Bíblia Online
Gadget feito do site Bíblia Online

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Meditação para 26 de fevereiro - Sábado


Vestes de Salvação

É grande o meu prazer no Senhor! Regozija-se a minha alma em meu Deus! Pois Ele me vestiu com as vestes da salvação. Isaías 61:10

Você já se colocou alguma vez diante do seu guarda-roupa e, com toda a variedade de roupas para vestir, perguntou-se: “Que roupa vou usar?”

No tempo de Mao Tse-tung, todos os chineses andavam uniformizados usando uma boina e um casaco azul-esverdeado. Foi cair o líder, e houve uma explosão de cores. O povo vestiu aquilo que havia tempo queria usar.

Quando se usa um uniforme, não há estresse, nem escolha. Você precisa vesti-lo, goste ou não goste.

A roupa é mais do que uma proteção do clima ou artefato para conservar nossa modéstia. Vestimo-nos para nos sentir melhores e usamos roupas de que gostamos, para acentuar ou para dissimular aspectos de nosso físico.

Vestimo-nos também para melhorar nossa autoimagem. Na cor e no modelo que você quiser, a camisa, a calça, a blusa, saia ou vestido estão aí para você melhorar a aparência. Quando você põe essa roupa que lhe cai bem, surge um sorriso no rosto e parece haver leveza no andar.

Quando Adão e Eva, feitos à imagem de Deus, pecaram, aquela imagem foi afetada e a primeira coisa que fizeram foi costurar para si vestes de folhas de figueira – trabalho de suas próprias mãos. Isso fez com que se sentissem melhor, mas não reparou a imagem deles, porque a falha não estava no tecido, nem no corte, mas neles mesmos. Deus precisou sacrificar animais e Ele mesmo trabalhou as peles, modelou as vestimentas e vestiu Adão e Eva.

Estamos certos quando acreditamos que precisamos de novas vestimentas para melhorar nossa imagem. O problema é querer encontrar essa roupa em qualquer loja, porque não há tecido, corte nem modelo que cubra verdadeiramente nossas necessidades espirituais.

Em lugar de ficar procurando, empurrando cabides de um lado para outro na seção de roupas da melhor loja de departamentos do Céu, o linho fino branco é a única vestimenta apropriada para os convidados do Rei. E há somente um fornecedor, assim como foi para Adão e Eva: o próprio Deus.

“O homem nada pode idear para suprir as perdidas vestes de inocência. Nenhuma vestimenta de folhas de figueira, nenhum traje mundano, pode ser usado por quem se assentar com Cristo e os anjos na ceia das bodas do Cordeiro. Somente as vestes que Cristo proveu podem habilitar-nos a aparecer na presença de Deus” (Ellen G. White, Parábolas de Jesus, p. 311).

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Meditação para 25 de fevereiro - Sexta


Crescimento em Cristo

Antes, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo nAquele que é a cabeça: Cristo. Efésios 4:15

Há uma febre e corrida geral pelos suplementos vitamínicos. Os atletas que querem obter melhor desempenho, ganhar ou perder peso, melhorar a velocidade e a resistência são os mais tentados a usá-los.

No crescimento espiritual, também somos desafiados a sair de onde estamos para um estágio melhor. O apóstolo Pedro, falando desse esforço, diz: “Por isso mesmo, empenhem-se para acrescentar à sua fé a virtude, à virtude o conhecimento; ao conhecimento o domínio próprio; ao domínio próprio a perseverança; à perseverança a piedade; à piedade a fraternidade; e à fraternidade o amor” (2Pe 1:5-7).

No início dessa epístola, ele apresenta uma escada de crescimento cristão, e no fim da carta diz: “Cresçam, porém, na graça e no conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo” (2 Pe 3:18). Sem ferir a seriedade do texto, poderíamos chamá-lo de “suplemento espiritual”. Por isso, o apóstolo recomenda que sejam acrescentados à fé, e apresenta sete suplementos.

