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sexta-feira, 27 de junho de 2014

Sábado e o jogo das decisões


Que camisa você veste?
Acordei de madrugada, estou preocupada com uma amiguinha muito doente, aproveitei para orar por ela e por outros amigos doentes, e pelos meus filhos. E no meio das divagações noturnas, pensei no jogo do Brasil que se aproxima, marcado para o dia 28, às 13h. Seria um jogo comum e não causaria tanta polêmica, não fosse o fato de ser realizado no dia do sábado. Aqui em casa já tomamos a nossa decisão. Vamos nos abster de assistir e comemorar. Também creio que não será muito difícil, porque meu marido, apesar de gostar um pouco de futebol, é um persistente observador do sábado, como a mãe dele sempre foi e eu admirava isso. Não preciso aqui dizer que ele é um seguidor de Jesus Cristo, e ser guardador do sábado é uma consequência da obediência a Deus, porque isso é evidente.

Não se trata de se sentir melhor do que esse ou aquele. Trata-se apenas de definir nossa posição. Há os que definiram que vão prestigiar o Brasil nas horas sagradas do sábado, e eu respeito e tento não julgar a decisão, mas aqui nem houve reunião a respeito. A isso não caberia negociação. Em tempos de Copa do Mundo, eu quero seguir a escalação do meu Técnico. “Lembra-te do dia do sábado para o santificar...” (Êx 20:8-11). É sabido que há inúmeras bênçãos reservadas para os cumpridores da vontade do Senhor. E eu entendo que essa é a vontade dEle nesse dia.

Também não vou cair naquela acusação de que os que decidiram não assistir são os fariseus, os sepulcros caiados, e blá, blá, blá... Não, isso não me atinge. A questão da obediência tem o objetivo de posicionar você na luta. Não fará ninguém maior ou menor, mas definirá o que realmente é importante para nós.

E aquela velha história muito usada: “Ah, não vai assistir, mas vai morrer de vontade, então é melhor assistir.” Ainda assim eu prefiro obedecer.

E para reafirmar a posição que escolhi, transcrevo aqui o “velho”, mas sempre atual conselho de um grande líder religioso, Josué: “Então, Josué disse a todo o povo [no caso, o povo de Israel, mas pode ser dirigido a nós hoje]: Escolhei hoje a quem sirvais [...] porém eu e a minha casa serviremos ao Senhor” (Js 24:15).

É tempo de preparação para nós e nossos filhos; em tempo integral, sem adaptações da verdade a esse ou aquele gosto pessoal. Tomemos nossas decisões, conscientes de que o Senhor nos ama, mas nos observa. Sempre!

(Tânia Prioli Cardozo)

Nota: Em Isaías 58:13 e 14 está escrito: “Se você vigiar seus pés para não profanar o sábado e para não fazer o que bem quiser em Meu santo dia; se você chamar delícia o sábado e honroso o santo dia do Senhor, e se honrá-lo, deixando de seguir seu próprio caminho, de fazer o que bem quiser e de falar futilidades, então você terá no Senhor a sua alegria, e Eu farei com que você cavalgue nos altos da terra e se banqueteie com a herança de Jacó, seu pai” (NVI).

Jesus disse que quem é fiel no pouco, também é fiel no muito. As “pequenas” decisões de hoje estão nos preparando para as grandes decisões de amanhã – quando teremos que proclamar nossa fé ao custo da própria vida. O exercício de fazer a vontade de Deus, ainda que a nossa seja outra, vai nos acostumando a fazer o que é certo, não com base em nossos sentimentos e desejos, mas com base em nossa decisão de agradar a Deus e na confiança de que Ele sabe o que é melhor para nós. Prefiro fazer a vontade de Deus contra a minha do que a minha contra a dEle.

Porém, não nos esqueçamos de que “cada um de nós prestará contas de si mesmo a Deus. Portanto, deixemos de julgar uns aos outros. Em vez disso, façamos o propósito de não colocar pedra de tropeço ou obstáculo no caminho do irmão. [...] Assim, seja qual for o seu modo de crer a respeito destas coisas, que isso permaneça entre você e Deus. Feliz é o homem que não se condena naquilo que aprova” (Rm 14:12, 13, 22). [MB]

sexta-feira, 20 de junho de 2014

“Não consigo ver Jesus nesse tipo de show [gospel]”


