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terça-feira, 25 de junho de 2013

O mundo é uma panela de pressão


As manifestações que, contrariando algumas expectativas, continuam ocorrendo em todo o Brasil e já duram alguns dias, apenas mostram que o mundo é uma verdadeira panela de pressão prestes a explodir, vazando por todos os lados (leia, por favor, a nota desta postagem). A paz nos grandes centros é muito frágil e a situação pode se transformar num campo de batalha em pouco tempo. As reivindicações são justas, porque as injustiças são um fato, mas alguns apelam para o vandalismo e prejudicam todo o movimento, que, por parte da maioria, segundo se alardeia, tem caráter pacifista. A Catedral de Brasília, por exemplo, levou quatro meses para ter seus vitrais reformados – foram quebrados em questão de minutos por manifestantes irresponsáveis. O Theatro Municipal de São Paulo, verdadeiro tesouro arquitetônico e cultural, foi barbaramente pichado por pessoas que não sabem a diferença entre a justa indignação contra uma situação e o ataque a um patrimônio que também é delas. Esses são apenas dois exemplos de atitudes revoltosas de pura ignorância anárquica.

Tá na cara: falta organização a esse movimento. Faltam vozes de liderança. Embora tenham conseguido a redução das tarifas dos transportes coletivos em muitas cidades, o que é uma conquista, sem dúvida, os rumos que o movimento vem tomando empolgam os revoltados – todos nós –, mas também preocupam. Estudante de letras da USP, Julia, de 23 anos, constata que “a polícia não está mais violenta, mas a violência agora parte das pessoas. O protesto virou uma festa. As pessoas estão bebendo, brigando contra tudo, e os poucos que estavam organizados por uma causa foram expulsos hoje”. O analista de tecnologia da informação Pedro Henrique Gonçalves, 26 anos, diz que a falta de um comando gera desorganização e faz com que o protesto perca força. “Esses protestos não têm liderança. Acho que precisa ter um comando, algo assim. Se não, fica tudo meio perdido.”


Segundo matéria publicada no portal Terra, alheias às (confusas) pautas de reivindicação, muitas pessoas pareciam estar em uma grande festa. Munidos de bandeiras do Brasil e cartazes, jovens se deitavam nas faixas de pedestre da Avenida Paulista para posar para fotos, imediatamente compartilhadas nas redes sociais. “Desde pirralho eu sonhava com esse dia, em que as pessoas iriam para as ruas protestar. Mas cheguei aqui hoje e isso parece uma festa. Parece um concurso de cartazes para exibir no Facebook. Hoje o Brasil mostrou que não tem maturidade para assumir um movimento sem controle e sem lideranças”, lamentou Fagner Augusto, 21 anos, professor de filosofia.

Quais os perigos de um movimento assim acéfalo? Golpe de oportunistas que podem tornar a situação no País ainda pior? Prevalência da baderna pura e simples e desgaste do poder de manutenção da ordem por parte das autoridades? Caos urbano? Tudo isso é possível, sim. Por outro lado, o povo pode ter se dado conta de que é possível alcançar algumas conquistas sociais por meio da manifestação, saindo assim de uma condição letárgica que já durava havia anos. É bom que os políticos percebam isso e fiquem mais preocupados com a condução responsável da nação. Não é novidade para ninguém que a impunidade é uma mancha horrível na reputação deste país. Ladrões de galinha sempre (ou quase sempre) foram presos, ao passo que bandidos de colarinho branco desviam milhões que poderiam ser investidos em saúde e educação, e raramente vão para a cadeia – na verdade, alguns são até reempossados em cargos importantes...

O fato é que, para aqueles que conhecem os bastidores do conflito cósmico entre o bem e o mal, a situação do Brasil, neste momento, é apenas um pequeno ato no grande drama. Será bom que se consigam algumas conquistas sociais. Será bom que o povo desperte do torpor causado pelo pão e circo, durante anos. Será bom que os governantes se assustem um pouco. Será bom. Mas o que é bom, num mundo mau, não dura muito tempo. Lembremo-nos de que, neste exato momento, centenas, milhares de pessoas estão morrendo em conflitos ao redor do mundo (na Síria, quase cem mil já perderam a vida naquela guerra civil absurda). Certamente, terroristas estão planejando o próximo ato que vai ceifar outras tantas vidas (como o ocorrido em Boston, há alguns meses). Fome, desemprego, crise econômica, guerras e rumores de guerra – tudo isso somado a desastres naturais cada vez mais mortíferos... Realmente nosso lar não é aqui. A pressão da panela só aumenta.

