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sábado, 31 de agosto de 2013

Cinquenta cristãos são queimados vivos na Nigéria


Os ataques a cristãos continuam com força total da Nigéria. Relatórios apontam que mais de cem pessoas foram mortas por terroristas armados na semana passada e o grupo extremista islâmico Boko Haram, mais uma vez assumiu a responsabilidade por eles. Enquanto fontes diferentes contabilizam a quantidade de pessoas que perderam a vida na semana passada, uma história divulgada pela Baptist Press chamou atenção. Cerca de 50 membros da Igreja de Cristo na Nigéria, moradores da aldeia de Maseh, foram queimados vivos depois de se refugiarem na casa de seu pastor, quando fugiam de mais um ataque terrorista. “Cinquenta membros de nossa igreja foram mortos no prédio da igreja, onde tinham ido se refugiar [na casa pastoral]. Eles foram mortos junto com o pastor, sua esposa e seus filhos”, explicou Dachollom Datiri, vice-presidente da denominação Igreja de Cristo na Nigéria.

Lideranças da Igreja confirmaram que mais de cem membros foram mortos em diversas aldeias na Nigéria, incluindo Maseh, Ninchah, Kakkuruk, Kuzen, Negon, Pwabiduk, Kai, Ngyo, Kura Falls, Dogo, Kufang e Ruk.

“A Nigéria está realmente se tornando um novo campo de morte para os cristãos. Centenas de cristãos já foram brutalmente assassinados pelo Boko Haram, incluindo mulheres e crianças”, disse Jerry Dykst, porta-voz do ministério Portas Abertas nos EUA. “O Boko Haram divulgou, no início desta semana, uma ameaça de que todos os cristãos devem se converter ao Islã ou eles nunca terão paz novamente. Seu objetivo é fazer toda a Nigéria um país governado e dominado pela lei sharia”, concluiu.

Innocent Chukwuma, consultor de justiça criminal da Nigéria, vai além. “Eu não acho que o Boko Haram poderia invadir essas aldeias sozinho. Eles precisam do apoio e da colaboração dos moradores locais”, disse.

O pastor Ayo Oritsejafor, presidente da Associação Cristã da Nigéria, fez um apelo, afirmando que o Boko Haram é uma organização terrorista e pedindo que a comunidade internacional lute contra ela como faz com a Al Qaeda. “Há certos extremistas muçulmanos que acreditam que a Nigéria deve ser uma nação islâmica e o Boko Haram é o principal órgão desse grupo de pessoas… O país sempre teve uma população muito bem dividida entre as duas grandes religiões [cristianismo e islamismo ], então não é possível simplesmente islamizar a Nigéria”, acrescentou o pastor.

Queridos irmãos, neste exato momento, diante de nossa insignificante comodidade e liberdade cristã mal aproveitada, oremos pelos cristãos perseguidos na Nigéria.

(Gospel Prime, via Jornal Pequeno)

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Como reagir diante das provações


Como superar dificuldades?
Obstáculos
Eu sou a videira verdadeira, e Meu Pai é o agricultor. Todo ramo que, estando em Mim, não der fruto, Ele o corta; e todo o que dá fruto limpa, para que produza mais fruto ainda. João 15:1, 2.
Quando nos advêm provas, não meditemos sobre a grandeza das dificuldades sentindo que não podemos ter alegria no Senhor. É verdade que teremos mudanças de sentimentos. Sobrevir-nos-ão tempos de desânimo e depressão. Mas viveremos de sentimento ou de fé? Quando nossos irmãos e amigos falam inadvertidamente e nos causam mal-estar, não nos abatamos. Lembremo-nos que estamos num mundo de prova e sofrimento, de tristeza e desapontamento. Quando essas experiências nos advêm, deveriam conduzir-nos a Cristo. Se não o fizerem, seremos derrotados.
Quando tentados a desanimar em face do desânimo e dificuldade, estudemos a vida e as experiências de Cristo. Ele teve que combater os poderes das trevas para não ser vencido. Temos a mesma batalha a lutar, as mesmas vitórias a ganhar. “Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o Seu Filho Unigênito, para que todo o que nEle crê não pereça, mas tenha a vida eterna.” João 3:16. É nosso privilégio apoiarmo-nos na força dAquele que é capaz de salvar completamente os que vão a Deus por Seu intermédio. Ele vos convida a apresentardes vosso caso ao trono da graça e depositar vossa alma desamparada nEle.
Que vossa humanidade lance mão da divindade. Ide aos pés do trono da graça de Deus e dizei: “Senhor, deponho em Ti minha alma desamparada. Ajuda-me a controlar minha língua. Ensina-me a vencer.” Cristo vos dará um espírito de vitória. “Eles, pois, o venceram por causa do sangue do Cordeiro e por causa da palavra do testemunho que deram.” Apocalipse 12:11.
Podeis dar um testemunho que se opõe àquele que Satanás gostaria que désseis. Podeis manter o coração e a mente santificados pela obediência à verdade. Olhai para Ele pela manhã, ao meio-dia e à noite. Mantende a mente e o coração presos a Cristo. Este é vosso privilégio. O sofrimento e morte de Cristo pagaram o preço de vossa redenção, e mediante fé nEle podeis vencer. …
Permiti que o amor de Cristo habite em vosso coração. Não podeis ser santificados mediante a verdade enquanto palavras e caráter não estiverem em harmonia com o Espírito de Deus. Se o temperamento precipitado, a língua sem controle não forem dominados nesta vida, nunca podereis ser transferidos às cortes de Deus e à presença de Jesus Cristo. Devemos qualificar-nos bem nesta vida se quisermos ser transferidos à escola superior das cortes de cima. — Manuscrito 79, 1909.
Este texto vem do livro “Olhando Para O Alto” de Ellen White.
Para adquirir  livros de Ellen G. White, visite www.cpb.com.br.
Para ler online, visite: www.egwwritings.org.