Mudança radical de vida
A fila já vai grande às 19h50. Algumas centenas de jovens, a maioria aparentando vinte e poucos anos, vão se amontoando em frente aos portões fechados do principal auditório da Universidade Presbiteriana Mackenzie. Eles falam alto. Uns conversam em inglês. “I miss you so much!” Quem tem pulseirinha de acesso restrito não precisa esperar a abertura oficial. Convencemos o atarefado estafe a liberar nossa entrada. No lado de dentro a banda passa o som. Tira grave, sobe agudo, ei, som, ei, som. “Alguém quer alguma coisa?”, grita o técnico de áudio de cima do seu poleiro. “Quero um café!”, brinca Rodolfo Abrantes. Ele está no centro do palco empunhando a guitarra. Ao seu redor, sua banda, cortinas vermelhas, cem lâmpadas em forma de velas e três pessoas orando num canto. “A gente vai fazer uma parte da adoração, é uma parte do culto”, explica Rodolfo. Ele é um missionário, alguém que, segundo as tradições evangélicas, passa a mensagem de Deus. “A carta não é a minha, eu sou o carteiro”, diz. Aos 41 anos, ele recusa o título de artista que carregou até 2001, ano em que deixou os Raimundos. “Eu vim de uma cidade projetada, minha família toda tem médicos, era tudo planejado; e eu não queria aquilo pra mim”, conta. Rebento da segunda geração roqueira do Distrito Federal, o moleque Rodolfo viu na música a chance de sair do plano piloto a ele imposto. Ao lado de Digão, fundou os Raimundos em 1987, e em 1994 rumava ao sucesso com o primeiro álbum.

Em pouco tempo ele deixou de ser fã de rockstars para se tornar um deles. Rodava o Brasil na rotina avião-hotel-palco-hotel-avião. Ao lado de bandas como Planet Hemp e Charlie Brown Jr, os Raimundos tocaram o último acorde do rock brasileiro de grandes proporções. Lotavam casas de show, vendiam quilos de CDs e arrepiavam os ouvidos mais carolas com a mistura de riffs velozes e distorcidos, vocabulário calango e histórias de sexo oral, escatologia, erva e outras peculiaridades.

O sucesso aumentava e Rodolfo ficava cada vez mais junkie. Maconha era mato. “Eu fumava um e já estava pensando no próximo, cheguei a cheirar e tomava ácido pra caramba”, conta. Para ele, o ápice da fama coincidiu com o fundo do poço. “Minha saúde destruída, perdendo peso, cheio de caroço espalhado pelo corpo: eu me sentia morrendo”.

Rodolfo decidiu que daria fim àquilo logo após a gravação do aclamado álbum MTV Ao Vivo, em junho de 2001. Ele se convertera no começo daquele ano, motivado, num primeiro momento, por Alexandra (então namorada e atual esposa). “Nosso relacionamento estava indo por água abaixo.” A convite dela, evangelistas da periferia de São Paulo foram à sua casa. Anos depois de entrar num puteiro em João Pessoa, o músico encontrava seu Deus.

Rodolfo conta sua história e sua crença com precisão litúrgica. Embora sempre leia a Bíblia, não menciona passagens com proselitismo pastoreiro. Fala de forma complacente. Sua prosódia em nada lembra os pregadores ufanistas, mas tampouco resgata a língua frenética de músicas como “Nêga Jurema”, em que cuspia duzentas e três palavras em apenas dois minutos.

“Eu tenho 100% de arrependimento”, diz ele sobre suas letras na época dos Raimundos. As dezenas de composições feitas durante esse tempo garantem parte de seu orçamento por meio dos direitos autorais, mas ele não toca mais nenhuma dessas músicas. Atualmente, a maior parte das suas contas é paga pelos seus álbuns de cunho evangélico, assinados com a sigla RABT, e pelas apresentações que faz pelo país. Nesse caso, o pagamento vem como oferta – uma das formas de remuneração instituídas na Bíblia, segundo ele. “Eu saio da minha casa e posso não receber nada”, afirma.

Assim como não enxerga verdade em alguns pastores – “tem pilantra se passando por pastor” –, Rodolfo também não acredita no endinheirado mercado gospel. “Eu não consigo ver Jesus nesse tipo de show porque o povo está aplaudindo o cara que está tocando, e a adoração não serve pra ninguém me aplaudir”, diz ele em meio ao barulho que antecede o culto. [...]

Rodolfo mora em Balneário Camboriú e, quando dá tempo, surfa na praia logo em frente a sua casa. Cair na água é um dos poucos hábitos que mantem desde a adolescência. Mas sua prioridade é sua missão terrena. Ele não acha que corre o risco de ter uma overdose. Afinal, Deus é veneno? “Não, porque ele não é desse mundo.”

