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terça-feira, 31 de dezembro de 2013

Como viveremos em 2014?

Questão de escolhas
Quase um ano atrás, mais de 200 jovens perderam a vida num incêndio em uma boate em Santa Maria, RS. Entre tantas histórias tristes e dramáticas, uma em especial me chamou a atenção: a do estudante João Vitório Tavares, então com 19 anos. Segundo ele, sua vida foi salva pelo pai. “Os guris já tinham me ligado umas setes vezes para ir para a Kiss, já tinha até me arrumado, mas meu pai trancou o pé na porta e não me deixou sair. Acabei dormindo e fui acordado por várias ligações me perguntado se eu estava bem”, disse o estudante. Ele perdeu ao menos três amigos na tragédia. “Poderia ter sido eu, era para eu estar lá.” De certa forma, 2013 representa o ano em que João “nasceu de novo”. Aquela poderia ter sido a última noite da vida dele, como foi para centenas de outros jovens. Mas não, João continua vivo. Recebeu uma segunda chance de continuar sua história. O que 2013 representou para você? E se, perdoe-me por perguntar, você soubesse que 2014 fosse seu último ano de vida?

Na Bíblia, encontramos a história de várias pessoas e o relato de seus começos, meios e fins. Algumas começaram bem e terminaram mal. Outras começaram mal e terminaram bem. Outras, ainda, começaram mal e terminaram mal. E algumas começaram bem e terminaram bem. Enfim, pessoas que usaram seu livre-arbítrio para fazer escolhas e tomar decisões que afetaram sua trajetória nesta vida e até mesmo seu destino eterno.

Um desses personagens é Saul. Ele começou bem. Quando de sua escolha para ser o monarca de Israel, sentiu medo, incapacidade. Nas mãos de Deus, até profetizou. Mas, com o tempo, a autossuficiência e o orgulho tomaram conta da vida dele. Afastou-se do Senhor. Consultou uma feiticeira e acabou se suicidando (1Sm 31:1-6). Começou bem, terminou mal.

Outro que não soube aproveitar as oportunidades que Deus lhe concedeu foi Sansão, o homem fisicamente mais forte da Terra, mas um dos mais fracos no aspecto moral. Relacionou-se com prostitutas, tornou-se, assim como Saul, autossuficiente, acabou preso, humilhado e com os olhos furados. Nos últimos momentos de sua vida, clamou a Deus por restauração e foi misericordiosamente atendido (Jz 16:26-31). Conforme Hebreus 11, a salvação de Sansão está garantida. Mas isso não muda o fato de que a vida dele foi desperdiçada.

Diferentemente dos exemplos anteriores, a vida do primeiro mártir cristão, Estevão, foi muito bem aproveitada, já que foi dedicada a Deus. Estevão morreu exatamente como viveu: vendo a face de Jesus (At 7:54-60). Igualmente, Moisés viveu em comunhão com Deus (Êx 33:12-21) e terminou seus dias junto dAquele a quem tanto amou e serviu (Dt 34:1-7).

O que pode ser dito da sua história? O que poderá ser dito dela quando você dormir para este mundo e de você restarem apenas as lembranças na memória dos que ficaram?

Em Romanos 6:2, o apóstolo Paulo pergunta: “Nós, que estamos mortos para o pecado, como viveremos ainda nele?” É realmente uma pergunta muito pertinente: Como viveremos? Em grande medida, o fim de nossa vida depende de como a começamos e de como é o “durante”. Se estamos vivos hoje e conscientes de nossa situação, o começo já não importa tanto. Como terminaremos nossos dias não nos é permitido saber. Assim, o que mais importa é a maneira como estamos vivendo agora. A respeito disso podemos fazer alguma(s) coisa(s).

Stephen Smith e sua família aceitaram a mensagem adventista em 1850, mas logo ele começou a ter ideias contrárias à Bíblia e, em seguida, tornou-se altamente crítico dos líderes adventistas e de Ellen White. Smith não aceitou as advertências da Sra. White, que haviam sido dadas a ela numa visão sobre sua condição e seu triste futuro, a menos que ele tivesse uma mudança de coração. Ele se recusou a abrir e ler o testemunho escrito por ela e a carta permaneceu fechada no fundo de um baú por 28 anos – um período de grande amargura para ele.

Em 1884, ele leu vários artigos escritos por Ellen White e, em 1885, participou de algumas reuniões realizadas por Eugene Farnsworth. Durante uma reunião, ele confessou os erros de sua vida para a surpresa dos presentes que esperavam um discurso amargo. Voltando para casa, ele abriu a carta de Ellen White e descobriu que sua vida tinha sido exatamente o que ela disse que seria, se ele não voltasse para Deus. Em outra reunião, ele fez a seguinte confissão: “Os testemunhos estão certos e eu estou errado.”

Alguém disse que “é melhor fazer a vontade de Deus contra a minha vontade do que fazer a minha vontade contra a vontade de Deus”. O estudante João Vitório Tavares, de Santa Maria, aprendeu isso do modo mais difícil. Ele queria ir à boate, mas obedeceu à ordem negativa do pai. Somos livres para escolher nosso caminho, mas não somos livres para dar as costas para as consequências dessa escolha. Mesmo quando Deus “tranca o pé na porta”, ainda podemos insistir e dizer “não”. Ele respeita nosso livre-arbítrio. Com lágrimas nos olhos (como fez o pai do filho pródigo), Ele diz: “Ok, filho, siga seu caminho, mas não se esqueça de que sempre estarei aqui, de braços abertos, para recebê-lo.”