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Fechamento do comércio aos domingos e união de igrejas

Recentemente, meus pais estiveram visitando minha tia em Araruama (cidade do interior do Rio Janeiro), e ao andar pelo centro da cidade, eles receberam o encarte abaixo. Ao ler o conteúdo, se depararam com o revelador compromisso nº 3 do Supermercado Avi$tão. Quando vejo esses movimentos surgindo, me alegro imensamente, pois são evidências claras de que o nosso Redentor Se aproxima a passos largos.

Clique na imagem para vê-la ampliada

“Este é o contexto escatológico no qual os adventistas do sétimo dia colocam o sábado. Cremos que Deus nos chamou não apenas para proclamar o que a Bíblia diz sobre o sábado, mas também a advertir o mundo sobre o conflito final que girará em torno dos mandamentos de Deus, particularmente o quarto. Segundo nossa compreensão, no fim dos tempos a linha divisória entre os que servem a Deus e os que não O servem envolverá essa controvérsia relacionada ao sábado e ao domingo. Nessa ocasião, os guardadores do sábado serão perseguidos e até mesmo martirizados por causa de sua lealdade a Deus ao observar o sétimo dia.

“Sentimo-nos compelidos a advertir o mundo sobre algo de que a maioria das pessoas não tem a menor ideia; a algo que muitos julgam inacreditável. Estamos certos de que tais eventos se acham à nossa frente” (Marvin Moore, Apocalipse 13, p. 12, 13 - CPB).

(Orlan Figueiredo)

Nota: No mesmo tom dessas “evidências secundárias” da proximidade do fim (porque o decreto dominical será imposto pelos Estados Unidos e o que estamos vendo agora, de forma isolada, são apenas “ensaios”), em entrevista do site EM, o deputado Marco Feliciano disse, sobre o papa Francisco: “Foi perfeita a visita dele. Ele é um jesuíta. Como disse aqui, fui católico romano e vejo nesse papa uma pessoa do bem, um evangelista por natureza. Ele também passou por dificuldades aqui, ele também sofreu pressão do mesmo grupo que me pressiona. E houve até coisas piores, pegaram imagens de santos e quebraram no meio da rua, fizeram atos obscenos, então isso mostra que tanto a Igreja Católica quanto a Igreja Evangélica têm os mesmos princípios. Podemos divergir nos dogmas, mas nos principais, na nossa base, há mais coisas que nos unem do que nos separam. Sou hoje amigo dos católicos. Não é tempo de separação, não é tempo de guerra, é tempo de união, porque se não houver uma união das igrejas hoje, dentro de 15 anos o cristianismo na América do Sul vai estar vivendo dias de quase extinção. Como ocorreu na Europa, onde a maioria dos países hoje é ateia.”

Essa união não será em torno da verdade única da Palavra de Deus. Será, sim, em benefício de uma causa conveniente a todos (família, emprego, meio ambiente). E aí daqueles que ficarem no caminho da maioria, ainda que seja para não violar a consciência!

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

No Egito, multidão destrói Igreja Adventista

egito

O incêndio de uma Igreja Adventista do Sétimo Dia na cidade de Assiut durante um tumulto na noite passada, não fazia parte de um movimento político organizado, disseram as autoridades da igreja local.