O primeiro degrau no crescimento espiritual é a virtude, excelência moral. O segundo é o conhecimento, especialmente a educação espiritual. Segue-se o domínio próprio ou autocontrole, ou seja, a capacidade de conter e dominar nossos desejos. Depois do domínio próprio, vem a perseverança, ou seja, aprender a continuar com paciência. A piedade, o amor fraternal e o amor desinteressado são os últimos. Devemos crescer espiritualmente em cada um desses sete degraus.

Com essa escada, o apóstolo apresenta outros conceitos relacionados ao crescimento cristão. O primeiro é o poder de Deus. Ele diz: “Seu divino poder nos deu tudo de que necessitamos” (2Pe 1:3). Vou subir essa escada, vou crescer, não pelo meu próprio poder, mas pelo poder de Deus. “É Deus quem efetua em vocês tanto o querer quanto o realizar, de acordo com a boa vontade dEle” (Fp 2:13).

O segundo conceito é o do empenho humano. Além do poder divino, também existe o esforço humano: “Portanto, irmãos, empenhem-se ainda mais para consolidar o chamado e a eleição de vocês” (2Pe 1:10). Como disse Bradley Nassif: “A graça se opõe ao mérito, mas não ao esforço.” Deus vai fazer tudo para minha salvação, menos a minha parte. Agora que você foi salvo, pode ir a Deus e perguntar: “Senhor, o que devo fazer? Mostra-me a Tua vontade. Dá-me ideia do que devo ou não fazer para crescer na graça.”

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Meditação para 24 de fevereiro - Quinta


Integridade

Jacó aproximou-se do seu pai Isaque, que o apalpou e disse: “A voz é de Jacó, mas os braços são de Esaú”. Gênesis 27:22

Rebeca daria uma daquelas atrizes que atuam espetacularmente como espiãs. Elas conseguem informações privilegiadas sem ninguém saber como, nem onde. Ela chamou seu filho Jacó e disse: “Eu ouvi tudo. Seu pai vai abençoar seu irmão. Mas eu quero que você receba a bênção. Vamos armar alguma coisa. Fica só entre nós.” E explicou o plano para Jacó.

A reação de Jacó foi de surpresa. Não discutiu se era certo ou errado, mas se ia funcionar. “Deixe comigo. Vá por mim. Tudo vai dar certo. Fique tranquilo. Não se preocupe. Seu pai não vai descobrir”, disse Rebeca. A bênção seria dada. Significava posses, privilégios e influência. Nessa hora, quando interesses, dinheiro e poder estão em jogo, a integridade deve brilhar como farol, indicando como navegar com segurança.

Ato seguinte: preparo do guisado no “micro-ondas” de Rebeca. Jacó vestiu algo que nunca havia vestido e sem ter ensaiado imitar a voz do irmão, entrou nos aposentos do pai levando a bandeja com o prato preparado ao gosto dele. Isaque, em sua cegueira, duvidou de que em pouco tempo seu filho estivesse de volta com a caça. Nesse ponto, ao dizer que Deus o tinha ajudado a encontrar a caça rapidamente, a mentira de Jacó até então escrita em fonte light, foi reescrita em negrito. O pai pediu que Jacó se aproximasse. “Deixe-me apalpar... deixe-me sentir o cheiro das vestes. Humm... é verdade. A voz é de Jacó, mas as mãos são de Esaú.” Não havia Estatuto do Idoso, nem se falava em falsidade ideológica, mas o que Jacó estava fazendo era o avesso do respeito à experiência; era tirar vantagem da idade e cegueira do pai. Faltava coerência entre o interior e o exterior; consistência entre palavra e ação; entre a voz que falava e as mãos que faziam.

Faltava integridade, palavra que traz em si a ideia de número ou valor inteiro. Não é um valor aproximado, nem fração, porcentagem de outro número. Nem é o 6 virado em 9 ou o 9 virado em 6. Não é um 8 cortado pelo meio.