Quando Deus nos pede para escolher sabiamente os lugares que decidimos frequentar, as pessoas com quem vamos nos relacionar e os prazeres a que vamos nos entregar, Ele faz isso porque sabe que lugares, pessoas e prazeres podem representar bênção ou maldição; podem edificar ou destruir; podem refazer, recrear, santificar, revigorar ou desfazer, poluir e escravizar.

Quero me valer das palavras de Paulo em Romanos 13:11-14 como um convite para uma nova vida em 2014: “Chegou a hora de vocês despertarem do sono, porque agora a nossa salvação está mais próxima do que quando cremos. A noite está quase acabando; o dia logo vem. Portanto, deixemos de lado as obras das trevas e vistamos a armadura da luz. Comportemo-nos com decência, como quem age à luz do dia, não em orgias e bebedeiras, não em imoralidade sexual e depravação, não em desavença e inveja. Pelo contrário, revistam-se do Senhor Jesus Cristo, e não fiquem premeditando como satisfazer os desejos da carne.”

Lembre-se de que “as coisas mais importantes na vida não são coisas”, como escreveu Anthony J. D’Angelo. Em 2014, invista no que realmente vale a pena: sua relação com Deus, sua vida espiritual, sua família, seus amigos.

Como viveremos em 2014? Depende de nós.

Michelson Borges

domingo, 29 de dezembro de 2013

Papa Francisco reconhece ecumenismo como prioridade


Em entrevista à “Época”, o Papa Francisco reconheceu que a proposta ecuménica (união de todas as igrejas em busca de um bem comum, ignorando o que as separa e sempre sob a liderança romana) é uma das suas prioridades.
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Relembremos dois texto da pena inspirada de Ellen White:
“A vasta diversidade de crenças nas igrejas protestantes é por muitos considerada como prova decisiva de que jamais se poderá fazer esforço algum para se conseguir uma uniformidade obrigatória. Há anos, porém, que nas igrejas protestantes se vem manifestando poderoso e crescente sentimento em favor de uma união baseada em pontos comuns de doutrinas. Para conseguir tal união, deve-se necessariamente evitar toda discussão de assuntos em que não estejam todos de acordo, independentemente de sua importância do ponto de vista bíblico.” (O Grande Conflito, p. 444)
“Não conseguimos ver como a Igreja romana poderá desembaraçar-se da acusação de idolatria. … E esta é a religião que os protestantes estão começando a encarar com tanto agrado e que finalmente se unirá com o protestantismo. Esta união não será, porém, efetuada por uma mudança no catolicismo, pois Roma não muda. Ela declara possuir infalibilidade. É o protestantismo que mudará. A adoção de idéias liberais, de sua parte, o conduzirá ao ponto em que possa apertar a mão do catolicismo.” (Review and Herald, 1 de junho de 1886)

terça-feira, 24 de dezembro de 2013

A maravilhosa história do Natal


O Rei do Universo veio como um bebê!
A história do Natal aconteceu mais de dois mil anos atrás. Ela começa com uma virgem, chamada Maria. Ela estava noiva de José, quando o anjo Gabriel apareceu a ela e disse: “Não temas, Maria! Pois encontraste graça em Deus! Você engravidará e dará à luz um Filho; Ele será chamado Jesus e será Filho do Altíssimo!”, e Maria lhe respondeu: “Eis aqui a serva do Senhor; faça-se em mim segundo a vontade de Deus.” Esse mesmo anjo também falou com José em sonho e disse para ele aceitar Maria como sua esposa, sem nenhum temor. Quando saiu um decreto para o levantamento dos impostos, José e Maria tiveram que ir até Belém, para ali registrar seus nomes. Porém, eles viajaram de jumento e o jumentinho andava bem devagar, pois ele levava Maria, e ela já estava com um barrigão.

Andando naquela velocidade, demoraram muito para chegar a Belém, e quando chegaram, todas as estalagens estavam lotadas. Os ricos e orgulhosos estavam bem hospedados, enquanto aqueles humildes viajantes tiveram que encontrar descanso em uma estrebaria.

No meio da noite, ouviu-se um chorinho. Jesus, o Salvador do mundo, acabara de nascer em um estábulo. Dá para imaginar? O Rei do Universo deitado em uma manjedoura? Mas foi assim que Deus escolheu vir ao mundo. Humildemente, como um bebê. E, ainda, um bebê que nasceu em um estábulo, na companhia dos animais!

Deus não revelou o acontecimento a toda população. Em vez disso, anunciou apenas a alguns pastores que guardavam seus rebanhos nas colinas de Belém. Eles foram avisados pelo anjo Gabriel. Então, foram apressadamente até Belém, onde encontraram Maria e José do lado de uma manjedoura, onde estava o menino. Reis magos que viviam no Oriente viram no céu uma estrela diferente. E seguindo-a encontraram Jesus na manjedoura! E presentearam-no com incenso, ouro e mirra.

Deus veio a este mundo como um bebê para ser como nós. Ele cresceu, curou a muitos, contou parábolas, fez milagres, morreu e ressurgiu para nos salvar! Porque Ele nos ama e quer nos ter perto dEle! Por isso Ele nasceu, morreu e ressurgiu. Para que nós possamos, um dia, quando Ele voltar, ser levados por Ele para o Céu e viver lá para sempre com Ele. A única coisa que você deve fazer é aceitá-Lo e amá-Lo de todo o seu coração.

Jesus vai voltar um dia, e Ele quer que você vá para o Céu com Ele.