A Igreja Adventista do Assiut, localizada a aproximadamente 360 ​​quilômetros ao sul do Cairo, foi atacada por uma multidão e fortemente danificada depois de ter sido incendiada. O pastor e sua esposa esconderam-se em seu apartamento no andar de cima e não foram encontrados pelos atacantes, que deixaram o prédio em chamas. O pastor e sua esposa foram resgatados do prédio em chamas pelos vizinhos muçulmanos.

“Este foi um pequeno grupo de pessoas empenhados em fazer o mal. Este evento não foi representativo do Egito ou do povo do Egito”, disse Llewellyn R. Edwards, presidente da Igreja Adventista do Egito, Sudão, baseado em Heliópolis.

“Como adventistas, queremos que as nossas relações sejam fortes com os egípcios de todas as religiões no país”, disse Edwards.

Os vizinhos muçulmanos que resgataram o casal adventista mostraram “a verdadeira imagem da maioria das pessoas no Egito”, disse Edwards.

Edwards disse que o governo anunciou que vai pagar pela reconstrução de todas as igrejas destruídas ontem à noite durante tumultos em várias cidades.

Várias outras igrejas cristãs também foram atacadas em Assuit, bem como a loja da Sociedade Bíblica do Egito, disse Edwards.

A Igreja Adventista opera duas escolas no Egito – Nilo Union Academy a nordeste do Cairo, e Escola Adventista Zeitoun. Ambas as instituições têm relações positivas com as suas comunidades, disse Edwards.

Fonte: Adventist News Network

quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Cuidado com o vestuário (especialmente) nos cultos


A leitura bíblica para hoje, do projeto mundial Reavivados por Sua Palavra, é o Salmo 5. No verso 7, lemos: “Com muita reverência em meu coração, me ajoelharei para adorá-Lo no Seu santo templo” (NBV). Esse texto, entre outros, me chamou a atenção pelo fato de que, nestes tempos pós-modernos e de relativização, a reverência é uma palavra que vem caindo no esquecimento. As pessoas vão igreja para encontrar amigos, se sentir bem, receber bênçãos, cantar (o que não é errado, em si), mas acabam se esquecendo do motivo principal: ir até lá para adorar Aquele que é o motivo de a igreja existir, Deus. Deus é nosso Pai, por isso, não é o “Cara lá de cima”. Filhos respeitosos não chamam o pai de “cara”. Por que chamar Deus desse jeito? Ele é nosso Pai e Criador, o Rei do Universo, e como tal exige-se de Seus filhos/criaturas, além do amor e da amizade, o respeito que Lhe é devido.

Se o culto serve (sobretudo e entre outras coisas) para louvá-Lo e se Ele é o centro do serviço religioso, tem que ser nos termos dEle. A música deve ser a mais adequada ao louvor e não necessariamente aquela que me agrada. Não sou eu o objeto de culto. É Deus. A pregação deve ser da maneira instituída por Ele. A Palavra deve ser exaltada, não as ideias humanas. Locais para divulgar teorias, pensamentos e conceitos humanos existem aos montes por aí. Na igreja, devemos ouvir a voz do Senhor.

E o que dizer do vestuário adequado para se aproximar do Criador? Quando ainda eraestudante universitário, tive uma experiência que me ensinou uma lição importante. Certa ocasião, precisei ir até o Fórum, em Florianópolis, resolver não sei o que. Era verão e fazia bastante calor. Desavisado, fui até o local vestindo bermuda, tênis e camiseta. Não deu outra: fiquei na porta. Então pensei: “Se, para me dirigir a autoridades humanas, preciso ter e demonstrar respeito, quanto mais diante da Autoridade suprema do Universo.” Nunca me esqueci daquilo, lá, naqueles meus dias de recém-convertido.

Recentemente, li num blog de orientação católica o convite para a missa numa capela militar em Belo Horizonte. Havia até a especificação dos trajes: “A2 para militares (uniforme de cerimônia marrom); civis: paletó, terno ou camisa de mangas compridas, para homens; vestido longo ou saia abaixo dos joelhos, com ombros cobertos e sem decotes, para mulheres.” Interessante... Pensei que esses cuidados não mais existissem.

Já percebeu como as pessoas vestem suas melhores roupas para ir a um casamento ou a uma formatura, por exemplo, e nem sempre têm o mesmo cuidado com seus trajes de sábado, o dia do encontro especial com o Criador? (Se bem que, levando em conta as roupas que algumas senhoritas e senhoras têm vestido em casamentos, é melhor não dar ideia...)