Em breve a situação ficará realmente insustentável. Um grande líder finalmente assumirá as rédeas do mundo e conduzirá as massas acéfalas. Aí, mais do que agora, os pacifistas serão acusados de apáticos, alienados, promotores da desunião, e serão punidos por isso. Hoje há apenas críticas contra aqueles que defendem que a solução está não apenas nas manifestações justas e ordeiras, mas principalmente na pregação do evangelho que converte corações, não apenas muda o status quo. Uma pregação que é por si só contracultural e abala o mundo, porque transforma sua base: os indivíduos. Basta lembrar do que os cristãos fizeram com o Império Romano, simplesmente por obedecer às palavras de Jesus. Aqueles homens e mulheres fiéis deram literalmente a vida pelo evangelho, e seu sangue foi muito mais poderoso do que palavras de impacto escritas em cartazes exibidos para as câmeras.

Muitos cristãos estão dispostos a ir para as ruas brigar por justiça (e eles têm todo o direito de fazer isso), mas será que estariam dispostos a dar a vida pela causa do Mestre? Ah, se a mesma empolgação e o mesmo nível de compartilhamento de conteúdos nas redes sociais fossem vistos na pregação do evangelho! Talvez nem estivéssemos mais aqui neste mundo injusto. A solução definitiva já teria chegado. Os mártires do passado – todos, sem exceção – viveram e morreram pela bandeira de Cristo, pois sabiam que o cristianismo levado de coração a coração se constitui na verdadeira revolução.

(Lembre-se disso quando houver a convocação para o próximo Impacto Esperança.)

Michelson Borges



“O governo sob que Jesus viveu era corrupto e opressivo; clamavam de todo lado os abusos – extorsões, intolerância e abusiva crueldade. Não obstante, o Salvador não tentou nenhuma reforma civil. Não atacou nenhum abuso nacional, nem condenou os inimigos da nação. Não interferiu com a autoridade nem com a administração dos que se achavam no poder. Aquele que foi o nosso exemplo, conservou-Se afastado dos governos terrestres. Não porque fosse indiferente às misérias do homem, mas porque o remédio não residia em medidas meramente humanas e externas. Para ser eficiente, a cura deve atingir o próprio homem, individualmente, e regenerar o coração” (Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 509).

terça-feira, 18 de junho de 2013

Momento histórico de uma história que não muda

terça-feira, junho 18, 2013

Momento histórico de uma história que não muda

Em 1990, cansados de ver nossos professores receber salários humilhantes, organizamos uma manifestação com cartazes, gritos de guerra e passeata pacífica (fotos abaixo). A polícia acompanhou de perto, a TV apareceu, mas depois cada um foi para sua casa, os professores entraram em greve e nada mudou. Os anos se passaram e as reclamações de baixos salários por parte dos professores viraram mantra de uma classe injustiçada e sem força política.

Em 1992, foi a vez de os "caras pintadas" irem às ruas exigir o impeachment do então presidente Fernando Collor de Mello. Deu certo. Collor saiu. Mas as coisas mudaram para melhor? Houve mais investimentos nas tão faladas áreas da educação, saúde e segurança? A justiça social, a justa distribuição de renda e a integridade/honestidade política passaram a ser realidade? Pelo contrário. Com o escândalo do mensalão (2005/2006), ficou evidente que os homens e as mulheres que regem este país (com raríssimas e nobres exceções) são “farinha do mesmo saco”. Aqueles que em nossa juventude defendemos com discursos inflamados e para os quais demos nosso precioso voto agora estão aí fazendo quase nada do que prometeram.