(Giovanna Martins Borges, 11 anos, e Letícia Borges Nunes, 10 anos)


sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Conselho Mundial de Igrejas aprecia Exortação Apostólica de Papa Francisco


papa-francisco“A Exortação Apostólica entregue recentemente pelo Papa Francisco acerca da proclamação do Evangelho no mundo de hoje provocou interesse e apreciação por parte do Conselho Mundial de Igrejas (CMI), como um documento desafiador e convidativo.
“A Exortação Apostólica é mais do que simplesmente transmitir a mensagem do Sínodo sobre a evangelização, mas aborda a necessidade de renovação da igreja em todos os níveis, a partir da perspectiva do chamado para ser uma igreja missionária”, disse o secretário geral do CMI, Rev. Dr. Olav Fykse Tveit .
“O tom do documento é aberto e ao mesmo tempo desafiador e convidativo”, acrescentou. “É realmente inspirador ler como agora tentamos implementar o mandato da nossa recente assembléia em Busan, República da Coreia. Ele fornece uma inspiradora interação entre reflexões eclesiológicas, perspectivas missionárias e preocupações sobre a construção econômica, de justiça ecológica e da paz como dimensões missionárias significativas da igreja.”
“Na recente 10ª Assembleia do CMI, em Busan, nós também destacamos a necessidade de renovação da igreja, tanto por meio de uma nova declaração de missão, que fala da missão partindo das margens da sociedade, e do movimento da igreja e movimento ecumênico direcionado à justiça e paz”, disse Tveit .
Tveit acrescentou que ele vê paralelos entre a “peregrinação de justiça e de paz ” e a comunhão de 345 igrejas-membros do CMI que estarão embarcando nela, principalmente agora após a assembleia de Novembro e as reflexões do Papa Francisco.
Em janeiro, a equipe do CMI vai continuar a sua reflexão e estudo da Exortação Apostólica através de um dia especial de discussões em equipe dedicadas ao documento. O CMI e o Vaticano têm continuamente trabalhado em estreita colaboração um com o outro durante as últimas décadas, através do Conselho Pontifício para a Unidade dos Cristãos.” 

sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

O cético e o crente no ventre


Outro mundo os aguarda
No ventre de uma mulher grávida estavam dois bebês. O primeiro perguntou ao segundo:

- Você acredita na vida após o nascimento?

- Certamente. Tem que haver algo após o nascimento. Talvez estejamos aqui principalmente porque nós precisamos nos preparar para o que seremos mais tarde.

- Bobagem, não há vida após o nascimento. Como verdadeiramente seria essa vida?

- Eu não sei exatamente, mas certamente haverá mais luz do que aqui. Talvez caminhemos com nossos próprios pés e comeremos com a boca.

- Isso é um absurdo! Caminhar é impossível. E comer com a boca? É totalmente ridículo! O cordão umbilical nos alimenta. Eu digo somente uma coisa: a vida após o nascimento está excluída. O cordão umbilical é muito curto.

- Na verdade, certamente há algo. Talvez seja apenas um pouco diferente do que estamos habituados a ter aqui.

- Mas ninguém nunca voltou de lá, depois do nascimento. O parto apenas encerra a vida. E, afinal de contas, a vida é nada mais do que a angústia prolongada na escuridão.

- Bem, eu não sei exatamente como será depois do nascimento, mas com certeza veremos a mamãe e ela cuidará de nós.

- Mamãe? Você acredita em mamãe? E onde ela supostamente está?

- Onde? Em tudo à nossa volta! Nela e através dela nós vivemos. Sem ela tudo isso não existiria.

- Eu não acredito! Eu nunca vi nenhuma mamãe, por isso é claro que não existe nenhuma.

- Bem, mas, às vezes, quando estamos em silêncio, você pode ouvi-la cantando, ou a sente, quando ela afaga nosso mundo. Sabe, eu penso então que a vida real nos espera e agora apenas estamos nos preparando para ela.


(Autor desconhecido)

domingo, 8 de dezembro de 2013

Violinista adventista leva esperança por meio da música


Paulo visita asilos, hospitais e prisões
Há pouco mais de vinte anos, o violinista Paulo Torres foi visitar uma tia que estava internada no antigo hospital Saint Claire, em Curitiba, por complicações de um enfisema pulmonar. Estudioso do instrumento desde pequeno e já um profissional de renome com algumas páginas em seu extenso currículo, trouxe seu violino para entreter e acalmar a paciente. Enquanto solava algumas peças barrocas, percebeu que pacientes dos outros quartos estavam saindo ao corredor, ávidos por ouvir o som angelical que vinha daquele quarto. Como macas e camas não comportavam a numerosa plateia, Torres começou a visitar todos os “hóspedes”, tocando sua música para os pacientes interessados. Até chegar ao quarto de uma jovem que dormia. “Ela abriu os olhos e tentou falar comigo, mas só saíram sons guturais. A mãe dela, que estava no quarto começou a chorar e a gritar, e médicos começaram a entrar no quarto. Fiquei assustado”, lembra. Não era para menos: a paciente estava havia três anos em coma e despertou ao som de seu violino. “Percebi que minha música poderia ser usada como um instrumento divino para levar consolo, paz, alegria, tranquilidade e momentos de reflexão para pessoas enfermas.”

O trabalho voluntário de Paulo Torres o levou a buscar fundamentação em uma área cada vez mais estudada na medicina: o uso da música como terapia e humanização do tratamento médico. “Existem muitos estudos que associam a música sacra e a música barroca a uma melhora física e emocional dos pacientes.”

Com o tempo, o violinista passou a mobilizar outras pessoas para o trabalho de levar a música aos hospitais. “Organizamos concerto de Natal, de dia das mães. Levamos o [coral infantil] Curumim a um Centro de Hemodiálise, a Orquestra de Câmara da PUC também trabalha conosco, sempre levando conforto e musicalidade para as pessoas”, lista.