Não favoreça o "adultério visual" (Mt 5:28)
Igreja não é local para ostentação de vestes caras, nem tampouco passarela para desfile de moda. Mas também não é ambiente para se expor e atrair pensamentos que não deveriam ser alimentados ali, naquele local de adoração. Aliás, o cristão cioso de sua função de embaixador do Céu procurará representar também em seu exterior o reino ao qual pertence. Alguns dizem: “O que importa é o que está no coração.” Ok. Mas o problema é que ninguém tem visão de raios x. Vemos o que está no coração das pessoas por meio das palavras que elas usam, de suas atitudes para com o próximo e,também, por meio de seu vestuário. São os “frutos” dos quais falou Jesus.

Alguns anos atrás, li uma reportagem numa revista de supermercado que também me pôs a pensar. A jornalista autora do texto se demostrava surpresa com o aumento das exportações de lingerie brasileira para países... islâmicos! Como boa repórter, ela foi apurar a informação e descobriu algo interessante. Ao perguntar para algumas mulheres muçulmanas por que estavam comprando lingeries brasileiras tipicamente mais, digamos, ousadinhas, levando em conta que essas mulheres costumam cobrir todo o corpo quando estão em público, recebeu a resposta: “Compramos esse tipo de lingerie para ser sedutoras para nossos maridos. E os outros homens não têm nada a ver com isso.”

Não se trata aqui de defender a burca nem tampouco o machismo. Longe disso! Mas penso que existe alguma sabedoria nas palavras daquelas mulheres. Sedução é algo para a intimidade do casamento, e só. Ali é lícito e bíblico que isso exista. Nas ruas, nos casamentos, nas formaturas e, sobretudo, nas igrejas, o cristianismo se manifesta de outra maneira: pela decência, pela modéstia e, igualmente, pelo bom gosto – qualidades que caracterizam o vestuário daqueles que desejam ser representantes do reino celestial.

Michelson Borges

segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Pregador mirim de 8 anos da Igreja Adventista EUA faz sucesso na mídia e nas Igrejas

agosto 11, 2013 Por (nome do autor)  ·
Arquivado em: Informações Gerais 
Samuel Green de apenas 8 anos de idade já é um pregador da Palavra bem conhecido nos EUA, ele é membro da Igreja Adventista do Sétimo Dia no Mississipi e desde os 6 anos prega nas Igrejas evangélicas pelo país. Em entrevista Green afirma que Deus está sempre na retaguarda quando ele prega, por isso não sente medo. - Clique, assista e comete…
“Provavelmente, Jesus está muito contente com Samuel Green de 8 anos de idade, Samuel é natural da cidade de Jackson no Mississipi, que em sua tenra idade já está trazendo o reino dos céus pela pregação para as massas.
Ele um membro ativo da Igreja Adventista do Sétimo Dia em Jackson, onde Green prega por mais de dois anos e tem sido noticia em vários artigos de jornais e em outros segmentos nacionais de noticiários, trazendo a glória do Senhor através da mídia.
O The Today Show programa da NBCs das apresentadoras Kathie Lee Gifford e Hoda Kotb entrevistaram Green e perguntaram sobre a confiança que ele exibe no púlpito. “Eu realmente não fico nervoso, porque eu sei que Deus esta me protegendo”, disse Green.
Green fez seu primeiro sermão ao vivo em Birmingham, Alabama, com a idade de 06 de maio de 2011. Foi quando sua mãe, Joann, percebeu o dom presente em seu filho. “Fiquei muito surpresa – eu e o meu marido fomos surpreendidos com o fato do Samuel que ele ouvia o texto bíblico e depois começava a pregar sem qualquer tipo de anotação”, disse Joann a Gifford e Kotb .
A orientadora de Green, Beverly Coleman, trabalhou com Green desde que ele tinha apenas um ano de idade.”Ele foi trazido para mim com 13 meses de idade. E com 18 meses, eu já sabia que ele era uma criança especial “, disse Coleman .
Green tem o seu próprio website, samuelmgreen.com , e seu próprio programa de televisão local, denominado “a verdade simples” , que vai ao ar das 11 às 11:30 na cidade de Jackson, Mississipi, transmitido pelo canal 18.
Green disse as apresentadoras Gifford e Kotb que ele pretende continuar a pregar a Palavra e que também quer tornar-se um pediatra. “Eu quero crescer para ser um pregador e um médico que cuida de crianças”, disse ele.
Assista a entrevista Clique aqui 

quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Suspeito de matar família gostava de Assassin’s Creed


