cuida-se de analisar como pensam os grandes artistas do gênero para, ao final, ro­bustecer um juízo estético-sociológico sobre este conceito indecifrável do “sertanejo universitário”.

Nesse sentido, creio que uma das suas primeiras características é o desapego aos estudos. O sertanejo universitário é um hedonista por excelência. Seu adágio popular dileto, alçado à condição de mote da própria vida, é o clichê: “Pra que estudar se o futuro é a morte?”

Desse modo, pode ser concebido como um jovem, de péssima formação intelectual e que, a despeito de cursar uma faculdade, não está nem um pouco preocupado com os estudos. Para ele, só existe a balada (o prazer imediato). É o que notamos na composição “Bolo doido”, da dupla “Guilherme e Santiago”: “Ai ai ai, sexta-feira chegou! Quem não guenta bebe leite e quem guenta vem comigo. Na sexta-feira, o bar virou uma micareta.  Mulherada foi solteira e os meus amigos loucos pra beber. Da faculdade eu fui pra festa tomar todas com a galera. E fiz amor até amanhecer. Toquei direto, fui à praia com as gatinhas na gandaia. Minha galera bota é pra ferver. Segunda de madrugada, travado, cheguei em casa. Sete horas acordei com uma ressaca, tinha prova pra fazer.”

Mas o sertanejo universitário, para levar uma vida de “baladeiro”, necessita de dinheiro, pois o vil metal tem o condão de, simultaneamente, torná-lo cliente especial da sociedade de consumo e despertar o interesse das garotas mais lindas da balada – verdadeiras empreendedoras no varejo dos relacionamentos humanos. Ele é, assim, um sujeito endinheirado. É o que se observa na composição “Ca­maro amarelo”, da dupla Mu­nhoz e Mariano: “Quando eu passava por você, na minha CG, você nem me olhava. Fazia de tudo pra me ver, pra me perceber. Mas nem me olhava. Aí veio a herança do meu ‘véio’. E resolveu os meus problemas, minha situação. E do dia pra noite fiquei rico. ‘To’ na grife, ‘to’ bonito, ‘to’ andando igual patrão. Agora eu fiquei doce igual caramelo. ‘To’ tirando onda de Camaro amarelo. E agora você diz: ‘Vem cá que eu te quero.’ Quando eu passo no Camaro amarelo.”

Já sabemos, portanto, que o sertanejo, do tipo universitário, é jovem, de posses, sai da faculdade com seu Camaro amarelo direto para a balada e “bota a galera pra ferver”. Há quem lhe custeie os estudos. E, ainda que ao final de quatro ou cinco anos saia da faculdade no nível de um analfabeto funcional, seus genitores são suficientemente influentes para arranjar-lhe uma boa posição na iniciativa privada ou mesmo no serviço público.

O sertanejo universitário é sujeito destemido, porém sensível. Tem o dom da poesia in­crustado nas suas veias. Na balada, esse santuário da “pegação da mulherada”, sente a verve aflorar com facilidade, produzindo versos riquíssimos, como os que se notam na composição “Ai se eu te pego”, do cantor Michel Teló: “Sábado na balada. A galera começou a dançar. E passou a menina mais linda. Tomei coragem e comecei a falar. Nossa, nossa. Assim você me mata. Ai se eu te pego, ai ai se eu te pego.”

De fato, é preciso ser muito perspicaz para rimar “dançar” com “falar”. Sobretudo, me impressiona a profundidade dos versos: quando passa a menina mais linda, ele toma coragem e fala. É um movimento controlado, premeditado. O eu lírico “toma coragem” e “parte para a caça” na balada. Inspirado pela beleza da garota, ele se aproxima e a corteja de uma maneira que qualquer mulher, de Carla Perez a Susan Sontag, sentir-se-ia enamorada: “Ai, se eu te pego”, “ai, se eu te pego”, ele repete à exaustão o verso aos ouvidos da “garota mais gostosa”.     

Contudo, talvez a característica mais significativa desta personagem – o sertanejo universitário – seja mesmo a preferência pelo “idioma da velocidade”. Sertanejo que é sertanejo universitário evita a prolixidade; é sucinto, direto, objetivo. Sua linguagem despreza floreios verbais, construções frasais longas, vocábulos de difícil entendimento. Dado o portento de seu talento poético, ele acentua a desnecessidade do vocabulário complexo, adepto que é da lógica do “dizer muito com muito pouco” ou do “falar fácil é que é difícil”. Conhecedor profundo da fonologia da gramática da língua portuguesa, ele lança mão do rico alfabeto fonético do idioma românico-galego e, conjugando-o com seu ideal filosófico de concisão e com as técnicas redacionais modernas que enaltecem o “texto enxuto”, passa a compor valorizando a mínima emissão de voz na entonação dos seus versos, economizando em palavras o que pode expressar, em seu entender, perfeitamente com vocábulos monossílabos. É daí que nasce a tendência manifesta das composições do estilo em priorizar a vocalização de uma única sílaba.