A busca pelo tema também o levou a dar palestras em diversas cidades, tanto para pacientes quanto para a comunidade médica sobre o assunto. O trabalho voluntário, aos poucos, foi se tornando uma das missões de vida do violinista, que não esconde o entusiasmo e a paixão pelo assunto: “Tenho um antigo sonho de que Curitiba se torne uma referência, senão mundial, ao menos nacional no uso da música no tratamento hospitalar”, confessa.

Bach, Hendel, Haydn e Mozart estão sempre no repertório de Paulo Torres. Há diversos estudos que comprovam o benefício da música clássica para pacientes em recuperação.

Desde então, Torres não parou mais. O castrense de 58 anos e pai de cinco filhos encontra brecha em suas funções como professor da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR) e da Escola de Música e Belas Artes do Paraná, primeiro violinista da Orquestra Sinfônica do Paraná e membro da Academia Paranaense de Letras e, voluntariamente, toca para pacientes em diversos hospitais da cidade. Também toca em orfanatos, asilos e prisões – onde chamarem. “Mais bem-aventurado é dar do que receber”, justifica o trabalho com uma frase do apóstolo Paulo, reflexo de sua religiosidade desenvolvida na Igreja Adventista do Sétimo Dia. Traz em seu repertório música erudita barroca, clássica e sacra, além de hinos das mais variadas denominações.

De pacientes que se recuperaram melhor a pessoas que exalaram seus últimos suspiros ao som do violino, as histórias que acumulou com essas experiências ao lado de pianistas – uma de suas filhas entre eles, Daniella Pereira –, dariam um livro, se as datas e os locais não estivessem tão difusos. Mesmo assim, vale contar a que compartilhou com uma colega de fé.


Certa ocasião, Torres entrou em um quarto da UTI com sua filha, trazendo um teclado sobre o carrinho de alimentos, para tocar o hino adventista “Não me esqueci de Ti” ao pé da cama de uma paciente. “Ela se levantou, tentou arrancar as máscaras que a envolviam e arregalou os olhos. Me afastei, porque achei que estava fazendo mal a ela”, conta. Duas semanas mais tarde, no mesmo hospital, porém, aquela paciente encontra sua filha no corredor, a abraça e chora copiosamente. “Ela disse que estava sem nenhuma esperança. E que, na manhã do dia em que tocamos para ela, ela havia pedido para que mandasse um sinal de que Ele não havia se esquecido de sua fiel.” A prova estava justamente no hino adventista, coincidentemente um de seus favoritos.


Confira a seguir a cobertura desse testemunho em vários veículos de comunicação:

Rede Record – 5’30” em rede nacional (clique aqui)

Rede Massa (SBT) – 14 minutos de reportagem (clique aqui)

TV Educativa, Boletim eParaná 12/11 – encerra o jornal (começa em 00:47) (clique aqui)

TV Educativa, jornal eParaná – encerra a edição (clique aqui)

G1 (clique aqui)

Gazeta Maringá (clique aqui)

Gospel Prime (clique aqui)

Fanpage da Prefeitura de Curitiba (clique aqui)

terça-feira, 3 de dezembro de 2013

O poder viciante dos romances e da pornografia


Matéria publicada no site Hypescience menciona as conclusões de Kimberly-Sayer Giles a respeito da influência dos romances sobre as mulheres e da pornografia sobre os homens: “Os homens são muito visuais, e ver pornografia produz uma droga que leva à euforia no corpo. Essa droga é a razão pela qual a pornografia se torna viciante. Quando a elevação natural desaparece, o homem se sente deprimido (como acontece com qualquer droga) e tem vontade de passar pelo processo novamente. As mulheres são mais estimuladas por livros de romance do que por sexo. Então, quando elas leem histórias românticas (e nem precisam ter romance tão explícito assim), elas podem experimentar a liberação da mesma substância química viciante.” Giles sugere que quem se deixa influenciar demais por romances deveria “simplesmente escolher um tipo diferente de livro”.

Como a pornografia e a leitura de romances (do tipo novela) podem se tornar um vício, o “tratamento” recomendado é o mesmo para pessoas viciadas em álcool, cafeína ou outras drogas: abstinência, substituição e vigilância. No caso dos leitores de romances, como sugere Giles, o melhor caminho é substituir esses livros frívolos por outro tipo de leitura, quem sabe romances-reportagem (com histórias reais e relevantes), literatura edificante e livros cujo conteúdo traga aprendizado útil. A leitura deve sempre ser estimulada e traz muitas vantagens para quem mantém o hábito, mas devemos ter critérios de escolha bem estabelecidos. Livros se tornam verdadeiros companheiros e invadem nossa mente, introduzindo ali ideias, valores e pensamentos que, de uma forma ou de outra, acabam influenciando nossa visão de mundo e até mesmo nossos valores. Por isso, escolha bem seus “companheiros”.

Com respeito à pornografia, o conselho é o mesmo: fugir da tentação. Um alcoólatra em tratamento jamais deve pegar um copo de bebida ou mesmo entrar num local em que são vendidas bebidas alcoólicas. Aí está a vigilância. O viciado em pornografia também deve policiar seu comportamento. Deve evitar conteúdos (imagens, sons, textos) que estimulem pensamentos eróticos e encher a mente de conteúdos puros e edificantes: oração e estudo da Bíblia são o melhor “firewall”. Se a tentação está na locadora, não vá lá. Se é o computador, tome providências para não navegar sozinho.

O conselho é antigo, mas nunca foi tão atual: “Aqueles que não querem ser presa dos ardis de Satanás devem bem guardar as entradas da alma; devem evitar ler, ver, ou ouvir aquilo que sugira pensamentos impuros. A mente não deve ser deixada a divagar ao acaso em todo o assunto que o adversário das almas possa sugerir” (Ellen G. White, Mensagens aos Jovens, p. 285). E lembre-se: “Submetam-se a Deus. Resistam ao diabo, e ele fugirá de vocês” (Tg 4:7).[MB]

Fonte: http://www.criacionismo.com.br/2011/06/o-poder-viciante-dos-romances-e-da.html

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Será mesmo um novo poder?


