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quinta-feira, 28 de março de 2013

Qual a origem da Páscoa?


A páscoa é a festa instituída no Êxodo para celebrar a noite de fuga do Egito por parte  dos Israelitas. Nesta noite, em todos os lares egípcios que não celebraram a Páscoa  os primogênitos foram mortos.

Pouco tempo antes da partida do povo de Israel do Egito o Senhor instruiu a Moisés que “este mês” (Mês de Abib, mais tarde chamado de mês de Nisan) deveria se tornar o primeiro mês do ano, e que no décimo dia deste mês cada família ou um grupo maior deveria separar um cordeiro, e no décimo quarto dia eles deveriam matar este cordeiro ao entardecer e comê-lo à noite. Este mês corresponde ao nosso mês de Abril, na palestina era a época em que os grãos de cereais estavam maduros.

Instruções detalhadas foram dadas (Êxodo 12:1-28) para esta refeição cerimonial que deveria se tornar uma observância anual. Naquela ocasião e nos anos subseqüentes a Páscoa foi celebrada por famílias ou grupos de famílias no ambiente familiar.

Pães sem fermento deviam ser usados na festa pascal, como lembrança perene da pressa daquela noite de livramento (Êxodo 12:34). Ervas amargas deveriam ser ingeridas. Não se sabe ao certo que tipo de “ervas” eram usadas no Egito. Mas sabe-se que alface e escarola são nativas tanto no Egito como na Palestina, e têm sido usadas pelos Judeus associadas à festa da Páscoa. Ervas amargas tinham o propósito de lembrar aos participantes de sua escravidão e do amargo sofrimento na terra do Egito.

Os primogênitos dos Israelitas deveriam ser consagrados a Deus perpetuamente, como lembrança de sua redenção pela morte dos primogênitos do Egito. Mais tarde a Páscoa passou a ser celebrada pelos filhos de Israel apenas no santuário, que posteriormente se estabeleceu em Jerusalém (Deuteronômio 16:2, 5 e 6).

No tempo de Jesus, os cordeiros pascais eram mortos pelos sacerdotes no Templo na tarde do dia 14 de Nisan, e aqueles que traziam os cordeiros então os levavam para casa para serem assados. Embora a participação era obrigatória apenas para os homens adultos, a família poderia ir voluntariamente. Tal era o caso de José, Maria e o menino Jesus que sempre iam à Jerusalém para a festa da Páscoa (Lucas 2:41-43).

Os evangelhos relatam Jesus participando de várias Páscoas, a última delas sendo a ocasião em que ele instituiu a Santa Ceia (Mateus 26:18-30). Além de ser um memorial do Êxodo, quando o povo de Israel foi libertado da escravidão do Egito – a Festa da Páscoa, centralizada no cordeiro a ser sacrificado, apontava também para o futuro Messias, “o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” (João 1:19).

Além disso as instruções recebidas por Moisés e repassadas para o povo de que nenhum osso deveria ser quebrado do cordeiro sacrificado sem dúvida encontraram um cumprimento fiel no fato de que os ossos de Jesus não foram quebrados por ocasião de sua morte (Êxodo 12:46; Números 2:12;  João 19:36; Salmo 34:20).

Paulo especificamente declara que Cristo é “nosso cordeiro pascal”, “sacrificado por nós”. “Lançai fora o velho fermento, para que sejais nova massa, como sois, de fato, sem fermento. Pois também Cristo, nosso Cordeiro pascal, foi imolado.” (I Coríntios 5:7). Parece que tudo ao redor da Páscoa foi destinado por Deus para ser uma grandiosa figura histórica de Cristo, o Cordeiro Pascal, que por seu sangue nos livra do mundo hostil

Depois da destruição do Templo de Jerusalém em 70 D.C., qualquer possibilidade de abater vítimas em forma ritual pública cessou completamente, e a Páscoa Judaica passou novamente a ser uma festa íntima em família conforme nos dias primitivos. E o Judaísmo perpetua até hoje a celebração da Páscoa.