Manifestação que organizamos em 1990, em Criciúma, SC

O objetivo do nosso protesto foi mostrar simpatia à causa dos professores

Sim, é emocionante ver as multidões nas ruas exigindo seus direitos (embora muitos nem saibam exatamente quais nem dependam tanto deles, por fazerem parte da classe média que quase nem toma ônibus). Impressiona ver despertado um poder de mobilização que parecia não existir (e o povo tem mais é que se manifestar contra o desgoverno dos políticos). Mas a falta de organização também é gritante. Protestam contra os gastos com a Copa depois de os estádios terem sido construídos e bilhões de reais terem evaporado. Por que não protestaram quando algo poderia ter sido feito? Vão fazer o que agora, demolir os coliseus do pão e circo modernos? Protestam contra a corrupção, mas votam nos protagonistas dos escândalos e das maracutaias. Protestam contra a Globo, mas são as mesmas pessoas que garantem os altos índices de audiência da emissora que leva ao ar suas novelas alienantes e os big brothers da vida.

A edição do Jornal Nacional de ontem, para mim, foi uma boa representação do coração dividido desta nação. Enquanto Patrícia Poeta e repórteres de rua davam informações sobre os protestos em várias capitais do Brasil, William Bonner estampava um sorriso anacrônico, sem graça ao falar sobre a Copa das Confederações. Fale-me sobre as revoltas, mas não deixe de me entreter com meu futebolzinho. As duas principais pautas do JN de ontem não tinham “liga”, exatamente como não se ligam o Carnaval, o “jeitinho brasileiro” e a idolatria futebolística com esses ares de mudança que nunca chegam, porque o que se vê nas ruas depois passa e tudo volta ao “normal” (espero sinceramente estar errado, desta vez). Onde estarão daqui a cinco, dez, vinte anos esses estudantes que tomaram as ruas com seus cartazes? Estarão vestidos com seus ternos de grife em escritórios climatizados em busca do “vil metal” ou, quem sabe, escrevendo algum texto desiludido num blog qualquer?

Bem, antes que você pense que estou na segunda categoria, deixe-me dizer-lhe que, em 1990, eu não fazia ideia de que o Grande Conflito é muito maior do que as pessoas imaginam. Nossa luta não é simplesmente contra a corrupção e as injustiças sociais, por mais legítimo que seja isso. Eu não imaginava que a verdadeira batalha não é travada nas ruas, mas no coração das pessoas. E enquanto esse coração não for rendido Àquele que pode recriar (porque “retoques” não resolvem nada), manifestações e mais manifestações se seguirão e as coisas permanecerão basicamente as mesmas.

Mais de vinte anos após aquela manifestação singela de estudantes sonhadores em Criciúma, continuo inconformado com as injustiças do mundo. Mas hoje sei a que Autoridade recorrer.

"Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão fartos. [...] Bem-aventurados os perseguidos por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus" (Mateus 5:6, 10).

(Michelson Borges, um jornalista desencantado com este mundo, mas encantado com o que virá)







Leia também: "¿Por qué Brasil y ahora?""Além do voto" e "O reino de Deus e a cidade dos homens"

domingo, 16 de junho de 2013

Papa Francisco apoia encerramento do comércio ao domingo


“O presidente da Confederação Argentina das Médias Empresas (CAME), Osvaldo Cornide, saudou o Papa Francisco ontem, após a audiência geral, e entregou um documento com detalhes da campanha que promove para obter o encerramento do comércio aos domingos.

“É um assunto sobre o qual já havia trabalhado com Bergoglio, quando era arcebispo de Buenos Aires, que, naturalmente, o apoia, porque o empregado do comércio que trabalha ao domingo, que é o dia que o Senhor, não tem oportunidade de se reunir com a sua família“, disse Cornide ao La Nación após o seu encontro com Francisco no Vaticano.

“Quando eu cumprimentei o Papa, disse-lhe que nas províncias de Chaco e Pampas, as legislaturas estão a tratar do assunto, e ele disse-me: “que bom!”, porque apoia claramente o nosso projeto. Espero que a divulgação deste encontro ajude à aprovação de um projeto de lei para restabelecer o domingo como dia de descanso, reflexão e reunião dos trabalhadores com os seus laços mais próximos e queridos“, disse ele.

Cornide disse que a campanha que promove o domingo como dia de encerramento de lojas, não só tem o apoio da Igreja, mas também do setor sindical, de parlamentares de diferentes partidos e até mesmo de empresários. “Falei com o dono do supermercado Coto, que me garantiu que, se fechar tudo, ele também fecha“, disse ele.