Quando Isaque disse a Jacó que faltava integridade entre a voz e as mãos, estava advertindo a todos nós para que sejamos verdadeiros naquilo que falamos, que não manipulemos as situações em nosso favor. E que deixemos de lado táticas que demonstrem esperteza.

A promessa para aquele que anda em integridade é: “A luz raia nas trevas para o íntegro, para quem é misericordioso, compassivo e justo” (Sl 112:4).

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Meditação para 23 de fevereiro - Quarta


Flechas Venenosas, Balas Perdidas

A língua [dos perversos] é uma flecha mortal; eles falam traiçoeiramente. Cada um mostra-se cordial com o seu próximo, mas no íntimo lhe prepara uma armadilha. Jeremias 9:8

Estudos dão conta de que o homem fala em média 20 mil palavras por dia, e a mulher 30 mil. Daí podemos apenas imaginar ou perceber o poder que está em nossa língua tanto para o bem como para o mal.

Enquanto Tiago compara a língua a um fogo que devora, queima e destrói, Jeremias a compara a uma flecha mortal. Naquele tempo, a flecha era a arma que atingia mais rapidamente uma pessoa. Era inesperada e venenosa, rápida e cortante. Causava feridas profundas.

Quem sabe hoje, se fôssemos atualizar o texto de Jeremias, diríamos assim: “Suas palavras são como tiros de um fuzil de mira telescópica, com silenciador.” Você mal ouve o barulho, mas é surpreendido. Apenas sente o impacto. Não sabe por que e nem imagina quem foi o autor do disparo. Não sabe de onde veio; mas foi atingido.

Existe uma flecha mais venenosa do que essa. É muito mais prejudicial porque não atinge apenas o corpo, mas fere profundamente a alma. É uma flecha que mancha a reputação do outro, inventa o que ele não disse e insinua intenções maldosas, espalha informação falsa sobre os outros com a intenção de feri-los.

É uma flecha que tem arruinado muitos casamentos, e tem feito muitos perderem o emprego e posições. Ela já arruinou o futuro de milhares de pessoas. O nome dessa flecha é calúnia, mas também é conhecida como difamação.

O ditado diz: “A calúnia é como o carvão, quando não queima, suja.”

Os rabinos ensinavam que a calúnia era pior do que o incesto, a idolatria e o tirar a vida de alguém, porque matava três pessoas de uma só vez: o caluniador, o caluniado e quem escutou.

O cristão verdadeiro está convicto de que o tecido das relações humanas está entremeado da verdade. Quando há desconfiança e medo, os relacionamentos são fragilizados. Por isso, hoje todos apreciamos aquilo que chamamos de transparência. Não há nada escondido, mas existe lealdade e consistência.

“Não saia dos vossos lábios nenhuma palavra inconveniente [que fira, machuque, destrua, arruíne], mas, na hora oportuna, a que for boa para edificação, que comunique graça aos que a ouvirem” (Ef 4:29, Bíblia de Jerusalém).

Nossa oração deve ser, neste dia: “Coloca, Senhor, uma guarda à minha boca; vigia a porta de meus lábios” (Sl 141:3).

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Meditação para o dia 21 de fevereiro - Segunda

Não se Esqueça de Agradecer

Bendiga o Senhor a minha alma! Não esqueça nenhuma de Suas bênçãos! Salmo 103:2

Se eu pedisse a você que fizesse uma lista de presentes que gostaria de receber no seu aniversário ou no próximo Natal, rapidamente viriam muitas opções: uma viagem de férias, um Ipod de última geração, uma bolsa de estudos, etc. Para pedir, somos muito bons, mas quando chega a hora de dizer obrigado... Parece que nos esquecemos de agradecer como fazíamos antes. Você ajuda a pessoa, acompanha, diz tudo como é para fazer, digita, salva-a de morrer afogada, e... “tá bom!”, “até logo!”, “valeu!”.