Em Mateus 26:17 em diante, é narrada a celebração da última páscoa em que Jesus participou com Seus discípulos e a partir do verso 26 está a instituição da páscoa pelo Senhor Jesus, oferecendo sua vida, simbolicamente representada pelo pão, sua carne, e pelo vinho, seu sangue, que Ele derramaria no calvário, por muitos, para remissão dos pecados.

A páscoa cristã, em verdade, é celebrada no coração de cada cristão, que oferece a Deus sua própria vida, salva pelo Cordeiro Divino, que tem em si mesmo, vida eterna, podendo assim, ser o cordeiro de toda família humana que o aceite como tal.

Até agora, embora aparentemente eu tenha me referido a duas páscoas, a páscoa cristã e judaica são a mesma, instituída pelo mesmo Deus, com a mesma finalidade. A diferença é que a judaica prefigura a cristã, onde o cordeiro é substituído pelo próprio “Cordeiro de Deus”, Seu Filho, Jesus.  Entretanto, o mundo tem criado suas próprias “páscoas”.  Assim, temos a “páscoa” dos coelhos, a “páscoa” dos ovos de chocolates, que nada lembram a salvação da qual Deus nos tem feito dignos.

Desviam nossas crianças do verdadeiro sentido da páscoa, não os deixando ver que estão perdidos, necessitados de alguém que os substitua na morte. Há apenas a alegre festa dos chocolates, onde tudo parece estar muito bem, ninguém com pecados a resgatar, ninguém necessitado de um Salvador, mas apenas aguardando uma festa totalmente distanciada do verdadeiro cristianismo.

Na Páscoa Judaica, eles deviam estar vestidos como quem está pronto para viajar, conscientes de que não estão em sua terra, mas partem em busca de uma nova pátria, a terra prometida.  Na Páscoa Cristã, quando temos recebido Jesus, como nosso cordeiro pascal, temos que estar conscientes de que também somos peregrinos, apenas de passagem por esta terra, e aguardamos novos céus e nova terra (Apocalipse 21:1 e II Pedro 3:13).

segunda-feira, 25 de março de 2013

Deus não é como a fada do dente



Hoje fui surpreendido com uma “notícia” no mínimo inusitada publicada no site do jornal Folha de S. PauloO título: “‘Deus é como a fada do dente’, diz jovem criado em família de adventistas do sétimo dia.” Das duas uma: ou a Folha está sem matérias relevantes para publicar neste domingo, ou quis mesmo fazer uma provocação gratuita e sem sentido. A reportagem fala de um jovem de 19 anos chamado Guilherme Dangel e diz que ele “não achava certo que uma professora do colégio público onde estudava começasse suas aulas recitando um salmo da Bíblia. Liderou um protesto para que a laicidade do ensino fosse respeitada. A manifestação deu certo. A professora, evangélica, trocou a oração por um minuto de silêncio. Guilherme passou a se reunir com ateus e ativistas a favor da separação entre religião e Estado”.

Já seria meio estranho todo esse destaque para um rapaz que se insurgiu contra o “proselitismo” da professora (garanto que se ela lesse reflexões humanistas ou qualquer outro tipo de texto, quem sabe de Dawkins, não haveria problema), mas o que vem a seguir torna ainda mais estranha essa pauta enviesada: “Criado em uma família de adventistas do sétimo dia, Guilherme não sabe, exatamente, desde quando é ateu, nem se lembra da última vez em que compareceu a um culto religioso. Foi por uma amiga que ouviu falar pela primeira vez no ateísmo. Usou a rede social Orkut para se informar melhor sobre a orientação, e a abraçou desde então. ‘Não acho que tudo no mundo tenha uma explicação’, defende Guilherme. ‘A crença em Deus é um conforto. Não tenho nada contra quem acredita, mas, para mim, ele é um pouco como a fada do dente.’”