Uma notícia triste (mais uma neste mundo que afunda) chocou o Brasil nesta semana. Cinco pessoas da mesma família foram encontradas mortas na noite de segunda-feira, dia 5, dentro da casa em que moravam, na Brasilândia, Zona Norte de São Paulo. Entre os mortos, estavam dois policiais militares – o sargento Luis Marcelo Pesseghini, 40 anos, e a mulher dele, a cabo Andreia Regina Bovo Pesseghini, 35 anos. O filho do casal, Marcelo Eduardo Bovo Pesseghini, 13 anos, também foi encontrado morto, assim como a mãe de Andreia, Benedita Oliveira Bovo, 65 anos, e a irmã de Benedita, Bernardete Oliveira da Silva, 55 anos. A investigação descartou que o crime tenha sido um ataque de criminosos aos dois PMs e passou a considerar a hipótese de uma tragédia familiar: o garoto teria atirado nos pais, na avó e na tia-avó e cometido suicídio. A teoria foi reforçada pelas imagens das câmeras de segurança da escola onde Marcelo estudava: o adolescente teria matado a família entre a noite de domingo e as primeiras horas de segunda-feira, ido até a escola com o carro da mãe, passado a noite no veículo, assistido à aula na manhã de segunda e se matado ao retornar para casa.

O pai de um colega de escola do estudante Marcelo Eduardo Bovo Pesseghini, 12, contou à polícia que deu carona para o menino na segunda-feira, depois de ele frequentar as aulas no colégio Stella Rodrigues, na Zona Norte de SP. Segundo informações da polícia, essa testemunha disse que parou na porta da casa da família de Marcelo Eduardo, na Brasilândia (zona norte), e buzinou para chamar os pais do menino. A criança, porém, teria dito para ele não buzinar, pois o pai estaria dormindo. Em seguida, ele se despediu do pai e do colega e entrou no imóvel. Em entrevista ao SPTV, da Rede Globo, o comandante da PM, Benedito Roberto Meira, disse que a perícia aponta que as vítimas já estavam mortas nesse momento e que o menino cometeu suicídio em seguida.

Todas as vítimas foram assassinadas com um tiro na cabeça com a pistola calibre 40 de Andrea. A arma foi encontrada embaixo do corpo de Marcelo Eduardo. Segundo o comandante, o menino era canhoto e o disparo foi feito do lado esquerdo da sua cabeça. De acordo com o comandante da PM, não há sinais de arrombamento na casa e nada foi levado da família.

Um detalhe mencionado na reportagem do site Folha.com me chamou a atenção: o menino utilizava no seu perfil do Facebook a imagem do protagonista da série de videogameschamada Assassin’s Creed. No jogo, que se passa durante o Renascimento, o personagem faz parte de uma seita de assassinos e pretende vingar a morte de seus familiares.

Antes que os críticos de plantão me condenem, quero deixar claro que não acredito (obviamente) que todas as crianças que gostam de jogos violentos se tornarão assassinas nem que todos os fãs de filmes sanguinários sairão por aí matando gente. Não é isso. Mas não dá para negar que existem muitas coincidências quando o assunto é assassinato e consumo de mídias violentas. Em anos mais ou menos recentes, temos tomado consciência de várias tragédias como a que se abateu sobre a família Pesseghini e, em muitas delas, seus protagonistas tinham contato com essas mídias violentas.

Sinceramente, não sei o que passa na cabeça de gente que desenvolvevideogames cujo objetivo é matar, decepar, trucidar. E há aos montões esse tipo de coisa no mercado. As crianças se entretêm derramando sangue, ainda que virtual. Mas quem garante que esse tipo de comportamento não vai ser reproduzido na vida real? Parece que exemplos não faltam. E a coisa é ainda pior quando há armas ao alcance.

Como tenho certeza de quevideogames violentos não deixarão de ser vendidos tão cedo (essa é uma indústria multibilionária e a “liberdade artística” está a favor dela), cabe aos pais acompanhar o que os filhos têm feito em seus momentos de lazer. O tempo é precioso. A mente de nossas crianças é valiosa. Por isso, vale a pena todo e qualquer esforço para direcioná-las a entretenimentos sadios e, sobretudo, para passar momentos de qualidade com elas, em família, valorizando a ética, a bondade e o respeito pela vida humana – real ou virtual.[MB]

(Com informações do portal UOL e do site Folha.com)