O pastor de uma igreja incluiu o item gratidão em seus anúncios no boletim: “Nove pessoas perdidas no mar!” Os membros da igreja conversavam entre si: “Quando aconteceu? Quem foi?” A curiosidade era tamanha que o pastor teve que explicar: “Onze pessoas vieram pedir oração porque estavam indo mar adentro para a pescaria e a recreação. Mas somente duas vieram agradecer dizendo que voltaram bem. Imaginei que as outras nove estivessem desaparecidas.”

Com que frequência você expressa sua gratidão? Você se queixa mais ou agradece mais durante o dia? Sua mente está nas bênçãos ou nos problemas?

Em lugar de dizer: “Droga! Essa chuva logo agora!”, diga: “Que bom que estamos debaixo do mesmo guarda-chuva!” Em lugar de dizer: “Que pena que perdemos a vez na balsa. Éramos os últimos”, diga: “Que bom que vamos ser os primeiros a entrar na próxima balsa!”

Rudyard Kipling, grande escritor e poeta, teve o privilégio de viver do próprio sucesso, ganhando muito dinheiro com seus escritos. Certa vez, um repórter disse a ele: “Sr. Kipling, acabo de ler que alguém calculou o dinheiro que o senhor ganhou escrevendo. Mais ou menos cem dólares por palavra.” Kipling franziu a testa e disse: “Eu não sabia.”

O repórter ousadamente meteu a mão no bolso, tirou uma nota de cem dólares e disse: “Sr. Kipling, aqui está uma nota de cem. Poderia me dar uma das suas palavras?” Kipling olhou para a nota um momento, dobrou-a, colocou-a no bolso e disse: “Obrigado!” Ele estava certo. A palavra obrigado vale muito e o sentimento de gratidão muda o sabor do dia.

O Salmo 103 do qual tiramos o texto de hoje é um catálogo de bênçãos pelas quais devemos ser gratos. Ele contém 22 versos, o mesmo número de letras que existem no alfabeto hebraico.

Será que você pode encontrar um motivo para agradecer a Deus em cada letra do alfabeto?

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Meditação para 18 de fevereiro - Sexta


A Solução Está Perto

Então Deus lhe abriu os olhos, e ela viu uma fonte. Gênesis 21:19

Quem já fez longas caminhadas em regiões arenosas, onde se escuta apenas a sua própria respiração e o roçar do tênis na areia, tem uma leve noção do que é caminhar no deserto. A mesma paisagem, grãos de areia jogados no rosto pela brisa, arbustos secos e o uivar do vento nas rochas e arbustos. São caminhadas cansativas e o desejo de chegar é permanente.

Esta é a história de uma fuga, de um exílio, mas também a história de um encontro. Em sua primeira fuga, ao se encontrar com o anjo perto de uma fonte, Hagar deu um nome para Deus: “Tu és o Deus que me vê” (Gn 16:13).

Hagar era escrava, mãe solteira e, por motivos de ciúme de sua patroa, Sara, não tinha ninguém para quem trabalhar. Pegou a rota do deserto – temperaturas escaldantes durante o dia e frias à noite.

Ali estava ela, sem rumo, sem força, sem água, um silêncio amedrontador; quando uma voz quebrou o silêncio. Deus falou para aquela mulher: “O que a aflige, Hagar? Não tenha medo!” (Gn 21:17).

Deus sabia não apenas onde Hagar estava, mas conhecia também a tristeza de seu coração. O anjo lhe assegurou que Deus tinha escutado seu clamor e o milagre ocorreu: O Senhor abriu-lhe os olhos. A solução estava bem perto dela.

Os olhos da mulher estavam cegos pelo desespero. Seus erros estavam além de qualquer conserto. Escondeu-se no sofrimento. Fez-se vítima da situação e começou a ter pena de si mesma.

Então, a voz lhe disse: “Não tenha medo!” Deus não a tinha perdido de vista. O Deus que vê a ajudou a ver um poço próximo dali. Ela não tinha ido além da distância em que a graça pudesse alcançá-la.