Será que o fato de o moço abandonar a fé para abraçar o ateísmo torna a pauta tão relevante assim? E os casos ainda mais importantes de descrentes famosos, como Francis Collins e Antony Flew (para mencionar dois), que fizeram o caminho inverso depois de muito estudar e acumular experiência na vida, por que não recebem destaque? Histórias de ex-ateus não são tão relevantes ou há uma agenda por trás desse tipo de reportagem publicada pela Folha?

Guilherme comete o clássico erro de confundir estado laico com estado ateu, que, pelo visto, é o que ele quer. Num estado laico, deve, de fato, haver separação entre igreja e Estado (e isso é defendido pela Igreja Adventista), mas não pode haver proibição de as pessoas partilharem sua fé ou a falta dela. Mesmo que se discorde do fato de a professora querer partilhar com os alunos textos inspiracionais reconhecidos por incontáveis pessoas ao longo da história (quase clássicos da literatura religiosa), não se pode dizer que isso é proselitismo que viole o princípio do Estado laico.

Segundo a Folha, “Guilherme afirma não sofrer preconceito por parte dos amigos nem nos empregos pelos quais passou - durante um ano e meio, dividiu as aulas com um estágio na EMTU (Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos) e o trabalho numa empresa de telemarketing. Mas ele não esteve isento de xingamentos na escola: ‘Já fui chamado de anticristo, idiota, herege - herege é um clássico’, brinca.”

Aí já se trata de desrespeito (quase como querer impedir a professora de partilhar algo de que ela gosta, não se tratando de proselitismo). Ninguém merece ser xingado ou discriminado por causa de sua fé ou da ausência dela. Estado laico é isto mesmo: um Estado no qual todos possam ter e manifestar em paz suas ideologias.

Finalmente, segundo o jornal, o moço “vê o Brasil como um lugar pouco afeito aos que não acreditam em Deus”. Se ele tivesse continuado na Igreja Adventista, veria como é ainda mais difícil ser criacionista num país de maioria absoluta evolucionista (afinal, 60% dos brasileiros acreditam em Deus e em Darwin).

Guilherme tem a vida toda pela frente. Muito para estudar e muito para amadurecer. Poderá mudar de ideia, eventualmente. Quem sabe até voltar às suas origens. Mas, se isso acontecer, será que a Folha vai se interessar?

Quando li essa reportagem despropositada, me lembrei de um texto do pastor evangélico Ed René Kivitz, que vale a pena ser relido neste momento (fiz apenas uma adaptação: troquei bicho-papão por fada do dente):

Não conheço nenhum adulto que acredita em fada do dente.
Não conheço nenhuma civilização baseada em fada do dente.
Não conheço nenhuma religião que considere a fada do dente um ser divino.
Nunca ouvi uma pessoa dizer que foi transformada pela fada do dente.
A fada do dente não constitui o dilema existencial humano desde sempre.
Nenhuma tradição de pensamento humano se ocupa com a fada do dente.
Nenhum gênio da humanidade viveu atormentado por causa da fada do dente.
A fada do dente não se sustenta num texto considerado sagrado por mais da metade da população mundial, escrito ao longo de dois mil anos, por 40 autores diferentes.
Não existe quem atribua a existência do Universo à fada do dente.
Jamais alguém defendeu sua fé na fada do dente com a própria vida.
Nenhuma das virtudes humanas é associada à fada do dente.
A fada do dente não é uma crença universal e atemporal.
A fada do dente não ajuda a explicar o mundo em que vivo.
A fada do dente não ajuda a explicar a complexidade da raça humana.
A fada do dente não ajuda a explicar o homem que sou.

Nota 1: Com esta reportagem (clique aqui), o jornal Gazeta do Povo prova que sabe escolher pautas mais relevantes sobre pessoas que realmente fizeram diferença na vida de quem precisava.