Nota: Não quero posar de exemplo, longe disso. Quero apenas partilhar uma experiência ocorrida dia desses com minhas filhas. Elas me pediram para baixar o aplicativo de um joguinho “inocente”, com um menino que corria pelas ruas, saltando obstáculos e acumulando pontos ao pegar não me lembro o que (e também não me lembro do nome do jogo). Baixei o tal aplicativo gratuito e quando elas foram iniciar o jogo, vi que o motivo que faz o menino correr pelas ruas é totalmente reprovável: ele picha uma parede e foge da polícia. Fechei o jogo e expliquei para as meninas que isso não é passatempo para pessoas que desejam ter um bom caráter. Perguntei: “Vocês acham que é certo o que o menino fez? Fugir da polícia é um bom motivo para um jogo?” Elas entenderam e imediatamente deletamos o aplicativo infeliz. Não devemos fazer virtualmente aquilo que não aprovaríamos na vida real. Além disso, aqui vai uma dica (se lhe for útil): meus filhos sabem que somente podem jogar alguma coisa depois de ler alguns capítulos de um bom livro. Esse ainda é o melhor passatempo.[MB]

domingo, 4 de agosto de 2013

Os papas, os pobres e a perda de hegemonia católica


O Brasil tem passado por uma mudança na composição da religiosidade de sua população e a vinda dos papas ao país não interrompeu esse processo, ao contrário, tem acelerado. João Paulo II, com apenas dois anos de pontificado, foi o primeiro papa que pisou no território brasileiro. Ele chegou em 30 de junho de 1980 e realizou o gesto célebre de ajoelhar-se e beijar o chão, saudando a terra do maior país tropical do mundo. Ele levou uma multidão de cerca de cinco milhões de católicos e não católicos às ruas e mexeu com o Brasil. Em 1980, os católicos representavam 89% da população nacional. A segunda visita do papa João Paulo II ao Brasil – no auge da sua fama e logo após o fim da União Soviética e a queda do Muro de Berlim – foi entre 12 e 21 de outubro de 1991, sendo recebido em Brasília pelo então presidente Fernando Collor de Mello, visitou a Irmã Dulce, em Salvador, percorreu dez capitais e fez 31 pronunciamentos, também beatificou Madre Paulina. Em 1991, os católicos representavam 83% da população nacional.

A terceira visita do papa João Paulo II ao Brasil foi entre 2 e 6 de outubro de 1997, quando foi recebido pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso. Nessa visita o papa participou do II Encontro Mundial com as Famílias, realizado na cidade do Rio de Janeiro, ficando por quatro dias na cidade. Naquele ano, os católicos representavam cerca de 74% da população nacional.

Pesquisa divulgada em 21 de julho de 2013 pelo Instituto Datafolha mostra que, quando o papa Bento XVI veio ao Brasil, em 2007, os católicos representavam cerca de 64% da população e agora, na visita do papa Francisco, os católicos representam apenas 57% da população nacional.

Ou seja, embora o Brasil nunca tenha presenciado tantas vindas papais na história, o percentual de católicos tem diminuído na impressionante cifra de 1% ao ano. Será que o papa Francisco, com sua pregação de aproximação com os mais pobres, vai mudar essa realidade? Certamente, o papa Francisco tem carisma e em sua visita ao Brasil evitou os temas polêmicos da Igreja e passou uma mensagem de esperança e de defesa das comunidades pobres. Ele fez discurso contra a corrupção e disse: “Nunca desanimem, não percam a confiança.”

Mas será que a Igreja Católica no Brasil vai encontrar forças para virar o jogo? Os dados da pesquisa Datafolha lançam alguma luz sobre a participação dos entrevistados nas igrejas.

Entre os católicos, 28% costumam ir à missa uma vez por semana e 17% costumam ir à missa e outros serviços religiosos mais de uma vez por semana. 21% dizem ir à igreja uma vez por mês e 7% assumem que não a frequentam. Os números também apontam que 34% deles têm o hábito de contribuir financeiramente com a Igreja, com um valor médio mensal de R$ 23.

Porém, entre os evangélicos pentecostais (que em média são mais pobres do que os católicos), 63% vão à igreja mais de uma vez por semana, 52% contribuem financeiramente, e o valor médio é de R$ 69,10 mensais. Entre os evangélicos não pentecostais, 51% vão à igreja mais de uma vez por semana, 49% contribuem financeiramente, e o valor médio é de R$ 85,90 mensais.

Segundo o censo demográfico 2010, do IBGE, havia 123 milhões de católicos e 42 milhões de evangélicos no país. Aplicando as percentagens mostradas na pesquisa Datafolha chega-se ao número de 34,5 milhões de católicos que frequentam a missa uma vez por semana e 26,6 milhões de evangélicos que participam dos cultos com a mesma frequência. Mas como a contribuição financeira média é maior entre os segundos, pode-se concluir que, entre os fiéis mais presentes nas missas/cultos, as igrejas evangélicas arrecadam mais que o dobro do montante de dinheiro em relação à Igreja Católica.