Papa Francisco: popularidade crescente
Fato nº 1: Há pouco mais de um mês, a diretora editorial do jornal francês Le Monde assinou um artigo sobre o papa Francisco, no qual afirmou: “Um novo animal político está se impondo no cenário midiático mundial. Ótima visibilidade, sorriso fácil, verbo hábil, mensagem impactante, o papa Francisco conquistou, no espaço de seis meses, um auditório que ultrapassa amplamente o de seus fiéis... Fala muito e livremente. Beija, acaricia, brinca, escreve cartas, faz ligações telefônicas, tuita, e o mais importante, surpreende.”

Fato nº 2: No fim do mês passado, a revista Forbes lançou sua lista dos mais poderosos do mundo 2013, e o papa Francisco aparece como 4ª personalidade mais poderosa do planeta. Um dos critérios adotados pela revista foi a maneira ativa que as personalidades utilizam para mudar o mundo.


Nota do blog Minuto Profético: “Como se pode perceber, o mundo está sendo cada vez mais hipnotizado pelo ‘canto da sereia’ que mora em Roma, veste branco e dirige a instituição mais poderosa do planeta, e que vem preparando o mundo para aceitar a religião de mistérios da Babilônia antiga, cujo símbolo principal é a adoração ao Sol – a guarda do domingo (Sun-day). O Apocalipse também fala desse ‘animal político’ como protagonista nos últimos dias: ‘Todos os habitantes da terra adorarão a besta, ou seja, todos aqueles que não tiveram seus nomes escritos no Livro da Vida do Cordeiro’ (13:8).”

sábado, 16 de novembro de 2013

Jogador adventista abre mão de carreira internacional


Brasileirão Série D 2013
O jogador roraimense Vicente Thomaz, de 23 anos, teve a oportunidade que muitos atletas brasileiros gostariam de ter: recebeu uma proposta para jogar em um time profissional, o Al-Tadhamo, do Kuwait, mas foi dispensado após somente duas semanas no clube. A dispensa foi por causa da religião que não permite ao zagueiro trabalhar ou fazer qualquer atividade do pôr do sol de sexta-feira até o pôr do sol de sábado. De acordo com Thomaz, alguns clubes em que já trabalhou entendem a situação, mas outros não. “Alguns clubes em que já trabalhei desde que me converti adventista entendem que não posso jogar na sexta à noite e aos sábados até um determinado horário, mas, infelizmente, o Al-Tadhamo não compreendeu minha situação”, conta o atleta.

O zagueiro joga profissionalmente desde os 17 anos. Em 2008 atuou fora do estado, no time do Bom Sucesso e depois no Boa Vista, ambos do Rio de Janeiro. Em 2010, jogou pela primeira vez fora do país, passou uma temporada de um ano no time do Qatar, Al-Markhiya. Em Boa Vista, já trabalhou no São Raimundo-RR, Roraima, Baré, Real e Náutico-RR.

Atualmente o atleta está participando de uma competição municipal, o Seletivo de Boa Vista, com times da liga amadora de futebol. O técnico do time Motoclube, Zenóbio Filho, criou uma alternativa para não deixar de escalar o zagueiro aos sábados. “Vamos disputar a final do Seletivo neste sábado (9) a partir das 17h e já vou montar a equipe contando que o Vicente vai poder entrar somente no segundo tempo. Eu respeito muito a religião de todos e, como o considero um jogador muito bom, um dos melhores do estado no momento, tento adequar o time a essa situação, mas está dando tudo certo. Quando ele entra dá show”, afirma o técnico.

Vicente é adventista há três anos
O adventismo só entrou na vida do jogador há três anos através de um amigo, quando retornou a Roraima após a temporada no Qatar. Vicente conta que a família é católica, mas não se opõe a escolha dele.

Quanto ao futuro no esporte, Thomaz fala que sempre quis viver do futebol, mas afirma que agora tem outras prioridades. Uma delas é a faculdade de Educação Física, que está cursando no Instituto Federal de Ciência e Tecnologia de Roraima (IFRR). “Já tive algumas boas oportunidades, mas não vou mais atrás. Se tiver que acontecer alguma coisa, algum time grande que queira me contratar, vai acontecer. Não vou ficar ansioso com isso, estou convicto da minha decisão. Agora quero focar na minha faculdade”, diz o jogador.


sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Cinedocumentário conta história do adventismo no Brasil


Origens do adventismo brasileiro
Além dos livros e das pesquisas acadêmicas sobre a história do adventismo no Brasil, a trajetória dos pioneiros que lançaram as bases da denominação no País no fim do século 19 agora também pode ser conferida num documentário produzido pela sede da organização no Sul do Brasil. A produção, intitulada “Homens de Fé”, foi lançada na noite da última terça-feira, 29 de outubro, em Curitiba. A estreia reuniu integrantes da equipe técnica, elenco, administradores da Igreja e membros da denominação de várias regiões.

Acompanhada de mais 12 pessoas, Lúcia Fuckner percorreu cerca de 270 quilômetros, do município de Guabiruba (SC) até Curitiba, para conferir o lançamento. Além de fazer parte de uma família de pioneiros, ela teve também a oportunidade de colaborar com as gravações fazendo figuração. Diante da tela, o sentimento foi de emoção ao ver o resultado do trabalho e relembrar o que os primeiros adventistas enfrentaram para que a fé fosse mantida viva nas gerações seguintes.