Ainda assim, reconheceu que o grande problema são os shoppings. Se no final dos anos 80 havia apenas dois shoppings no país, no final dos anos 90, havia 48 e em 2012 havia 107 supermercados. Na área de sel-services a evolução foi semelhante: dos 8.672 estabelecimentos ativos na Argentina, 1.345 são hipermercados que representam 60% das vendas do setor, indica o documento que o presidente da CAME entregou a Francisco.

Alguns argumentam que abrir ao domingo cria mais trabalho e vende-se mais, mas são argumentos falaciosos”, disse ele. “Há 200.000 pequenas e médias empresas que obrigatoriamente tem que estar abertas aos domingos, porque os supermercados e os shoppings estão abertos, e há 300.000 empregados sem um domingo livre, com efeitos nocivos sobre a família, acrescentou.” Fonte: La Nación

Nota O Tempo Final: Se o Papa Francisco apoia o encerramento das lojas ao domingo na sua terra natal, certamente que também o fará para qualquer outra parte do mundo. Diria mesmo, para o mundo inteiro…
 
http://evidenciasprofeticas.blogspot.com.br/2013/06/papa-francisco-apoia-encerramento-do.html

quarta-feira, 5 de junho de 2013

O ecumenismo é bom?


1 one-world-religionAntes de responder à pergunta convém estabelecer o que é ecumenismo. Para isso, uma rápida consulta ao dicionário Priberam de língua portuguesa, devolve o significado: “tendência para a união de todas as igrejas cristãs numa só”. A edição Infopédia, da Porto Editora, confirma: “movimento tendente a unir todas as igrejas cristãs”.
Tendo isto assente, podemos então refletir nos prós e nos contras deste conceito.
Convém começar por dizer que, regra geral, é da parte da Igreja Católica Romana que o termo é mais usado. As outras confissões cristãs – e não só… – preferem usar expressões como “diálogo inter-religioso” ou “interconfessional”. Na mesma linha, este tipo de iniciativa parte normalmente na igreja romana. Fonte ligada ao atual Papa Francisco, que está no cargo há poucas semanas, já se referiu a isso como um caminho “sem incertezas”.
As outras igrejas cristãs têm, de uma forma geral, aderido com interesse a esta vontade romana. A Aliança Evangélica Mundial até já manifestou o seu apoio ao Papa no sentido de promover essa união.
Parece, portanto, que estamos num caminho consensual e sem retorno no que diz respeito a um maior estreitar de laços entre os vários setores do cristianismo, talvez mesmo uma unificação de crenças que, não tenha ilusões, é o objetivo final de tudo isto.
Havendo diálogo pacífico, entendimento e concordância que leve a uma posição unida e de comum acordo entre os vários grupos, poderemos colocar isso em causa como não sendo positivo? Poderemos arriscar dizer que esse é um trilho errado que não trará nada de bom? Poderemos afirmar que isto é errado?
Pois bem, não apenas podemos como até o fazemos declaradamente: o ecumenismo é um atentado severo e grave contra os princípios fundamentais da reforma protestante que começou há quase cinco séculos mas ainda não terminou; é uma ferramenta que intenta castrar, impedir a conclusão dessa obra.
Se por um momento somos levados a pensar que esse diálogo visa estreitar ligações e promover compreensão entre as várias partes, é melhor sermos desde já desenganados: isso não é verdade! O objetivo final e único do ecumenismo, do ponto de vista de quem mais o promove, que como disse é Roma, é que todas as outras igrejas (não apenas as cristãs!) reconheçam a autoridade e superioridade religiosa e moral da Igreja Católica, entregando-lhe o poder que outrora desfrutou mas que entretanto foi ferido.
Recuperemos alguns avisos (destaques meus):
“Os protestantes lançarão toda a sua influência e poder ao lado do papado” (idem, Maranata, Meditações Matinais 1977, p. 179).
“O protestantismo dará a mão da comunhão ao poder romano” (Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia, v. 7, p. 910).
E, para não deixar margem para dúvidas, leia atentamente esta citação:
“Não conseguimos ver como a Igreja romana poderá desembaraçar-se da acusação de idolatria. … E esta é a religião que os protestantes estão começando a encarar com tanto agrado e que finalmente se unirá com o protestantismo. Esta união não será, porém, efetuada por uma mudança no catolicismo, pois Roma não muda. Ela declara possuir infalibilidade. É o protestantismo que mudará. A adoção de ideias liberais, de sua parte, o conduzirá ao ponto em que possa apertar a mão do catolicismo” (Ellen White, Review and Herald, 1 de junho de 1886).
Portanto, nesse suposto diálogo, Roma não irá conceder nem abdicar de atributos que entende como prerrogativas, como sejam definir a moralidade social e espiritual. À sua boa maneira, quem livremente quiser admitir, reconhecer isso, será bem-vindo no cumprimento das exigências romanas; caso haja alguma divergência, Roma tem uma experiência milenar em como tratar os que não estão de acordo com os seus ditames.
Caso este ecumenismo fosse orientado pelos princípios e valores bíblicos, fossem estas as premissas que baseassem todo o diálogo e conclusões retiradas, eu seria o primeiro a apoiar estes movimentos. Mas não é isso, muito pelo contrário, o que se pretende nem o que irá acontecer.
O ecumenismo é uma forma encapotada de levar as igrejas cristãs ditas protestantes a desistirem definitivamente do protesto. Renunciando às razões fundamentais que as trouxeram à existência – entre as quais se conta a renúncia à autoridade antibíblica do romanismo – aprestam-se a ceder cobardemente no campo de batalha, confirmando o perigo de declínio que se nota quando essa reforma é estancada num patamar que fica aquém da obra completa.
É por isso uma pena ver destacados líderes religiosos elogiarem tanto os esforços ecuménicos. São guias cegos que não têm noção do abismo para o qual conduzem os seus rebanhos.
Daqui vem que o povo encarregado de concluir a reforma protestante, aquele que se encontra no derradeiro degrau da empreitada reparando as brechas que ainda restam, não se deve dar a este tipo de iniciativa.
Não pode haver união entre a luz e as trevas – e aqueles que Deus mandatou para refletir e espalhar a luz não se devem aventurar na escuridão das cogitações romanas. Desgraçadamente, vemos muita união quando aquilo que Deus tanto pede é separação.
“… Que sociedade tem a justiça com a injustiça? E que comunhão tem a luz com as trevas? E que concórdia há entre Cristo e Belial? Ou que parte tem o fiel com o infiel? E que consenso tem o templo de Deus com os ídolos? Porque vós sois o templo do Deus vivente, como Deus disse: Neles habitarei, e entre eles andarei; e eu serei o seu Deus e eles serão o meu povo. Por isso saí do meio deles, e apartai-vos, diz o Senhor; E não toqueis nada imundo, e eu vos receberei” (2 Coríntios 6:14-17).