Além de contribuir menos financeiramente com a igreja, os católicos também são os menos sujeitos a seguir as orientações políticas dadas por sua igreja, segundo o Datafolha. Apenas 5% dos entrevistados que se disseram católicos afirmaram ter votado em um candidato recomendado pela Igreja, e 11% consideram importante a opinião dos religiosos durante a campanha.

Todavia, entre os evangélicos pentecostais, os números sobem para 18% e 21%, respectivamente. Entre os evangélicos não pentecostais, 14% votaram em candidato recomendado e o mesmo número considera a opinião dos religiosos importante.

Dessa forma, a pesquisa Datafolha mostra que o processo de mudança de hegemonia religiosa continua em ritmo acelerado e os católicos podem perder a posição de maioria absoluta da população em um prazo mais curto do que o previsto anteriormente. Os pentecostais são mais ativos no processo de evangelização e no uso das mídias na conquista dos fiéis. Eles crescem entre os pobres e com o dízimo dos pobres.

Em entrevista ao portal IG, em 26 de julho, Frei David disse: “O carreirismo é uma doença que contagiou muito a Igreja Católica do Brasil. Os novos padres não revelam garra para servir aos pobres. Há exceções, graças a Deus. Ao serem ordenados, querem paróquias ricas, nas quais entra muito dinheiro. Querem carro do ano, reformar sua casa paroquial, comprar os últimos equipamentos eletrônicos. Querem ocupar cargos e sonham em ser bispos. Há uma perigosa perda de foco.”

Os evangélicos, por outro lado, engrossam suas fileiras por quatro motivos: (a) porque estão mais bem posicionados nos grupos demográficos mais dinâmicos da sociedade brasileira; (b) porque promovem a migração inter-religiosa, atraindo fiéis das hostes católicas; (c) formam pastores em tempo mais curto e que estão mais presentes junto às comunidades em geral, especialmente as pobres; e (d) customizam o discurso evangélico para as diversas camadas da população, para os diversos estabelecimentos do comércio da fé e para os inúmeros segmentos do mercado religioso.

Na última década, houve perda, não só relativa, mas também absoluta de católicos. Não existem dados longitudinais, mas tudo indica que a migração tenha se dado tanto entre os católicos praticantes quanto entre não praticantes, mas não necessariamente na mesma proporção. Há inclusive diversos exemplos de padres católicos que viraram crentes, como o do pastor Nivaldo Lisboa Soares, da Assembleia de Deus.

Segundo Hélio Schwartsman, da Folha de S. Paulo: “A pesquisa Datafolha feita às vésperas da chegada do papa ao Brasil mostra que os católicos estão se tornando menos numerosos, menos fiéis (vão pouco a missas) e menos obedientes (são tolerantes para com temas que o Vaticano considera tabu).”

As maiores perdas dos católicos acontecem entre as mulheres e os jovens. O Rio de Janeiro é a Unidade da Federação com menor percentual de católicos e o maior percentual de pessoas que se declaram sem religião. Nesse sentido, a realização da Jornada Mundial da Juventude e a presença do papa Francisco constitui uma tentativa de estancar a perda de fiéis. Mas, enquanto os católicos tentam se aproximar dos pobres, setores dos evangélicos reforçam o discurso da teologia da prosperidade, que, sem juízo de valor, tem, na prática, prevalecido tanto sobre os princípios da teologia da libertação quanto em relação às pregações dos carismáticos.

Segundo o professor Reginaldo Prandi (2013), do departamento de sociologia da USP, os evangélicos estão na trilha de se tornar a força religiosa dominante no país: “Depois de trocar o discurso do desapego material pela apologia do consumo, o pentecostalismo brasileiro se vê instado a afrouxar sua moral conservadora para conquistar segmentos mais abastados e escolarizados.”

Parece que a maioria das igrejas pentecostais se adaptou melhor às mudanças na sociedade capitalista que abandonou o ascetismo do trabalhador produtivo (tipo calvinista) para o capitalismo keynesiano com centralidade no consumo. A teologia da prosperidade tem sido a ponte para o mundanismo reformado.

Segundo Prandi: “A nova teologia promete que se pode contar com Deus para realizar qualquer sonho de consumo. Em suma, já não se consegue, como antes, distinguir um pentecostal na multidão por suas roupas, cabelo e postura. Tudo foi ajustado a novas condições de vida num país cujo governo se gaba do (duvidoso) surgimento de certa ‘nova classe média’.”

