Deu no G1: Um golfinho foi fotografado carregando o corpo de seu filhote no mar em uma espécie de “ritual de luto”. A cena foi presenciada por turistas em uma região autônoma da China chamada Guangxi Zhuang, famosa por concentrar esses animais. O mamífero adulto levantou o filhote morto várias vezes até a superfície, como se estivesse tentando ajudá-lo a respirar. Depois, empurrou o bebê da costa em direção a águas mais profundas. Um corte profundo foi observado na barriga do filhote, o que pode ter sido feito pela hélice de um barco. Muitas embarcações frequentam o local para levar turistas.
Anteriormente, pesquisadores já observaram golfinhos carregando ou empurrando filhotes que nasceram mortos ou morreram ainda jovens. Os animais demonstram angústia e ficam até vários dias com o corpo do bebê por perto.
“Rituais de luto” no reino animal já foram vistos entre baleias, elefantes, chimpanzés e gorilas. Embora os especialistas relutem em atribuir emoções humanas aos bichos, esse comportamento dos golfinhos parece mostrar que eles têm, pelo menos, consciência sobre sua mortalidade e podem até “contemplar” uma eventual morte. Outros indivíduos parecem incapazes de aceitar o fato.
Em 2011, o G1 também publicou esta notícia: O site do jornal britânico Daily Mail divulgou [...] a imagem de uma chimpanzé lamentando a morte do filhote de apenas 16 meses de idade. O registro foi feito por câmeras de cientistas do Instituto Max Planck de Psicolinguística, da Alemanha, que estudavam exatamente como os primatas enfrentam perdas.
A chimpanzé filmada carregou o corpo morto do filhote durante 24 horas, antes de largá-lo cuidadosamente no chão. A mãe continuou a observar e a tocar no corpo. Ela ainda levou outros chimpanzés para notarem o primata falecido.
Com forte relação com os filhotes, a fêmea de chimpanzé carrega a cria durante os dois primeiros anos e continua a amamentá-la até os seis anos de idade.
Comentário da jornalista Agatha Lemos: “Ainda acham que os animais podem ser mortos sem consequências... eles próprios sofrem com as perdas. Queria que a evolução explicasse o apego entre os animais. Será que eles choram por que, com a morte de seus filhos, sentem (por intuição ou instinto) que estão mais vulneráveis perante grupos mais fortes e com mais unidades? É claro que não! Choram e lamentam porque não foram feitos para morrer.”
Nota: Quando era criança, infelizmente (nesse aspecto), o quintal da casa dos meus pais dava para o quintal da casa de um senhor que tinha uma mercearia e vendia, entre outros produtos, carne suína. Ele mesmo matava os animais em seu terreno e até hoje me lembro dos gritos desesperados dos porcos e leitões, antes mesmo de serem esfaqueados no coração (isso quando o algoz não errava o golpe, sendo necessárias mais estocadas). Sempre tive a impressão de que os animais sabiam que iam ser sacrificados e protestavam com todas as forças, tendo o medo estampado nos olhinhos arregalados. Também já vi cenas de bois e vacas “chorando” sobre o sangue derramado de seus filhotes ou companheiros. Faz tempo que me convenci de que meu estômago e minhas preferências gastronômicas não são assim tão importantes para justificar a morte de seres vivos que sofrem perdas e desejam viver, assim como os humanos que os matam. Por isso, há quase 20 anos, decidi nunca mais comer nada que tenha tido mamãe.
Gostei muito do seu post.
ResponderExcluirNunca encontrei na Bíblia nada sobre os nossos queridos animais de estimação, o que me angustia demais. Até hoje tive muitos cães, eles são como filhos amados e queridos. E como nós, eles ficam velhos e morrem, o que causa muita tristeza.
Infelizmente perdi uma essa semana, com 4 anos, isso doí muito e me faz pensar se realmente há esperança para eles, pois se não há para eles, não há sentido haver esperança para mim, pois que sentido há a nova terra sem nossos queridos animais, assim como qual sentido faria a nova terra para os humanos, se os seus entes queridos lá não estiverem?
Então eu gostaria de saber: há esperança para os animais?
Agradeço pela atenção,