Exemplificativamente, temos: “Eu quero tchu, eu quero tcha”, de João Lucas e Marcelo: “Eu quero tchu, eu quero tchã. Eu quero tchu tcha tcha tchu tchu tchã. Tchu tcha tcha tchu tchu tchã.” “Eu quero tchu, eu quero tcha” é, sem dúvida, um dos mais formidáveis exemplos de como se pode economizar palavras, de como se pode fundir o dígrafo consonantal “ch” com o “t” e uma vogal (“a” ou “u”) e criar um hit nacional. O significado poético-filosófico do “tchu” e do “tcha” na composição também merece registro: o eu lírico cria um jogo de contrastes, antitético como as leis da dialética, onde o “tchu” só existe para o “tcha”, de modo que não pode haver “tcha” sem “tchu” nem “tchu” sem “tcha”. Daí o porquê de invocarem-se as expressões alternadamente, silabando-as na velocidade da luz: “Tchu tcha tcha tchu tchu tchã.”

Na mesma linha vem a composição “Tchá tchá tchá”, cantada por Thaeme e Thiago: “Ai, que vontade, ai, que vontade que me dá. De te colocar no colo e fazer o tchá tchá tchã. Tchá tchá tchá, tchá tchá tchã. Tchá tchá tchá, tchá tchá tchã. De beijar na sua boca, fazer o tchá tchá tchã. Tchá tchá tchá, tchá tchá tchã. Tchá tchá tchá, tchá tchá tchã. De beijar na sua boca e fazer o tchá tchá tchã.”

Outro exemplo notável do uso de monossílabos é observável em “Lê lê lê”, de João Neto e Fre­derico. Vejamos: “Sou simples. Mas eu te garanto. Eu sei fazer o Lê lê lê. Lê lê lê. Lê lê lê. Se eu te pegar você vai ver. Lê lê lê. Lê lê lê.”

Mais uma vez temos o eu lírico usando de monossílabos, economizando em palavras, porque riqueza vocabular tornou-se algo desprezível. Sendo possível conotar com um mero “lê”, por que falar mais? O “lê, lê, lê”, no entanto, guarda uma mensagem subliminar perigosa: se tomado isoladamente na segunda pessoa do imperativo afirmativo, pode vir a constituir-se em ordem para leitura. Nada mais distante do que pretende o compositor e a “filosofia de vida” que a­nima o sertanejo que frequenta a universidade. Logo, é preciso apreender o “lê lê lê” de maneira contextualizada, ou seja, como registro onomatopaico que emula o sentimento de autocompensação libidinosa do eu lírico diante da vergonha que é, numa sociedade de consumo, ter uma condição financeira oprobriosa.

A era da imbecilidade monossilábica

A partir das breves linhas expostas acima, penso que o leitor já se encontra habilitado a conceituar este personagem enigmático do cancioneiro nacional: o sertanejo universitário. Trata-se de um modelo hedônico de uma sociedade capitalista hedonista, marcadamente voltado ao consumo, onde ser um “idiota”, um “imbecil completo”, não só não é motivo de desonra – própria e familiar – como se consubstancia num status socialmente tolerado (diria mesmo instigado). É o estereótipo desejável da sociedade globalizada por relações líquidas sob o elo do idioma da velocidade: no falar, no vestir, no relacionar-se, tudo que se refere ao gênero humano passa numa piscadela. Na música, não é diferente. Predomina o sertanejo universitário como o modelo supremo da juventude irresponsável, mediocrizada, de baixíssimo nível cultural. As composições são cunhadas no esteio da pobreza vocabular de quem as escreve, mas também de quem as canta – em ambos os casos denunciando a mais absoluta falta de leitura. É um autêntico movimento circular, no qual aquele que nada tem a oferecer intelectualmente alimenta com sua arte quem já se encontra morrendo de inanição cerebral.

Por essas razões é que me sinto autorizado a declarar que, depois da hecatombe cerebral que a axé mu­sic proporcionou na década de 1990, contribuindo decisivamente na deseducação do povo brasileiro com seus versos de “balançando a bundinha” e “boquinha da garrafa”, o sertanejo universitário, gestado pela indústria fonográfica em crise, desponta como o meio mais fácil de lucrar em cima do desejo hedonístico, cotidianamente instigado pelos meios de comunicação, que impele o jovem a aproveitar a vida a qualquer preço, de qualquer maneira, custe o que custar – incluindo o próprio senso do ridículo daqueles aos quais falta massa encefálica para perceber o quão patético é idolatrar “artistas” incapazes de compor com vocábulos polissílabos. É quando aos olhos de uma garota, na balada, torna-se “bonito” ser um completo idiota. Com o sertanejo universitário, a MIB entrou definitivamente na “era da imbecilidade monossilábica”.