Nota 2: Vale a pena relembrar uma citação de Noam Chomsky: “A primeira coisa que se deve fazer é preocupar-se com seu cérebro. A segunda é abstrair-se de todo esse sistema [de doutrinamento]. Existe um momento em que isso se torna um reflexo de ler a primeira página do L. A. Times em busca dos enganos e das distorções, um reflexo de recolocar tudo aquilo em uma espécie de quadro racional. Para chegar a esse ponto, é preciso ainda reconhecer que o Estado, as corporações, as mídias e assim por diante o consideram um inimigo: então, você deve aprender a se defender. Se tivéssemos um verdadeiro sistema de educação, daríamos cursos de autodefesa intelectual.”

sexta-feira, 22 de março de 2013

Francisco pede aliados a todas as religiões e entre os não crentes



"O Papa Francisco apelou aos membros de todas as religiões e a todos aqueles que não pertencem a nenhuma Igreja para se unirem na defesa da justiça, da paz e do ambiente, e para não permitirem que o valor de uma pessoa seja reduzido “ao que essa pessoa produz e consome”.

Francisco, eleito na semana passada como o primeiro Papa não europeu dos últimos 1300 anos, encontrou-se nesta quarta-feira não só com líderes de Igrejas cristãs não católicas (ortodoxos, anglicanos, luteranos e metodistas), mas também com judeus, muçulmanos, budistas e hindus.

A Igreja Católica está consciente da importância de aprofundar o respeito pela amizade entre homens e mulheres de diferentes tradições religiosas”, disse o Papa argentino durante uma audiência no Vaticano.

Falando em italiano na Sala Clementina, Francisco afirmou que os membros de todas as religiões e mesmo os não-crentes têm de reconhecer a sua responsabilidade conjunta “para com o nosso mundo, para com toda a criação, que temos que amar e proteger”. “Temos que fazer muito para o bem dos mais pobres, dos fracos, dos que estão a sofrer, temos que favorecer a justiça, promover a reconciliação e construir a paz.”

O Papa pediu a todos os que estavam presentes na audiência para lutarem contra “uma visão unidimensional da pessoa humana, segundo a qual um homem é reduzido àquilo que produz e àquilo que consome”, e que considera ser “uma das armadilhas mais perigosas do nosso tempo”.

Embora a história tenha mostrado que qualquer tentativa para eliminar Deus tenha produzido “muita violência, Francisco estendeu a mão a todos aqueles que, não pertencendo a nenhuma religião, procuram “a verdade, a bondade e a beleza. “Eles são os nossos preciosos aliados no compromisso para defender a dignidade humana, construir uma coexistência mais pacífica entre as pessoas e para cuidar da natureza com carinho”, explicou.

Entusiasmo, optimismo e esperança”, resumiu o rabi David Rosen para descrever o que sentiu ao ouvir as palavras do novo Papa. Um sentimento que, segundo o jornalista da Reuters presente na audiência, foi unânime entre os presentes.

Antes da audiência, o Papa teve um encontro privado com o Patriarca Ecuménico Bartolomeu de Istambul, que na terça-feira assistiu à missa inaugural de Francisco. Foi a primeira vez que o líder espiritual dos cristãos ortodoxos marcou presença numa celebração como aquela de um papa em Roma desde o Grande Cisma entre a cristandade ocidental e oriental em 1054.Fonte: Público (negritos meus para destaque)

Não me apraz dizer coisa alguma, a não ser que a notícia, toda ela e cada pedacinho, é umhino imenso para todos quantos acreditam na profecia bíblica, em particular noentendimento Adventista da mesma.

Deixo alguns textos para mais reflexão:

"É evidente que uma época de grandes trevas intelectuais tem sido favorável ao êxito do papado. Ainda será demonstrado que uma época de grande luz intelectual também é favorável ao seu êxito" (Ellen White, Spirit of Prophecy, v. 4, p. 390).

"O mundo todo há de ser instigado à inimizade contra os adventistas do sétimo dia, porque eles não rendem homenagem ao papado, honrando o domingo, instituição desse poder anticristão" (idem, Testemunhos Para Ministros, p. 37).