Com duração de 37 minutos, o cinedocumentário reconstitui cenas do período com atores profissionais, intercaladas com declarações de pesquisadores do adventismo, historiadores e descendentes de pioneiros. Entre as fontes consultadas estão nomes como Floyd Greenleaf, autor da obra Terra de Esperança; Alberto Timm, doutor em História da Igreja; Renato Stencel, coordenador do Centro Nacional da Memória Adventista; o jornalista e escritor Michelson Borges; bem como o mestre em história adventista, Edegar Link, da Alemanha. Também foi entrevistado para o projeto o autor best-seller Laurentino Gomes, um dos historiadores mais populares do Brasil e autor da trilogia 18081822 e 1889.

Resgate da memória adventista

Homens de Fé narra a chegada do adventismo ao Brasil, analisando como e por que a mensagem do advento se enraizou nas colônias alemãs do Sul do País, se espalhando também para outras regiões, como o interior do Espírito Santo, Minas Gerais e São Paulo. Nesses lugares, essa mensagem encontraria pessoas sinceras e ávidas pelas Escrituras. “Eu creio que Deus permitiu que a mensagem despontasse nesse meio porque ali encontraria corações preparados, sedentos e que depois dariam a vida por essa causa”, explica o escritor Michelson Borges no filme.

Para a diretora e roteirista do documentário, Fabiana Bertotti, esse enredo, marcado pelo exemplo de pessoas que fizeram tanto com tão pouco, precisa ser contado com mais frequência e de formas atrativas. “Ouvi essa história quando criança e por muito tempo não ouvi falar mais sobre o assunto. Foi o que me levou a sonhar com esse projeto, desejando que as pessoas se familiarizassem mais com essa trajetória tão inspiradora”, relata. “E dirigir ou escrever um projeto dessa envergadura é menos penoso quando você se dá conta de que o verdadeiro Roteirista e Diretor já encheu a todos os participantes do motivo certo para fazer o melhor: engrandecê-Lo”, acrescenta.

Para o ator Rodrigo de Oliveira, que interpretou Carlos Dreefke, personagem que recebeu as primeiras literaturas adventistas no armazém de Brusque – que existe até hoje e foi um dos cenários de gravações de Homens de Fé –, a história é rica, emocionante e poderia ser transformada até mesmo em um longa-metragem. “Há tantos valores importantes e quase extintos na sociedade atual contidos nessa história, que ela merece ser transformada em filme a fim de influenciar o grande público”, sugere.

Na avaliação do presidente da Igreja Adventista nos estados de Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul, pastor Marlinton Lopes, a narrativa deve “reforçar a identidade adventista e fortalecer o senso de missão” dos fiéis.

A produção será exibida em breve pela TV Novo Tempo e também será disponibilizada em DVD. Confira o trailer abaixo.


quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Francis Rooney: “Estados Unidos devem abraçar a Santa Sé”