(Rafael Teodoro, advogado e músico; Jornal Opção)

Assista à palestra “O poder da música” (aqui).

sábado, 4 de maio de 2013

É a primeira vez que dois Papas convivem no Vaticano



O Papa Francisco recebeu pessoalmente nesta quinta-feira o Papa emérito Bento XVI no Vaticano, em um retorno que marca o início de uma convivência sem precedentes entre dois pontífices.


"O papa Francisco o recebeu com grande fraternidade e cordialidade. Depois se dirigiram à capela do mosteiro para uma breve oração", disse em um comunicado a Santa Sé.

O encontro aconteceu pouco depois que o helicóptero em que viajou o Papa emérito desde Castel Gandolfo aterrissou no heliporto do Vaticano, às 16h49 horas locais (11h49 de Brasília). Em seguida, ele seguiu em um veículo até o mosteiro.

Esta é a segunda vez que os dois Papas se encontram pessoalmente. A primeira foi em 23 de março, quando o Papa Francisco viajou para Castel Gandolfo para saudar e almoçar com Ratzinger.


Primeira vez
Esta é a primeira vez na história que dois Papas convivem dentro dos muros do Vaticano, os dois vestidos de branco e sob o título de "Sua Santidade".

Bento XVI passou os últimos meses na residência de verão papal, 25 km ao sul de Roma, onde permaneceu isolado do mundo, à exceção de algumas poucas fotografias tiradas enquanto passeava junto ao seu secretário e do encontro com o novo pontífice.

Bento XVI chegou de carro do heliporto ao mosteiro onde era esperado pelo Papa Francisco.

Desde a sua eleição, no dia 13 de março, Francisco manifestou em várias oportunidades a amizade que tem com seu antecessor, com quem conversou por telefone e celebrou uma missa em homenagem ao seu recente aniversário.

Bento XVI viverá em sua nova residência com um pequeno grupo de assistentes, entre eles seu secretário particular, o bispo alemão Georg Gänswein.

G1

Nota: Se quiser entender mais sobre esta situação no Vaticano, assista este vídeo.

quinta-feira, 2 de maio de 2013

A parcialidade de Obama, Michelle, da imprensa e de todo o mundo


Por Filipe Reis 

1 169-jason-collinsEsta semana, Jason Collins, um jogador de basquetebol na NBA, o mais famoso campeonato do mundo na modalidade, tomou uma atitude que muitos gostam de chamar “sair do armário”: assumiu-se como homossexual, com o orgulho e satisfação habitual para ocasiões semelhantes.
Seria apenas mais um caso do género, diluído entre muitos outros, não se desse o caso do próprio presidente americano lhe ter telefonado saudando a coragem e manifestando o seu apoio ao atleta. Mais, Michelle Obama, a primeira-dama americana, escreveu no seu Twitter: “Tão orgulhosa de ti, Jason Collins. Este é um grande passo em frente pelo nosso país”. Esta mensagem termina com a expressão “we’ve got your back”, querendo dizer que estarão lá para o ajudar e proteger no que vier.
Claro que os meios de comunicação social trataram de dar o devido destaque ao assunto, inundando mais uma vez as pessoas e os lares com a propaganda pró-gay que normalmente merece todo o destaque, em contraponto com o silenciamento ativista com o qual os defensores de outra visão são brindados.
Contudo, podemos levantar algumas questões que, por não precisarem de resposta, já são a resposta em si mesmo: o presidente americano telefona às mães dos soldados que por razões imperialistas eles enviam para o Iraque e Afeganistão e morrem no campo de batalha? Também telefona para as associações de cuidam de órfãos ou crianças abandonadas? Telefona para aqueles que cuidam das pessoas sem-abrigo, que dormem nas ruas? Ou ainda para os que lutam por retirar jovens e adultos de vícios como álcool e drogas? A primeira-dama deixa-lhes mensagens de apoio e proteção no Twitter? E a imprensa, noticia com a mesma avidez este tipo de casos?
Vivemos num mundo irreal onde o exercício da democracia e da livre expressão é contornado com a lavagem cerebral que a maioria aceita sem reservas.
O que os mandantes definem como certo ou, pelo menos, politicamente correto, é o que se espera, e admite, que todos pensem e manifestem – o que sai disso, é desrespeito, desconsideração ou qualquer fobia inventada a propósito, e que rapidamente se arrasta para a criminalização (da livre opinião, diga-se).
São estes os valores que regulam a sociedade moderna. Mais uma razão para querer andar para trás no tempo….
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