"Toda a cristandade estará dividida em duas grandes classes - os que guardam os mandamentos de Deus e a fé de Jesus, e os que adoram a besta e sua imagem, e recebem o seu sinal" (idem, O Grande Conflito, p. 450).

quarta-feira, 20 de março de 2013

Cristo, a ponte sobre o abismo



pontePorque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o Seu Filho unigênito, para que todo o que nEle crê não pereça, mas tenha a vida eterna. João 3:16.
O pecado originou-se na busca dos próprios interesses. Lúcifer, o querubim cobridor, desejou ser o primeiro no Céu. Procurou dominar os seres celestes, afastá-los de seu Criador, e receber-lhes, ele próprio, as homenagens. Portanto, apresentou falsamente a Deus, atribuindo-Lhe o desejo de exaltação própria. Tentou revestir o amorável Criador com suas próprias más características. Assim enganou os anjos. Assim enganou os homens. Levou-os a duvidar da palavra de Deus, e a desconfiar de Sua bondade. Como o Senhor seja um Deus de justiça e terrível majestade, Satanás os fez considerá-Lo como severo e inclemente. Assim arrastou os homens a se unirem com ele em rebelião contra Deus, e as trevas da miséria baixaram sobre o mundo.
Terra obscureceu-se devido à má compreensão de Deus. Para que as tristes sombras se pudessem iluminar, para que o mundo pudesse volver ao Criador, era preciso que se derribasse o poder enganador de Satanás. Isso não se podia fazer pela força. O exercício da força é contrário aos princípios do governo de Deus; Ele deseja unicamente o serviço de amor; e o amor não se pode impor; não pode ser conquistado pela força ou pela autoridade. Só o amor desperta o amor. Conhecer a Deus é amá-Lo; Seu caráter deve ser manifestado em contraste com o de Satanás. Essa obra, unicamente um Ser, em todo o Universo, era capaz de realizar. Somente Aquele que conhecia a altura e a profundidade do amor de Deus, podia torná-lo conhecido. Sobre a negra noite do mundo, devia erguer-Se o Sol da Justiça, trazendo salvação “sob as Suas asas”. Malaquias 4:2.
plano de nossa redenção não foi um pensamento posterior, formulado depois da queda de Adão. Foi a revelação “do mistério guardado em silêncio nos tempos eternos”. Romanos 16:25. Foi um desdobramento dos princípios que têm sido, desde os séculos da eternidade, o fundamento do trono de Deus. Desde o princípio, Deus e Cristo sabiam da apostasia de Satanás, e da queda do homem mediante o poder enganador do apóstata. Deus não ordenou a existência do pecado. Previu-a, porém, e tomou providências para enfrentar a terrível emergência. Tão grande era Seu amor pelo mundo, que concertou entregar Seu Filho unigênito “para que todo aquele que nEle crê não pereça, mas tenha a vida eterna”. João 3:16.
Desde que Cristo veio habitar entre nós, sabemos que Deus está relacionado com as nossas provações, e Se compadece de nossas dores. Todo filho e filha de Adão pode compreender que nosso Criador é o amigo dos pecadores. Pois em toda doutrina de graça, toda promessa de alegria, todo ato de amor, toda atração divina apresentada na vida do Salvador na Terra, vemos “Deus conosco”.
Ellen G. White, Refletindo a Cristo, pág. 15.

domingo, 17 de março de 2013

Criação de vida artificial cada vez mais perto?


Criação de vida artificial cada vez mais perto?

Pesquisadores do Instituto J. Craig Venter afirmam estar cada vez mais perto de criar vida artificial a partir do zero. Em 2010, o fundador do instituto, Craig Venter, famoso por criar aprimeira célula com genoma sintético, anunciou que havia trazido à vida uma versão quase completamente sintética da bactéria Mycoplasma mycoides, transplantando-a na concha vazia de outra bactéria. A mais recente criação de Venter, que ele apelidou de “genoma Ave Maria”, será feita a partir do zero com os genes que ele e seus colegas do instituto, Clyde Hutchison e Hamilton Smith, consideram indispensáveis para a vida, segundo artigo publicado naNewscientist.