By Filipe Reis 

Francis RFrancis_Rooneyooney foi o embaixador americano na Santa Sé de 2005 a 2008, durante a Administração do Presidente George W. Bush. No Sábado, o jornal “USA Today” publicou um artigo de opinião seu com o delirante título “Estados Unidos devem abraçar a Santa Sé”.
Mas, o delírio vai bem para além do que aquela frase deixa supor: Rooney explica por que razão entende que o Vaticano deve ser tomado em elevada consideração nas relações diplomáticas americanas tendo em conta os interesses do seu país pelo mundo fora.
De seguida, leia atentamente o artigo, Verá que, em meio a algumas afirmações bem discutíveis quanto à sua veracidade histórica e factual, fica bem claro qual a sugestão do ex-representante americano quanto à prioridade diplomática que Washington deve tomar.
“Os últimos anos têm visto relações cordiais mas de resfriamento entre os Estados Unidos e o Vaticano. Desde que o presidente Obama assumiu o cargo, visitou o Vaticano apenas uma vez, e a Administração tem demonstrado pouco mais do que um interesse superficial no papel diplomático da Santa Sé no mundo. Esta é uma oportunidade perdida num momento crítico para a América.
A política externa dos EUA tem muito a ganhar com a sua relação com a Santa Sé, o órgão governador da Igreja Católica. Nenhuma instituição na Terra tem tanto a estatura internacional e o alcance global da Santa Sé – o “soft power” da influência moral e autoridade para promover a liberdade religiosa, as liberdades humanas e valores relacionados que os americanos e os nossos aliados sustentam em todo o mundo.
O Presidente Reagan estabeleceu relações diplomáticas plenas com a Santa Sé em 1984 porque, entre outras razões, percebeu que não poderia ter melhor parceiro do que o Papa João Paulo II na luta contra o comunismo – e ele estava certo. A administração de George W. Bush continuou a expandir essas relações, mesmo em tempos difíceis, quando envolvidos num conflito no Iraque que a Santa Sé havia fortemente e verbalmente reprovado. Antes da recente nomeação pelo presidente Barack Obama de Ken Hackett como o próximo embaixador dos EUA junto da Santa Sé, houve especulação crescente de que o governo estava a considerar eliminar completamente a missão diplomática ou reduzi-la a um apêndice da Embaixada em Roma.
Enquanto a administração Obama tem estado em conflito com a Igreja Católica numa série de questões do aborto à contraceção, é claramente do interesse nacional dos Estados Unidos fortalecer os laços diplomáticos com a Santa Sé para fazer avançar os nossos interesses ao redor do mundo.
Os Estados Unidos e a Santa Sé permanecem como duas das instituições mais significativas na História mundial, uma um farol de democracia e de progresso, a outra um santuário de fé e fidelidade aos princípios eternos. Apesar destas diferenças entre a primeira democracia moderna e a mais longa monarquia ocidental que sobrevive, ambas foram fundadas na ideia de que as “pessoas humanas” possuem direitos naturais inalienáveis concedidos por Deus. Este tinha sido um conceito revolucionário que a Igreja Católica abraçou 2.000 anos atrás, e foi igualmente revolucionário quando a Declaração de Independência o afirmou 1800 anos mais tarde.
A Igreja é um dos principais defensores e provedores para os pobres do mundo, luta contra o flagelo do tráfico de seres humanos e promove a causa da dignidade e dos direitos mais do que qualquer outra organização no mundo. A Santa Sé também desempenha um papel importante na busca de soluções diplomáticas para impasses internacionais. Em 2007, por exemplo, a Santa Sé ajudou a garantir a libertação de vários marinheiros britânicos que tinham sido apanhados pela marinha iraniana. As suas relações bilaterais de longa data com o Irão e a falta de tais relações por parte dos governos britânico e outros ocidentais criou uma oportunidade para intervir com sucesso.
E, mais recentemente, a Santa Sé emitiu a sua nota diplomática sobre a guerra civil na Síria, pedindo um “conceito de cidadania”, em que todos são um cidadão com igual dignidade. Está incitando as comissões que estão a trabalhar numa possível futura constituição e leis para garantir que os cristãos e os representantes de todas as outras minorias sejam envolvidos. Isto ajudou a colocar imediatamente um holofote sobre a situação dos cristãos e o êxodo contínuo de todos os não-muçulmanos da maioria dos países do Médio Oriente nos últimos 30 anos.
O poder e a influência da Santa Sé é muitas vezes subestimado. Uma monarquia benevolente, escondida num canto de uma democracia moderna, a Santa Sé é ao mesmo tempo um soberano reconhecido universalmente que representa mais de mil milhões de pessoas (um sétimo da população do mundo) – e o governo civil do menor Estado-nação da Terra. Não tem nenhum militar e uma economia apenas insignificante, mas tem maior alcance e influência do que a maioria das nações. Não é simplesmente o número ou a variedade de pessoas que a Santa Sé representa que lhe dá relevância; é também a influência moral da Igreja, que ainda é considerável, apesar de secularização e dos escândalos.
A Santa Sé defende poderosamente em favor da moralidade na vida dos católicos e não-católicos, e tantos em indivíduos como nas nações. Pode-se discordar com algumas das posições da Igreja e ainda reconhecer o valor – real e prático – da sua insistência de que o “certo” deve preceder o “poderio” nos assuntos mundiais.
Na sua essência, a Igreja Católica é uma fonte poderosa e única de “soft power” não-coercivo no cenário mundial – move as pessoas a fazer a coisa certa apelando a ideais e valores partilhados, ao invés de medo e força bruta. A política externa americana é muito mais provável de ter sucesso com o apoio da Santa Sé.
O presidente iraniano Hassan Rouhani deu recentemente um aceno para este “soft power” no seu op-ed no “The Washington Post” quando denunciou a “moldura que enfatizou o poder duro e o uso de força bruta”. Pode-se especular sobre as motivações e intenções de uma fonte tão improvável, mas pelo menos há uma admissão da importância de alternativas diplomáticas que são baseados em princípios fundamentais persuasivos.
Não há dois soberanos tão naturalmente alinhados do que os Estados Unidos e a Santa Sé na busca de diplomacia baseada nos princípios fundamentais morais dos direitos inalienáveis do homem, a sua dignidade humana essencial concedida por Deus, bem como o direito de todos à liberdade religiosa. Esta é justamente chamada de “primeira liberdade” porque as nossas outras liberdades raramente florescerem na sua ausência.” (Fonte: USA Today)
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  1. Força Jovem Adventista
    Quando o protestantismo estender os braços através do abismo, a fim de dar uma das mãos ao poder romano e a outra ao espiritismo, quando por influência dessa tríplice aliança a América do Norte for induzida a repudiar todos os princípios de sua Constituição, que fizeram dela um governo protestante e republicano, e adotar medidas para a propagação dos erros e falsidades do papado, podemos saber que é chegado o tempo das operações maravilhosas de Satanás e que o fim está próximo. (Eventos Finais, 131)

domingo, 27 de outubro de 2013

Enem: adventistas testemunham sobre o sábado

Álvaro e Daniel: fiéis a Deus
Para a maioria dos estudantes que se inscreveram para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) deste ano, as provas começam às 13h, horário de Brasília. Mas para os de religiões que guardam o chamado “período sabático”, o horário é especial: a prova do próximo sábado (26) só poderá ser iniciada depois que o sol se pôr. O G1 conversou com o jovem Daniel Machado Pereira, de 18 anos, que presta o Enem pela terceira vez neste fim de semana. Ele contou que os sabatistas devem chegar aos locais de prova no mesmo horário dos demais candidatos, às 12h, e que em algumas salas os fiscais não permitem nem mesmo conversas. Também não é permitido levar a Bíblia. Para o estudante, a segurança durante o exame tem ficado cada vez mais rígida, mas que a espera não é nenhum sacrifício e não representa empecilho para um bom desempenho.

No Brasil, adventistas, judeus e batistas do sétimo dia são sabatistas. No momento da inscrição para o Enem, esses alunos devem especificar essa opção, que vem impressa no cartão de confirmação, para que fiquem isolados em salas especiais desde o momento que o exame começa em todo o Brasil até o início da noite. A espera é de aproximadamente seis horas. Além do sábado, a prova também acontece no domingo (27).

O pastor Paulo Falcão, que é administrador da Igreja Adventista do Sétimo Dia, explicou que todo adventista deve reservar o período do pôr do sol da sexta-feira até o pôr do sol do sábado para as atividades ligadas à religião. Por esse motivo, os candidatos do Enem não podem estudar ou fazer a prova durante esse período.