domingo, 2 de junho de 2013

Dez motivos pelos quais você deveria ler todos os dias


Uma das práticas que os jovens consideram mais entediantes é a leitura. Não é raro ouvir reclamações sobre a obrigatoriedade da leitura, mesmo que algumas histórias surpreendam por atrair o interesse. Contudo, estabelecer o hábito da leitura pode trazer diversos benefícios para a vida, tanto no mundo acadêmico quanto na carreira. Confira a seguir dez motivos pelos quais você deveria ler todos os dias:

1. Estímulo mental. O cérebro necessita treinamento para se manter forte e saudável e a leitura é uma ótima forma de estimular a mente e mantê-la ativa. Além disso, estudos mostram que os estímulos mentais desaceleram o progresso de doenças como demência e Alzheimer.

2. Redução do estresse. Quando se insere em uma nova história diferente da sua, os níveis de estresse que você viveu no dia são diminuídos radicalmente. Uma história bem escrita pode transportá-lo para uma nova realidade, o que vai distraí-lo dos problemas do momento.

3. Aumento do conhecimento. Tudo o que você lê é enviado para seu cérebro com uma etiqueta de “novas informações”. Mesmo que elas não pareçam tão essenciais para você agora, em algum momento elas podem ajudá-lo, como em uma entrevista de emprego ou mesmo durante um debate em sala de aula.