A equipe está usando simulações de computador para entender melhor o que é necessário para criação de uma célula autor replicante. A busca de Venter para projetar algas para produzir mais óleo do que o normal também vai bem. “Temos sido capazes de aumentar a fotossíntese tríplice, o que significa que temos três vezes mais energia por fóton (de sol) a partir de algas naturais”, disse. Ele também anunciou que seu programa para vasculhar os oceanos para a novela da vida microscópica, até agora, transformou-se em 80 milhões de novos genes para a biologia.

Nota: Como assim “a partir do zero com genes”? Mesmo que eles criassem os próprios genes (o que ainda não será criação “a partir do zero”, afinal, elesestarão lá) a partir de matéria inorgânica, ainda estariam provando que é necessário que alguém faça isso.[MB]

Leia também: "Vida artificial ou jornalismo fantástico?"

quarta-feira, 13 de março de 2013

Fantástico mostra realidade cruel dos abatedouros



Os repórteres do Fantástico percorreram abatedouros pelo Brasil e comprovaram total falta de higiene e extrema crueldade no abate do gado em vários pontos do país [até que enfim uma grande emissora resolveu colocar o dedo na ferida]. Estimativas obtidas pelo Fantástico indicam que 30% da carne brasileira é produzida sem fiscalização [você acha, então, que vale a pena se expor aos riscos de comer carne?]. A reportagem de Fabio Castro e Monica Marques mostra uma ameaça à saúde pública, que merece a atenção das autoridades.

Animais mortos com marretas e até com uma espingarda. Restos de carnes espalhados entre cachorros e porcos. Funcionários fumando, sem camisas e cortando o gado com um machado. Assim funcionam os abatedouros que fornecem 30% da carne que vai pra mesa do brasileiro, segundo estimativas dos produtores. O Brasil tem um rebanho de 200 milhões de cabeças de gado. É o maior exportador de carne bovina do mundo. Essas cenas foram flagradas, com câmeras escondidas, em abatedouros municipais e estaduais legalizados. São parte de um trabalho realizado pela ONG Amigos da Terra, uma organização mundial que denuncia problemas ambientais. 

“Em estados que têm 50% do rebanho nacional, a gente estima que sejam aproximadamente dois terços dos empreendimentos operando irregularmente e gerando um terço da carne consumida dentro do Brasil”, declara Roberto Smeraldi, diretor da Amigos da Terra. Duzentos e oitenta abatedouros foram visitados em oito estados brasileiros. Nesses lugares, a higiene é o problema mais grave. [...]

Em Parapuã, outro problema comum nos abatedouros do país: animais são cortados no chão, onde a carne acaba sendo contaminada. “Nós baixamos um decreto municipal interditando o matadouro por 15 dias para que a gente possa buscar adequar ele às normas da Vigilância Sanitária”, diz Samir Pernomian, prefeito de Parapuã. No chão do matadouro há insetos mortos, poças de sangue secas e fezes de ratos. Um ex-funcionário do abatedouro mostrou ao Fantástico as irregularidades. [...] Alguns abatedouros atraem animais ainda maiores. Em Braúna, cachorros e gatos comem os restos dos abates. [...]

O Fantástico esteve em uma rua da cidade de Itajá, em Goiás, quase na divisa com Mato Grosso do Sul. E em um prédio funciona um abatedouro. Já chegou a ser fechado, mas voltou a funcionar através de uma liminar da Justiça. Os animais são mortos com marretas e cortados no chão. Ninguém usa luvas ou máscaras. Nossa equipe acompanhou a distribuição da carne, logo após o abate. O produto sai da indústria sem passar pelo resfriamento, que é obrigatório. Fica numa caixa sem refrigeração e é carregada numa espécie de tambor plástico, sem tampa. O veterinário contratado pela prefeitura para coordenar o processo de abate diz que a situação é provisória. “Deu um problema no nosso motor do resfriador da câmara fria”, diz o veterinário.

Outra prática comum nos matadouros pelo Brasil é o abate cruel. De novo em Jeriquara, flagramos cenas de barbárie. Um funcionário conduz o boi para a entrada do abatedouro. O animal para, se deita, e é chutado pelo homem. Como o boi não segue para o local de abate, o homem usa uma outra técnica. Ele morde o rabo. Pouco depois, outro homem se aproxima com uma espingarda e abate o boi com um tiro. Um procedimento obviamente irregular. [...]