O estudante Daniel quer tentar o vestibular para o curso de Audiovisual, na Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes). Ele, que é da Igreja Adventista do Sétimo Dia, também contou que mesmo que a prova comece mais tarde para os [sabatistas], se o candidato chegar depois das 13h, não pode fazer a prova.

“Ficam umas 30 pessoas por sala, em média. Não podemos levar nada para ler, nem mesmo a Bíblia, e os celulares e relógios devem ficar dentro de uma sacolinha desde o momento que chegamos, como em qualquer lugar. Dependendo do fiscal, a gente pode conversar entre si, mas alguns não deixam nem isso. No primeiro Enem que fiz, quando caía a noite, ainda era possível fazer um culto de passagem para a nova semana, antes do início da prova, mas no ano passado as normas mudaram e já não era mais possível fazer”, lembrou.

Uma maneira que Daniel encontrou para se preparar para a longa espera foi na prática de esportes. “No primeiro Enem que fiz, cheguei a ficar um pouco cansado, mas notei que, no ano seguinte, quando já estava praticando esportes, me senti muito mais disposto para aquentar esse ‘teste de resistência’”, brincou.

O estudante Álvaro Soldani Gondim de Freitas, de 16 anos, está no 2º ano do ensino médio e vai fazer a prova apenas como teste. Ele contou que o sábado do adventista é um dia voltado para Deus e que, ao contrário do que muitos pensam, é um período com muitas atividades. “O sétimo dia foi quando Deus descansou, então reservamos para pensar em coisas divinas. A lei de Deus é imutável, esse é um dia sagrado. Geralmente vamos para a escola sabatina, estudamos, fazemos obras que não são voltadas para nós mesmos”, disse.

Para a estudante Lara Leite Pereira, de 17 anos, é um privilégio poder guardar o sétimo dia. “Temos um dia de descaso que muita gente não tem, muita gente é obrigada a trabalhar. No dia do Enem, vamos ficar confinados, mas essa espera não vai matar ninguém”, falou.

A jovem Bárbara Stowner dos Santos, de 17 anos, está no 3º ano do ensino médio e vai fazer o Enem pela segunda vez. Como adventista do sétimo dia, ela explicou que já chegou a ouvir de muitas pessoas que eles “vivem de passado”. “Falam que seguimos o que está escrito no Antigo Testamento, e que isso tudo já mudou, mas uma passagem de Jesus na Bíblia diz que Ele não veio para mudar a lei e sim para cumpri-la”, disse.

Mesmo vivendo em um país essencialmente católico, os jovens contaram que não tiveram dúvidas em permanecer na religião em que nasceram. “Quando a gente escolheu ser adventista, já sabíamos de tudo o que iríamos passar. Jesus mesmo sofreu várias provações”, falou Álvaro.

Daniel ainda destacou que mesmo começando a prova mais tarde, os sabatistas não têm qualquer vantagem sobre os demais. “A honestidade dos adventistas, de acordo com os princípios escritos na Bíblia, sempre sobressai. Se o fiscal permitir que a gente converse, não vamos ficar falando dos assuntos da prova. Isso seria desonesto e até um pecado”, explicou.

A estudante Lara Pereira contou que na primeira vez que fez o exame nacional, em 2012, acabou dando um testemunho sobre sua religião a uma jovem que não era sabatista, mas que estava com o cartão de inscrição constando essa particularidade.

“Ela estava até revoltada com a espera que ela também teria que passar. A tia dela havia preenchido a inscrição errada. Resolvi usar esse tempo para passar meu testemunho para ela, expliquei o motivo de tudo de acordo com a minha igreja. No final, ela estava tão interessada que me disse que ia até procurar uma igreja adventista para saber um pouco mais, só não sei se ela fez isso mesmo”, falou.

O pastor Paulo Falcão explicou que a tradição que os adventistas e outras religiões sabatistas têm de guardar o sábado vem da própria Bíblia. “Na criação do mundo, após ter feito todas as coisas, Deus descansou nesse dia. O sábado foi feito para que o homem tivesse um tempo livre de todas as influências externas, e dedicasse ao descanso, realizando ações de auxílio ao próximo, e a meditação sobre o amor de Deus. Acreditamos e cumprimos os dez mandamentos e o 4º, localizado em Êxodo 20, diz: ‘Lembra-te do dia do sábado, para o santificar.’ Mas não nos prendemos apenas ao Antigo Testamento da Bíblia, pois no evangelho de Lucas, por exemplo, lemos que o próprio Cristo tinha como costume ir à igreja aos sábados”, contou.

O pastor ainda frisou que está na Bíblia a explicação que sustenta a crença dos sabatistas de que após o pôr do sol de sábado já é domingo. “A Bíblia diz que o dia começa pela tarde. Em Gênesis 1, diz: ‘E Deus chamou à luz dia; e às trevas chamou noite. E foi a tarde e a manhã, o dia primeiro’”, explicou.

Sendo o Brasil um país de maioria católica, muitos não têm o costume de guardar o sábado. Mas o pastor esclareceu que a partir do momento que nossa Constituição garante liberdade religiosa, qualquer situação em que os sabatistas poderiam se sair prejudicados pode ser contornada. “As coisas foram mudando aos poucos. O Enem, por exemplo, oferece essa alternativa para as provas. Muitos concursos, vestibulares não são realizados aos sábados e sim aos domingos por conta disso. Mesmo as escolas e universidades fornecem meios alternativos aos sabatistas, a fim de suprir a ausência nas sextas à noite, quando já é sábado para nós. Na maioria das vezes, essa solução acontece através de uma boa conversa”, garantiu.