(Trip, via Pavablog)

quarta-feira, 11 de junho de 2014

Implicações da lei da palmada



Lei não entende a disciplina amorosa
Quando Julia tinha aproximadamente seis anos ela começou a chegar com coisinhas da escola. Era um lápis, um apontador, uma borracha, uma canetinha diferente... Para ela, não passava de algo bonito. Para a criança, o senso de propriedade não é como no adulto. E as crianças também não têm o sentimento de apego irrefreável às coisas que nós, os adultos, normalmente temos. Uma criança pode dar e tirar sem constrangimento algum. Pois bem. Num certo momento, Cláudia e eu achamos que precisávamos conversar com ela. Explicamos que aquelas coisas não lhe pertenciam, que o coleguinha, e sua mãe, iriam sentir falta delas, e que ela precisava refrear o desejo de querer pegá-las para si. Ela argumentou que todos os colegas faziam isso, inclusive pegavam as coisas dela, o que era verdade. Mas nós explicamos que, apesar de as outras crianças agirem daquela forma, não era certo fazer assim. Não me lembro bem, mas acredito que conversamos com ela, no quarto dela, umas três vezes. Estávamos preocupados que a filha tivesse a noção de limites não apenas quanto ao que lhe pertencia e ao que pertencia ao outro, mas também quanto a si mesma, suas vontades, seus instintos, suas pulsões, diriam os psicólogos.

Infelizmente, isso não deu certo. E, com muito pesar, tive que discipliná-la, como costumava fazer quando acontecia alguma desobediência expressa a um fato que considerávamos importante. Levei-a para o quarto dela e apliquei uma, ou duas chineladas (não me lembro) no bumbum. Depois a abracei, beijei-a, orei com ela. Sequei as lágrimas dela e as minhas... Nunca mais aconteceu de ela pegar coisas que não lhe pertenciam. E quando a entreguei ao Lucas, no altar, sabia quem era minha filha. Uma jovem que, assim como teve que aceitar nãos do pai e da mãe, mesmo que mediante disciplina física, saberá dizer não quando a vida vier a lhe exigir que o faça.

O Senado federal acabou de seguir a votação na Câmara, aprovando o Projeto de Lei nº 7672/2010. Diz o primeiro artigo: “A criança e o adolescente têm o direito de serem educados e cuidados pelos pais, pelos integrantes da família ampliada, pelos responsáveis ou por qualquer pessoa encarregada de cuidar, tratar, educar ou vigiar, sem o uso de castigo corporal ou de tratamento cruel ou degradante, como formas de correção, disciplina, educação, ou qualquer outro pretexto.”

Por essa lei, agora ninguém mais poderá aplicar a uma criança ou adolescente qualquer espécie de constrangimento físico que cause dor ou sofrimento. Além disso, passa a ser punível o tratamento compreendido como cruel e degradante, o que a lei conceitua como sendo humilhação, ameaça grave, ou ridicularização. Os pais, avós, professores, cuidadores, enfermeiros, etc., que praticarem qualquer uma dessas condutas (termos abertos: até mesmo uma repreensão em sala de aula poderá ser enquadrada na lei), serão obrigados a frequentar sessões psicoterápicas e programas de auxílio à família, sem que tenha sido afastada a possibilidade de aplicar-se ao transgressor ainda outras medidas mais graves, como a imputação do crime de maus-tratos ou tortura ao pai, à mãe, ao professor, ou qualquer um que tenha o dever de cuidar, tratar, educar ou vigiar. Os pais poderão, até mesmo, perder o poder familiar sobre o filho.

Pela lei que está na iminência de ser validada, se for sancionada pela presidente da República, eu seria punível pelas minhas condutas para com as meninas. Assim, há dezoito anos eu teria sido processado e, talvez, em razão das chineladas no bumbum da Julia, eu não teria me tornado advogado, nem professor de direito da criança e do adolescente, consultor de governo na área, mestre e doutor em Educação pela USP em tema de direito e gestão da criança e do adolescente. Não teria vindo a Brasília para trabalhar no órgão em que as políticas destinadas ao atendimento de adolescentes que praticaram delitos (atos infracionais) são geridas. Minha carreira jurídica teria sido abortada, pois teria perdido toda a credibilidade social. Inclusive, não teria presidido o Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente de Jundiaí. Afinal, teria praticado maus-tratos contra minhas filhas, e praticado conduta cruel e degradante. Não teria apelo, pois eu seria réu confesso.

De minha parte, o que tenho a dizer é o seguinte: amei muito minhas filhas. Amei-as tanto que ousei discipliná-las fisicamente, quando julgamos necessário. Fiz isso com lágrimas, com dor no coração. Talvez tenha cometido erros. Mas as amei. Não queria transferir a ninguém minha responsabilidade. O que fiz, fiz acreditando no rei Salomão: “O que retém a vara aborrece a seu filho, mas o que o ama, cedo, o disciplina” (Provérbios 13:24).