[As] doenças podem ser graves. A principal delas é a cisticercose, que ataca o cérebro, provoca convulsões e distúrbio de comportamento. Teníase infecta os intestinos. Causa dores, náuseas e perda de peso. Listeriose causa febre, dores de cabeça e pode provocar abortos em grávidas. Toxoplasmose provoca problemas no fígado, pulmão e coração.
Tuberculose causa problemas nos pulmões. “De todas as tuberculoses humanas, 10% são por microbactéria Bovis, que é uma bactéria do boi. Então é fundamental que tenha realmente muita vigilância e cuidado com esse tipo de alimento”, alerta Leandro Teles, médico do Hospital das Clínicas, da USP. [...]


Nota 1: Vale a pena assistir à reportagem no site do Fantástico (cliqueaqui). 

Nota 2: Levando em conta toda a crueldade a que os animais são submetidos nos matadouros, chega a ser quase indecente a publicidade abaixo (alterada no Photoshop).

sexta-feira, 8 de março de 2013

Mais de 200 mil apoiam no Facebook defesa da virgindade



Uma galera da geração Facebook está usando as redes sociais para propagar um hábito da época de seus avós: casar virgem. No site de relacionamentos criado por Mark Zuckeberg, mais de 212 mil já curtiram o movimento “Eu escolhi esperar” (EEE), que defende o sexo somente após o matrimônio. No Twitter, são mais de 80 mil seguidores. Mas eles não se mobilizam só no mundo virtual.
A bióloga Samira Yunes, de 27 anos, nem precisou ir a esses encontros. Ela aderiu ao movimento em julho de 2011. “É um movimento de jovens que querem esperar o par certo. Antes, a minha maneira de escolher um namorado era baseada na carência, para não ficar sozinha”, diz Samira, que resistiu à iniciação sexual mesmo antes de se tornar evangélica, há três anos. “Tinha uma vida normal de ficar com caras que nem conhecia direito, mas, graças a Deus, me preservei.”

Samira não tem pressa e leva seu ideal escrito na pulseira. Diferentemente das famigeradas pulseirinhas do sexo, que tinham em cada cor um significado sexual, os acessórios coloridos do EEE têm um só sentido: “Todas as cores querem dizer que discordamos da libertinagem antes de casar.”

Idealizador do EEE, o pastor Nelson Junior, da Igreja em Vitória, no Espírito Santo, diz que o movimento, criado há oito meses, se espalhou para além das igrejas evangélicas. “Temos católicos e pessoas que nos seguem só por princípios”, conta o pastor de 35 anos, que se casou virgem aos 21.

“Fizemos a pulseira como um contraponto à pulseirinha, cuja brincadeira era arrebentar. A nossa não arrebenta.” Larissa Araújo, de 23 anos, e Nelson Marcelino, de 30, seguem a cartilha e só vão se beijar após o casamento. “Andamos de mãos dadas e trocamos carinhos até um certo limite. Quando sinto vontade, oro ou vou correr na praia”, conta Nelson, sem vergonha de dizer que é virgem.

(O Globo)

quarta-feira, 6 de março de 2013

Por que universitários cristãos estão perdendo a fé



As estatísticas são sombrias. Alguns chegam a afirmar que, em média, 60% dos jovens evangélicos que adentram a universidade se afastam da comunhão dos santos e da igreja. Ora, seria simplista da minha parte afirmar de modo absoluto os reais motivos para a apostasia de nossos jovens, todavia, acredito que algumas razões são preponderantes para o esfriamento da fé da juventude cristã:

1. Nossos jovens não estão sendo preparados pela igreja para enfrentar as demandas sociais, comportamentais e filosóficas na universidade. Na verdade, afirmo sem a menor sombra de dúvidas de que a igreja não está oferecendo à sua juventude ferramentas necessárias para a desconstrução de valores absolutamente anticristãos. Por exemplo, as universidades públicas estão repletas de conceitos marxistas. Volta e meia eu recebo a informaçãode professores que em sala de aula zombam de Cristo, ridicularizando publicamente todos aqueles que se dizem cristãos. 