Por que ela não tinha visto a água que já estava lá? Pela mesma razão pela qual você e eu não discernimos saídas para nossos problemas.
“Hagar, aqui está você, com muitas preocupações que não sabe como administrar, fardos que não sabe como levar; mas há uma solução.”

Deus estava pronto para escutar a dor do coração de Sua filha e resolver os problemas que ela enfrentava na fuga.

Assim também, Jesus está interessado em nossa história. Ele pergunta a cada um de nós o que é que nos aflige e nos angustia. Não há necessidade que Ele não possa suprir. Ele nos dá outra visão. Você tem bem perto de si um poço, uma fonte.

Por que não orar: “Senhor, abre meus olhos para que eu descubra o que providenciaste para mim?”

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Meditação para 17 de fevereiro - Quinta


Transmitindo o Perdão

Sejam bondosos e compassivos uns para com os outros. Efésios 4:32

Smuts van Royen, ex-professor da Andrews University, conta a história de um jovem paciente internado no Hospital de Loma Linda que solicitou a visita de um pastor. Assim que o pastor entrou no apartamento, o rapaz falou: “Desculpe, foi um equívoco da minha parte. Por favor, saia do meu apartamento. O senhor não pode me ajudar.” O pastor disse: “Recebi seu telefonema. Vim de longe para atendê-lo. Diga-me, em que posso ajudar?” “Pastor, fui longe demais. Cometi o pecado imperdoável. Tudo o que o senhor disser vai ser irrelevante. Muito obrigado por ter vindo. O senhor pode sair.”

O rapaz havia combatido na guerra do Vietnã e tinha perdido parte do braço. O pastor insistiu para que ele contasse sua história.

“Pastor, fui aluno de um dos nossos colégios, mas veio a época em que fiquei cansado de tudo. Larguei o colégio, a namorada e me afastei de Deus. Logo depois me inscrevi no serviço militar. Colocaram-me no treinamento básico e, para minha surpresa, descobri que tinha a capacidade natural de atirar com precisão.

“Quando terminou aquela fase de treinamento, fui indicado para o grupo dos ‘boinas verdes’. Enviaram-me para o Vietnã. No dia seguinte ao da minha chegada, me deram um fuzil com mira telescópica, levaram-me de helicóptero até um ponto estratégico. Ali subi numa árvore e fiquei à espera de que alguém aparecesse no caminho. Então, escutei uma voz que dizia: ‘Sam, o que é que você está fazendo aqui?’ Lembrei-me da Escola Sabatina das crianças, do coral. Nisso apareceu alguém. Apontei o fuzil e atirei. Voltei arrasado para o acampamento, mas o pessoal falou que dentro de alguns dias tudo seria natural. Matei muitos de maneira fria e calculista. Será que Deus vai me perdoar?”

O pastor leu Isaías 1:18: “Embora os seus pecados sejam vermelhos como escarlate, eles se tornarão brancos como a neve.”

Seis semanas se passaram sem que houvesse melhora em seu sentimento de culpa, até que um dia, ao entrar no quarto do rapaz, o pastor percebeu um brilho em seu rosto.

“O que aconteceu?”, perguntou o pastor. “O senhor não vai acreditar! Ontem, quando o senhor estava sentado perto de mim, olhei nos seus olhos e vi que o senhor tinha me perdoado. Aí eu disse: ‘Senhor, se o pastor como homem me perdoa pelo que fiz, Tu também vais ser tão bondoso como ele!’”

O que as pessoas que erraram estão vendo em nossos olhos? Compreensão, compaixão, alívio para as feridas?

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Meditação para 16 de fevereiro - Quarta


Reconciliação e Perdão

Façam todo o possível para viver em paz com todos. Romanos 12:18

Em seu livro A Arte de Perdoar (p. 27), Lewis Smedes apresenta a diferença entre perdão e reconciliação: “É necessário uma pessoa para perdoar. São necessárias duas para a reconciliação. O perdão acontece na pessoa que foi ferida. A reconciliação acontece no relacionamento entre as pessoas. Podemos perdoar alguém mesmo que ele nunca diga ‘sinto muito’. Não podemos nos reconciliar verdadeiramente, a menos que a pessoa sinta pelo que fez.”