4. Expansão de vocabulário. A leitura expõe você a novas palavras que inevitavelmente serão incluídas em seu vocabulário. Conhecer um número grande de palavras é importante porque permite que você seja mais articulado em seus discursos, de maneira que até mesmo sua confiança será impulsionada.

5. Desenvolvimento da memória. Quando você lê um livro (especialmente os grandes), precisa se lembrar de todos os personagens, seus pontos de vista, o contexto em que cada um está inserido e todos os desvios que a história sofreu. A boa notícia é que você pode utilizar isso a seu favor, fazendo dos livros um treino para sua memória. Guardar essa quantidade de informações faz com que você esteja mais apto para se lembrar de eventos cotidianos.

6. Habilidade de pensamento crítico. Já leu um livro que prometia um mistério confuso e acabou por desvendá-lo antes mesmo do meio da história? Isso mostra sua agilidade de pensamento e suas habilidades de pensamento crítico. Esse tipo de talento também é desenvolvido por meio da leitura. Portanto, quanto mais você lê, mais aumenta sua habilidade de estabelecer conexões.

7. Aumento de foco e concentração. O mundo agitado de hoje faz com que sua atenção seja dividida em várias partes, de modo que se manter concentrado em apenas uma tarefa torna-se um desafio. Contudo, livros com histórias envolventes são capazes de desligar você do mundo ao redor, fazendo com que sua atenção esteja inteiramente voltada para o que acontece na trama. Embora você não perceba, esse tipo de exercício ajuda você a se concentrar em outras ocasiões, como quando precisa finalizar um projeto urgente.

8. Habilidades de escrita. Esse tipo de habilidade anda lado a lado com a expansão do seu vocabulário. Assim como a leitura permite a você ser alguém mais articulado na fala, também vai ajudá-lo a colocar com mais clareza seus pensamentos no papel. Isso vai dar a você a chance de produzir textos com mais qualidade, não apenas de vocabulário, como também com correção gramatical e ideias mais ricas.

9. Tranquilidade. O fato de envolver você em uma história e livrá-lo do estresse cotidiano faz do livro uma ótima ferramenta para alcançar a paz interior. Nos momentos de estresse, procure se distrair do que acontece com uma história que atrai seu interesse. Isso vai acalmá-lo e ajudá-lo a melhorar seu humor.

10. Entretenimento a baixo custo. Muitas pessoas acreditam que o conceito de diversão está diretamente ligado aos altos custos de uma viagem ou mesmo de uma festa. Contudo, se você encontrar um livro que chame sua atenção, poderá viajar sem sair da sua casa.


Nota: Embora os motivos acima focalizem mais os livros de histórias, há aqueles livros conceituais que também valem a pena. Além disso, nenhum outro livro ajuda tanto a desenvolver o intelecto e, de quebra, o caráter quanto a Bíblia Sagrada. Muitos grandes intelectuais reconhecem isso (quando você acostuma com ela, todas as outras leituras parecem “leves”). Embora se tenha a impressão de que quase qualquer leitura valha a pena, conquanto que se esteja lendo (alguns professores dão a entender isso), essa ideia não é correta – pelo menos não no meu entender. Histórias e conceitos (ainda mais quando bem escritos) costumam impregnar nossos pensamentos e vão, de alguma forma, ajudar a moldar nossa cosmovisão. Portanto, a escolha de bons livros (como de bons filmes, bons sites, boas músicas, etc.) é algo primordial. Cada vez que vejo uma mulher com livros como Cinquenta Tons de Cinza nas mãos, fico chateado e penso em quanto tempo perdido, quantos conceitos deturpados sobre sexualidade e quanta frustração com a vida real poderão sobrevir àquela leitora. Ler é muito bom, mas não qualquer coisa. Não devemos ler por pressão da mídia ou porque todo mundo está lendo. Devemos dar valor à nossa mente e ao nosso tempo. Uma boa coisa a se fazer é sempre carregar um livro consigo. Aí, nas filas de banco, enquanto se aguarda alguém ou mesmo no ônibus (se você não ficar enjoado), é possível vencer muitas e muitas páginas. Já perdi a conta de quantos livros li nesses “retalhos de tempo”. Faça dosbons livros seus companheiros de cada dia. Você só tem a ganhar.[MB]

Nota: Aproveite para ler o lançamento da CPB A Descoberta. Você vai gostar!