Passados tantos anos, contemplando nossas filhas, Cláudia e eu, no ano em que completamos vinte e cinco anos de casados, jovens imperfeitas, mas respeitosas, alegres, ainda que com as mesmas questões de todos os mortais, tendo boa referência de todos; trabalhando, a Julia fisioterapeuta e a Carolina quase nutricionista; e a julgar pelos inúmeros adolescentes que se julgam reizinhos, sendo muitos deles insuportáveis, fazendo o mal, ofendendo com palavras, gestos, agressões físicas, desrespeitando tudo e todos, tenho ainda mais certeza de que o rei Salomão estava certo. E continuarei me opondo a todos aqueles que, advogando segundo o discurso do direito da criança e do adolescente, entendem que isso implica deixar essas pessoas em processo de desenvolvimento sem parâmetros morais claros e precisos, parâmetros esses que foram construídos ao longo de muitos séculos sob as bases do pensamento judaico-cristão e os princípios liberais, e estão, há algumas décadas, sendo destruídos por um modo de pensar niilista e “socialista”.

A lei deveria ser aplicada àqueles que são violentos com os filhos, batem por impaciência, de qualquer jeito, com porrete, cinta, no rosto, na cabeça, nos pés. Contra aqueles que, sob pretexto de corrigir, descarregam suas raivas na própria criança. Contra aqueles que usam a mão para ferir, ao invés de acariciar. Essa deveria ser a interpretação da finalidade da lei, dada pelos tribunais. Entretanto, a julgar pelos olhares dos magistrados que, em nome dos direitos humanos, perderam a noção do razoável, acredito que a lei terá alcançado o objetivo daqueles que a idealizaram, sabendo ou não sabendo, e dará início a uma caça às bruxas. O medo dos professores de aplicação de multas e responsabilizações diversas, aliado à pseudociência psicológica, pedagógica e assistencial, produzirá o que nenhum de nós deseja, mesmo os pais mais liberais: as crianças terão vencido o combate. Os pais, nocauteados, no chão, não terão nada a fazer, senão se esconder, manipular, controlar por meio de ameaças ao filho de perder isso ou aquilo, etc.

Agir ou não agir porque é certo ou errado não interessará, e não funcionará. E medidas mais radicais somente os traficantes, ou os torturadores e matadores de adolescentes poderão adotar, o que ainda mais rigorosamente continuarão a fazer. Sem piedade, sem choro, sem lágrimas, sem abraço, sem oração. Sem amor. Sem verdade.

E todos aqueles que desejam que a família acabe, conforme a ideologia dos proletários, que muitos estão seguindo sem o saber, terão vencido.

De minha parte, não me calarei.

(Édison Prado de Andrade)

terça-feira, 3 de junho de 2014

Papa lança desafio para ‘trabalharem juntos’ pela paz


Roma Papa ng3332485“O papa Francisco desafiou hoje cristãos, judeus e muçulmanos a “trabalharem juntos” pela paz e pela justiça durante uma visita à Esplanada das Mesquitas, na Cidade Velha de Jerusalém, o terceiro lugar mais sagrado para o Islão.
Podemos trabalhar juntos pela justiça e pela paz“, afirmou durante a sua visita ao complexo onde está situada a mesquita Al-Aqsa, pedindo para que ninguém utilize o nome de Deus para justificar a violência.
A minha peregrinação não ficaria completa se não incluísse também o encontro com as pessoas e comunidades que vivem nesta terra e, por isso, estou contente por poder estar convosco, amigos muçulmanos“, afirmou, diante do grã-mufti de Jerusalém, Mohammed Hussein, e de outras autoridades islâmicas.
A Esplanada das Mesquitas, a que os muçulmanos chamam Nobre Santuário e os judeus Monte do Templo, é um local sagrado para as duas religiões e uma fonte de tensão entre as duas comunidades.
O principal representante do islamismo sunita agradeceu ao Papa a sua visita e aproveitou para pedir o fim da ocupação israelita, que considerou o principal obstáculo à conversão de Jerusalém na “verdadeira cidade da paz do mundo“.
Hussein recordou a figura do califa Omar ibn al Jatab, um dos quatro califas Rashidum (reconhecidos por todos os muçulmanos), “que permitiu aos cristãos manterem as suas igrejas na cidade santa“.
Jerusalém deve ser [de novo] uma cidade aberta tanto a cristãos como a muçulmanos em que todos possam conviver em paz“, disse o líder religioso.
O papa, por seu lado, pediu a judeus, cristãos e muçulmanos para abrirem os seus corações e mente a fim de entenderem o outro, já que o conhecimento mútuo supera as barreiras e os conflitos.
Francisco, que concluiu o seu discurso na disputada esplanada com a palavra paz em árabe, seguiu depois para o Muro das Lamentações, onde foi recebido por um dos mais importantes rabinos da cidade.
O papa seguiu os passos dos seus antecessores — João Paulo II e Bento XVI — deixando uma mensagem no lugar mais sagrado do judaísmo.
Pouco antes, o rabino entoou uma oração em hebraico, na qual pediu pela paz em Jerusalém, pela unidade e pela luta contra o ódio aos judeus. (…)” Fonte: Diário de Notícias