O ideal é que o perdão leve à reconciliação, e como o próprio nome sugere, que retorne a harmonia que havia antes. Podemos dizer que a reconciliação é o perdão trabalhado dos dois lados. Ela se faz necessária quando a paz foi quebrada e uma semente de hostilidade foi plantada.

Como é que vou estar em paz com Deus se ainda alimento raiva contra um irmão? Como vou estar alegre se ainda há um resto de ódio em meu coração contra alguém? Como vou ficar cheio do Espírito se ainda me sinto ofendido pelo que meu irmão falou de mim?

Um conselho prático de Jesus em relação à reconciliação foi: “Vá primeiro reconciliar-se com seu irmão” (Mt 5:24). Paulo, fazendo eco a essas palavras, disse: “Apaziguem a sua ira antes que o sol se ponha” (Ef 4:26). Quer dizer, mesmo que você seja a parte inocente, procure o ofensor. Não deixe a adrenalina subir. Não permita que a imaginação fique a ensaiar frases, imaginando como “dar o troco”. Isso levará a uma progressão de raiva, tornando difícil o entendimento e a reconciliação. É preciso nos prevenir para que pequenas ofensas não nos atrapalhem e cresçam, à medida que o tempo passa.

Por outro lado, não sejamos utópicos, dizendo: “Vai dar tudo certo”, “Vai ser fácil”, “Vai ficar melhor do que antes.”

Para que a reconciliação aconteça, é necessário que a confiança seja reconstruída. Tenho que abrir meu coração e me tornar acessível para a pessoa com quem desejo me reconciliar, mesmo que ela não peça perdão. Nesse caso, temos que nos contentar com menos.

O perdão precisa estar presente antes que o ofensor se aproxime. Ao perdoar, removemos obstáculos; derrubamos o muro que nos separava.

Temos duas escolhas: perdoar ou abrigar amargura no coração. “Sejam bondosos e compassivos uns para com os outros, perdoando-se mutuamente, assim como Deus os perdoou em Cristo” (Ef 4:32).

Meditação para o dia 15 de Fevereiro

Escolha o Perdão

Estejam prontos a perdoar os outros como Deus os perdoou por causa de Cristo. Efésios 4:32, Phillips

Em 1944, os nazistas tomaram como prisioneiro um promissor jovem arquiteto chamado Simon Wiesenthal. Ele presenciou como os soldados nazistas raptaram sua mãe e assassinaram sua avó em casa. Ao todo, 89 parentes dele morreram nas mãos dos nazistas.

Ele estava no campo de concentração em Maunthasen, Áustria, fazendo o trabalho de limpeza no hospital improvisado, quando um dia um soldado nazista, já moribundo, pediu para falar com um judeu.

No fim da tarde, uma enfermeira perguntou para Wiesenthal: “O senhor é judeu?” “Sim”, respondeu ele. “Acompanhe-me”, disse ela.

Assustado, ele a acompanhou até uma sala escura e úmida. Ali estava um soldado nazista que mais lembrava uma múmia, cheio de bandagens, mostrando apenas o nariz e as orelhas. A enfermeira os deixou a sós. O soldado então agarrou o pulso de Wiesenthal e sussurrou: “Meu nome é Karl.” E contou como em retaliação pela morte de 30 soldados nazistas numa mina enterrada, sua unidade juntara 300 judeus em uma casa de três andares na cidade de Dnopropetrovsk, Ucrânia, derramou gasolina e ateou fogo. Os soldados de Karl cercavam a casa e atiravam nos judeus que saltavam pela janela para escapar das chamas.