Na nova conjuntura econômica e política do país e em uma sociedade cada vez mais secularizada, dificilmente o papa Francisco, mesmo com sua tentativa de se aproximar dos pobres, terá muito êxito em conseguir mudar o rumo das transformações religiosas, inclusive o crescimento da parcela que se declara sem religião. Entre os próprios evangélicos cresce a percentagem daqueles não praticantes.

Dessa forma, as diversas religiões vão se adaptando às exigências da cultura secular. Por exemplo, mesmo o papa conclamando os jovens a irem para as ruas, os participantes da JMJ tiveram que conviver com o “beijaço gay”, com o protesto das feministas do movimento autodenominado “Vadias” e das diversas manifestações reafirmando a laicidade do Estado, pedindo a descriminalização do aborto, criticando os altos custos envolvidos na vinda do papa, etc. As religiões hoje em dia, nas sociedades democráticas, são obrigadas a conviver com manifestações pagãs e com críticas às práticas religiosas.

Mas a ideia de “desencantamento do mundo”, de Max Weber, avançou conjuntamente com o encantamento pelo consumo no capitalismo pós-moderno. A pluralidade religiosa pode ser uma boa novidade em um país que passou quase 500 anos com monopólio de uma única fé. Mas o crescimento de algumas denominações religiosas pode ser apenas fenômeno temporário da atual conjuntura da sociedade brasileira. Como disse Alves (2012), “o crescimento das correntes evangélicas pentecostais no país tem sido compatível com o fato de que o sagrado está cada vez mais comercializado e dessacralizado. É o Brasil cada vez mais desencantado”.

(José Eustáquio Diniz Alves, doutor em demografia e professor titular do mestrado em Estudos Populacionais e Pesquisas Sociais da Escola Nacional de Ciências Estatísticas – ENCE/IBGE; EcoDebate)

Referências:
PRANDI, Reginaldo. “A conversão do pentecostalismo”Folha de S. Paulo, 21/7/2013
ALVES, JED. “A vitória da teologia da prosperidade”Folha de S. Paulo, 06/7/2012
SCHWARTSMAN, Hélio. “Uma era secular”Folha de S. Paulo, 26/7/2013

Nota: Parece que o panorama religioso em nosso país não é muito promissor. Com a superação da Teologia da Libertação e sua mensagem de cunho fortemente político (que deixou hostes de órfãos secularizados ou mesmo sem fé), focada nos pobres e nas lutas sociais, eis que desponta fortemente uma teologia ainda mais perniciosa: a da prosperidade. O coração não convertido é terreno fértil para a ganância. Enquanto os padres da Liberdade pregavam a revolução social com cores marxistas, os pastores da Prosperidade enfatizam o ganho pessoal e o enriquecimento; pregam o reino de Deus na Terra e parecem se esquecer do que Jesus disse: que Seu reino não é deste mundo. Sai de cena a teologia focada na comunidade (lembra-se das CEBs?) e entra no palco a teologia individualista, da barganha com Deus e da alienação. São dois extremos que acabam passando longe do verdadeiro evangelho.

É verdade que Cristo deu atenção especial aos desfavorecidos, pois é da natureza de Deus amar os que sofrem. Mas Ele jamais escorou Sua mensagem na subversão social, na luta contra o império e as injustiças políticas. O cristianismo acabou, sim, abalando o mundo, mas com a “arma” do amor, da pregação pacifista. Foi a revolução da conversão, cujo poder é inigualável. Foi a pregação do reino vindouro que sacudiu as bases dos reinos humanos.

Jesus também não pregou sobre a prosperidade financeira como se ela fosse consequência natural da aceitação de Seu reino. Na verdade, todos os discípulos dEle foram desprovidos dos bens que este mundo tanto valoriza e tiveram uma vida de privações e perseguições. A prosperidade financeira passou longe desses homens, mas o nome deles está gravado nos muros preciosos da Nova Jerusalém.


Não creio que o papa Francisco (nem mesmo ele) e os pastores evangélicos conseguirão reverter o quadro que tanto assusta os cristãos pensantes e verdadeiramente preocupados com a evangelização do mundo calcada nas páginas das Escrituras. A moral cristã se afrouxa; “a teologia da prosperidade tem sido a ponte para o mundanismo reformado”; a religião institucional dá lugar a uma religiosidade descompromissada; dogmas pagãos e pluralismo religioso com sabor pós-moderno substituem as verdades bíblicas.

Mas tudo isso não nos deve assustar (embora entristeça), pois Jesus mesmo advertiu: “Quando o Filho do homem vier, encontrará fé na terra?” (Lc 18:8). A fé verdadeira será cada vez mais artigo raro. Cristãos de verdade se contarão nos dedos. Mas a esperança permanece: Ele virá![MB]