2. Nossos jovens não estão sendo preparados pelos pais com vistas ao enfrentamento cultural. Vivemos numa sociedade multifacetada, cujos valores relacionados a sexo, família, trabalho, sucesso e moral foram relativizados. Nessa perspectiva, não são poucos aqueles que ao longo dos anos têm sucumbido diante da avalanche de conceitos extremamente antagônicos aos pressupostos bíblico-cristãos.

3. Nossos jovens não têm sido preparados pela igreja para responder às perguntas de uma sociedade sem Deus, como também oferecer respostas àqueles que lhes questionam a razão da sua fé. Nessa perspectiva, os conceitos “simplistas” de alguns dos nossos rapazes e moças têm sido facilmente descontruídos num ambiente em que o ceticismo e a incredulidade se fazem presentes.

4. Nossos jovens têm sido influenciados negativamente pelo secularismo, hedonismo e satisfação pessoal. Sem sombra de dúvidas, acredito que o secularismo é um grave problema em nossos dias. A Europa, por exemplo, transformou-se num continente secularista onde o que mais importa é o bem-estar comum e a ausência de Deus. Nessa perspectiva, vive-se para o prazer, nega-se uma fé transcendente quebrando todo e qualquer paradigma que nos faça lembrar-nos de Cristo ou da igreja.

Diante desse funesto quadro, surge a pergunta: O que fazer então?

1. A igreja precisa fortalecer a família, oferecendo aos casais ferramentas para a edificação de lares sólidos cujo fundamento é a infalível Palavra de Deus.

2. A igreja precisa preparar seus jovens para responder às perguntas da sociedade. Nessa perspectiva, deve-se investir numa formação apologética, cujo foco deve ser oferecer à juventude “armas” espirituais capazes de anular sofismas.

3. A igreja precisa investir em universitários, promovendo grupos de comunhão, debates, além de discussões teológicas, sociológicas e filosóficas, oferecendo a eles condições de responder aos seus inquiridores o porquê da sua fé.

4. A igreja precisa estudar teologia com os universitários. Questões relacionadas ao pecado, juízo eterno, salvação, morte e sofrimento, além de tantos outros conceitos relacionados aos nossos dias precisam ser explicados e entendidos pelos nossos jovens.

5. A igreja precisa preparar seus jovens para se relacionarem com a cultura. O problema é que em virtude do maniqueísmo que nos é peculiar, satanizamos o mundo bem como todas as suas vertentes culturais. Por outro lado, existem aqueles que em nome da contextualização “mundanizaram” a igreja, levando o povo de Deus a um estilo de vida ineficaz cujos frutos não têm sido muito bons.

6. A igreja precisa fomentar em seus jovens o desejo de conhecer a Deus e se relacionar com Ele. Jovens que se relacionam com Deus através da oração e das Escrituras Sagradas tornam-se mais fortes diante dos embates desta vida.

Que Deus nos ajude diante da hercúlea missão, e que pela graça do Senhor nossa juventude possa ser bênção da parte do Senhor na universidade.

(Renato Vargens)

Nota: A igreja precisa trabalhar mais por essa classe especial, a dos universitários. É um grupo que cresce cada vez mais em nosso meio e que enfrenta grandes desafios espirituais/intelectuais nos campi. Estudei numa universidade federal e compreendo as pressões a que essas moças e esses rapazes são submetidos (confira aqui). O preparo do curso bíblico para universitários O Resgate da Verdade (procure no Departamento Jovem de seu Campo) faz parte desse esforço da Igreja Adventista na América do Sul em favor dos estudantes cristãos. O programa Em Busca das Origens, que vai ao ar hoje, a partir das 20h, pelo site aovivo.adventistas.org é outro desses esforços.[MB]