“Foi horrível”, disse Karl. “Eu vi um homem com uma criança nos braços; suas roupas estavam em chamas. Ao seu lado, sem dúvida, estava a mãe da criança. Ele pulou pela janela com o filho. Em seguida, pulou a mãe. De outras janelas, corpos em chamas caíam e nós atirávamos neles.”

Karl explicou por que havia solicitado a visita. “Eu sei que o que vou pedir é muito para você. Mas sem sua resposta eu não posso morrer em paz.”

Então o soldado perguntou: “O senhor me perdoa pelo que eu fiz?”

Wiesenthal permaneceu silencioso e se retirou da sala sem dizer uma palavra. Anos depois, ao escrever seu livro O Girassol, colocou no fim dele uma pergunta: “Você que acabou de ler este episódio, coloque-se em meu lugar: O que você teria feito?”

Perdoar é uma decisão dolorosa e difícil. Quanto mais profundas são as feridas, mais tempo necessitam para sarar. Mas não perdoar amarra você ao passado. Por isso, a melhor escolha – em primeiro lugar, para seu bem, e depois para o bem do culpado – é perdoar. Nesse processo, somente a intervenção da graça de Deus dará palavras apropriadas ao ofensor e coração terno ao ofendido.

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Meditação para 5 de fevereiro - Sábado


Experimentar a Palavra de Deus

Achadas as Tuas palavras, logo as comi; as Tuas palavras me foram gozo e alegria para o coração. Jeremias 15:16, ARA

Há muitos anos, o príncipe de Granada e herdeiro da coroa da Espanha foi colocado em confinamento numa antiga prisão chamada “Praça da Caveira”. Deram-lhe apenas um livro: a Bíblia. Depois de 33 anos de prisão, ele faleceu.

Ao visitarem a cela onde ele estivera por tanto tempo, encontraram algumas anotações nas paredes. Aqui estão algumas: o Salmo 118:8 é o verso central da Bíblia; Esdras 7:21 contém todas as letras do alfabeto, exceto a letra J [na língua dele e na versão que ele usava]; não encontramos na Bíblia nenhuma palavra com mais de seis sílabas.

O príncipe aprendeu fatos bíblicos, mas aparentemente nada mais significativo ou inspirador para sua vida ou a de outros.

Ao nos aproximarmos da Bíblia, podemos ser beneficiados com sua leitura, fazendo duas perguntas simples: (1) O que isso significa? (2) Como posso viver isso?” Na primeira pergunta, vemos a Bíblia como livro de estudo. Na segunda, como livro devocional.

Para responder à primeira pergunta, temos que ler, comparar versões, ter dicionários e comentários para ajudar na pesquisa. É bom para exercitar a mente. Mark Twain dizia: “Muitas pessoas se incomodam com aquelas passagens das Escrituras que não entendem, mas para mim são justamente as passagens que eu entendo, as que me incomodam.”

A resposta à segunda pergunta leva mais tempo para ser encontrada. Requer disciplina e entrega. Sinto que o texto lido tem que ver comigo e foi escrito para mim. Pergunto-me também: Preciso imitar alguém? Diante do que li, devo assumir algum compromisso ou realizar alguma mudança? Há alguma promessa para mim?

É nesses momentos devocionais que as palavras de Deus nos trazem conforto, inspiração e ânimo. Estamos vivendo num tempo curioso. Nunca foram vendidas tantas Bíblias como no presente. Podemos encontrar Bíblias em diferentes traduções, com diferentes capas, para ler de perto e de longe. Foram feitas edições especiais para mulheres, universitários, jovens, desbravadores, etc., na esperança de incentivar a leitura. Mas nem por isso estamos lendo mais. Nossos encontros com ela são apressados, encaixados na agenda lotada. Devemos lembrar que são esses momentos que vão nutrir a vida espiritual e fortalecer a fé. Do contrário, vamos sofrer de “anorexia bíblica” por apenas mordiscar a Palavra.

Imitemos o profeta: “Achadas as Tuas palavras, logo as comi; as Tuas palavras me foram gozo e alegria para o coração”.